único

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Desde que Malthus havia conhecido a tão famosa meretriz, Hilda Furacão, seus pensamentos mudaram.
Felizmente, aquela maldita tortura de entregar o sapato perdido a Hilda já havia acabado. Mas ele ainda carregava a culpa de ter tocado em uma meretriz, de tê-la beijado. E o pior, ter gostado e querer mais.
Sua santidade já não era mais a mesma, em todos esses anos, Malthus nunca havia experimentado o toque e o desejo carnal de se relacionar com outra pessoa. O pobre rapaz nem sabia direito como funcionava algumas partes de seu corpo, mesmo já sendo adulto.

Já era noite e Malthus estava em seu quarto no convento. Estava tarde, e seus outros colegas provavelmente já estavam dormindo.
Ele olhou para a imagem de Cristo pregada na parede, sua mente estava uma bagunça e ele estava desesperado para arrumar tudo e por em seu devido lugar.

"Por que eu quero ficar perto dela? Por que eu sinto isso por ela? Eu sou um santo... não sou!?"

Respirou fundo se deitando, ele precisava dormir, amanhã seria um dia cheio! Teria que ajudar na missa de manhã e passaria a tarde organizando o coral. E a noite teria que resistir contra si mesmo e sua enorme vontade de ir até a zona Boêmia e ir até o hotel Maravilhoso ver Hilda.
Estava dividido, ao mesmo tempo que sua mente gritava que era pecaminoso, seu coração palpitava forte clamando por atenção para ele ver a meretriz.

Fechou fortemente os olhos segurando o crucifixo e foi dormir.

Era madrugada, quase três e quarenta da manhã. Malthus se virava e revirava sobre o colchão, estava suado e murmurava baixo enquanto seus dedos pressionavam o lençol branco.

Na mente de Santo, se passava a imagem da meretriz, com belas silhuetas e usava aquele conjunto que ele julgava ser pecaminoso. Estava em seu quarto, e ela o olhava com luxúria.

"Eu sei que você me quer, não resista" Ela dizia enquanto se aproximava de seu corpo que reagiu andando para atrás e batendo as costas na parede.

A ansiedade dominava seu corpo junto com a adrenalina. A tensão entre os dois estavam ficando pesadas, o ar parecia pesado para preencher seus pulmões.

De repente, se viu sem a batina. Usava apenas uma calça branca e nada mais.

Teve a visão de ver Hilda se aproximar de seu rosto e ele poder sentir seu perfume. Ela sorriu e depositou um beijo no canto de sua boca, seus beijos desceram até o pescoço e clavícula, seguiu pelo peitoral até a barriga e desceu... continuou parando abaixo do umbigo.

Ele não sabia por quê mas se sentia sensibilizado naquela região de seu corpo. Tão sensível, e ao mesmo tempo tão prazeroso e dolorido por baixo daqueles panos.

Malthus despertou.

Despertou de um sonho. Um sonho erótico.

Sentia a mesma coisa que havia sentindo quando beijou Hilda. Aquele sentimento que ele julgava estranho.

Não tirou a parte de cima desta vez, apenas a parte debaixo. Suas mãos tremiam e seu corpo borbulhava deixando a cama molhada de suor.

— Aconteceu de novo... — Sussurou para si mesmo — Estava normal e de repente se levantou...

Malthus analisou a ereção em seu corpo. Ele não sabia o que era isso, e o que significava... Mas sabia que era pecado. Não havia dúvidas!

Tocou na glade inchada e sentiu seu corpo estremecer.

Ele nunca havia feito isso, ele não sabia nem como fazer isso.

Mas queria experimentar.

Queria sentir aquilo com mais intensidade.

Tocou devagar e sentiu seu corpo se eletrizar, era como se apenas tocar ali deixasse todo o resto do corpo vulnerável, sensibilizado e exposto.

Só podia ver Hilda em sua mente, ele só conseguia ver ela como estava naquele sonho.

Enquanto via Hilda em sua memória sua mão trabalhava em movimento rápido.

Estava nescessitado por ela.

Estava doente, e ela seria sua cura.

Sua respiração foi ficando cada vez mais ofegante, os calafrios percorreram por sua espinha. E então sentiu chegar em seu limite, um gemido escapou  enquanto mordia o lábio inferior com força. Derramando semen em sua mão e sujando o lençol.

— Eu preciso... de Hilda... — Escapou ofegante de sua boca fechando os olhos se recompondo. Sentia seu corpo exausto.

No outro dia de manhã, Malthus colocava suas coisas para lavar e se culpava pelo o que fez. Já havia rezado um terço inteiro e pedido perdão mais de mil vezes temendo pelo o que iria acontecer com ele.
Ele não queria comer e nem ver ninguém, aquilo tudo que estava acontecendo estava sendo demais para ele! Mas infelizmente já havia se comprometido com a missa de manhã, estava nervoso os outros fiéis pediam benção para o Santo. E Malthus se sentia culpado, pois o santo havia acabado de pecar.

Mas ele não iria parar por ali, não, não.

Depois da penitência, iria até a zona Boêmia para tentar salvar a alma da meretriz que estava mechendo com sua cabeça.

Seu plano era converter Hilda e fazê-la se arrepender de seus pecados.

Mas no fundo, no fundo mesmo era só uma pequena desculpa para ver sua amada de novo. E se possível, fazer seu sonho se tornar realidade.

Sinful Dream - FREI MALTHUSOnde histórias criam vida. Descubra agora