PROLOGUE

416 67 12
                                    

TORONTO - UM ANOS ANTESAMARA MILLER

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

TORONTO - UM ANOS ANTES
AMARA MILLER

Avisos: esse capítulo contém descrição de violência explícita que pode gerar gatilhos.

MUITOS ACREDITAM que monstros são criaturas deformadas, bestas tão malignas que seriam facilmente reconhecidas à primeira vista

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

MUITOS ACREDITAM que monstros são criaturas deformadas, bestas tão malignas que seriam facilmente reconhecidas à primeira vista. Por isso, imaginamos que se escondem nas sombras, aguardando o momento certo para atacar e assombrar suas vítimas. Essa é uma visão distorcida da realidade, mas profundamente enraizada em nossas mentes. São tantas histórias que reforçam essa ideia ao longo da vida, que acabamos por aceitá-las como verdadeiras.

Eu, por muito tempo, acreditei nisso, assim como a maioria das pessoas. Era reconfortante pensar que seria possível reconhecer o mal ao vê-lo, do que admitir a mim mesma que estamos todos à mercê dele, rezando para que não sejamos as próximas vítimas.

Esse foi o meu erro fatal. Descobri da pior maneira que o diabo não é um ser deformado, com garras e rabo. Ele, na verdade, é um homem comum, com roupas comuns e um sorriso gentil.

— Socorro! — gritei pela milésima vez nos últimos cinco minutos. Minhas cordas vocais arranhavam, e o som saía falho. Engoli em seco, tentando não perder a voz por completo.

A culpa me corroía por ter me colocado naquela situação. As coisas poderiam ter sido diferentes se eu tivesse seguido meu caminho, sem dar atenção ao homem que, deliberadamente, derrubou algumas caixas que carregava até o carro.

Irracionalmente, comecei a pensar que aquilo era um castigo válido, uma lição para eu aprender. Não se abra para estranhos. Não permita que se aproximem. Não sorria demais na rua. Olhe para trás com frequência. Não veja bondade em tudo. Enxergue o mundo como ele é: sujo como um esgoto a céu aberto.

Cada momento ali era uma tortura, uma provação que parecia não ter fim. Eu me sentia vulnerável e impotente, uma presa no jogo sádico do destino. A esperança era uma chama frágil, lutando para se manter acesa dentro de mim. Mas era difícil acreditar que sairia dali ilesa. Meus gritos já haviam ecoado inúmeras vezes pelas paredes vazias, sem que ninguém viesse ao meu resgate.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 25 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

PARALYZED || TwilightOnde histórias criam vida. Descubra agora