Peço desculpas por ser tão imatura e não ter coragem de falar sobre estas coias de uma forma mais justa. Tem dias que tento dizer, contra-atacando o meu ser a meio da escuridão, presa e sem poder de decisão, simplesmente sem saber aonde ir, lentamente eu sinto o meu coração a se partir (mas ainda assim) eu tive de tomar atitude. Tu és tão bom comigo, está mais do que na hora de eu começar a ser honesta contigo. Já não me proporcionas paz, e lamento dizer, mas não dá mais. Já não sei amar-te, na verdade não sei se alguma vez eu te amei com responsabilidade. Vivemos coisas boas e amei os momentos de prazer, e foi só isso. Tu precisas entender que durante todos estes anos só tu foste feliz. Desculpa não dizê-lo antes. Conheci alguém e já faz um tempo que tento evitá-lo. Prometeu dar-me os céus que nunca deste, eu sei que estou grandinha demais para acreditar nisso, eu só queria um motivo para não te magoar. Juro que gostaria de poder te amar, mas já há algum tempo que só o meu corpo é teu, enquanto minha mente, coração e atenção ao outro já entreguei. Me acovardo em dizer isto a penetrar tua íris na minha, por isso fiz as malas para eu poder partir sem ter que conjugar as íris ao despedir-me. Não clamo por perdão, apenas agradeço pelo teu amor e lamento pela dor e frustração. A vida é sobre seguir o coração e fazer o que a gente quer. Não posso viver na sombra do arrependimento, tive mesmo de ir embora, apesar de amanhã ser o dia do nosso casamento.