PROLOGO

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O semblante acolhedor do Rei Tyrion não esta em sua face, pelo contrario, o mesmo encontra-se ao trono, aparentemente furioso e inquieto. Seu rosto, que normalmente tem leves rugas esta mais franzido do que o normal. Acaricia sua barba rala com uma certa frequência enquanto pensa em qual punição daria aos filhos dessa vez. Leva as mãos aos cabelos, jogando os para trás, o que faz com que a parte grisalha fique mais nítida. Seus olhos cor de safira estão focados na porta de aço com o brasão real entalhado na mesma, uma lua cheia com a imagem de um lobo refletida.

Os guardas estão em posição aguardando inquietamente a decisão do rei sobre o próximo passo a seguir, são seis guardas do lado direito e seis no esquerdo, todos com armaduras por cima da roupa da guarda real, um azul cor do anoitecer, possuindo o emblema real na parte do peitoral. O conselheiro real encontra-se ao lado do rei Tyrion, como sempre, serio e focado, Ícarus é digno de toda confiança que possui, a sabedoria do mesmo evitou inúmeras guerras, mas não mais do que as vitorias que o seus conselhos trouxera ao reino.

As janelas estão refletindo a luz do entardecer o que faz com que a sala pareça ainda mais tensa e fria, respirar se torna aterrorizante, por medo de atrapalhar os pensamentos do Rei. Ao centro da guarda, um tapete que une o trono e a porta da sala real logo se encontra ocupado quando dois guardas que vigiavam a porta a abre, e em posição ali surgem os quatros filhos do rei.

A guarda se curva quando com passos apresados Cannon o filho mais velho e herdeiro, passa por eles, esquecendo e deixando seus irmãos para trás, reverenciando ao Rei e se justificando logo em seguida.

- Pai, vossa majestade sabe melhor que ninguém que não foi aprovado por mim! Como eu poderia deixar esses três irresponsáveis sem supervisão? Eu os alertei, não haveria tempo de lhe avisar, tive que ir como responsável, eu lhe garanto que sem minha presença teria sido pior.

Drake e Melione trocam olhares tentando conter um leve sorriso, enquanto curvam o corpo para frente em sinal de reverência.. Cannon não relutou tanto quando uma cortesã do reino de Salandra elogiava seu, como disse a mesma, lindo e belo corpo, fazendo o esquecer que não eram para estarem ali, e como o próprio Cannon afirmara inúmeras vezes, a diversão que os gêmeos procurara os ferraria, entretanto esquecera quando se aventurou nessa mesma diversão, ou talvez não a mesma... Já que ela se encontrava dentro de um rabo de saia. Ao lado deles, Ária, com um gesto tímido e discreto saúda ao pai o reverenciando sem o olhar nos olhos, esta ciente, ele está decepcionado.

O Rei os ignora por um instante, e ainda furioso, continua:

-Pior? Qual seria sua definição para pior? Pelo que andam dizendo por todo canto, o príncipe herdeiro foi visto cambaleando nas ruas de Salandra, enquanto prometia a uma mera estrangera que a tornaria rainha, mesmo que eu, o próprio rei, não aprovasse. Você entende como agiu de forma imatura e irresponsável? Vocês tem noção do quanto foi arriscado o que fizeram?

Voltando então a atenção para os demais ali presente, prossegue:

- Aria, justifique se. Sinceramente, se o próprio Ícarus não me contasse, eu não acreditaria que você também estaria me causando esse desgosto. O que tem a me dizer? Te obrigaram?

- Aria? Qual é pai, como é que vossa majestade acha que a teríamos obrigado? Ela já estava la quando chegamos!

-Se me permite, Príncipe Drake.. O Rei não se referia a vossa pessoa.

-E se me permiti, ó senhor conselheiro, eu não me lembro de solicitar conselhos seus. Drake e Ícarus trocam olhares que faíscam a ódio e desprezo.

-Deveria eu, falar com cada um de forma particular, gostariam de verdade de lidarem comigo sem compartilhar com união a mesma irá? Sinceramente, Drake... Essa semana já foi a terceira vez, e hoje ainda é terça feira! Eu não me surpreendo mais, na verdade, você e Melione compartilham o mesmo prazer de me ver castigá-los. Deixe que Aria tenha a chance de se justificar, porque, como pai e rei, sei melhor do que todos, que se alguém foi lá por prazer, foram vocês dois.

-Vocês dois? Mas eu ainda nem disse nada!

Um olhar, foi o suficiente para Melione preferir continuar sem dizer... A, sem duvidas, queria mesmo entender o porque Aria estava lá, então apenas engoliu o seu lado que se sentiu atacada pelas verdades dita pelo pai, e se calou.

Aria estava vermelha e inquieta... Não era normal para ela participar de uma bronca coletiva como aquela... Sabia que para o pai, ela como, segunda filha, era considerada até mais responsável que o primeiro.

-Desculpe, pai.. Eu não estava me sentindo bem, achei que um ar diferente fosse o que precisava.

O Rei a observou, aparentemente surpreso por ouvir o que ela dissera. A guarda nem parecia estar naquele ambiente, não faziam um movimento se quer, sabiam que também seriam castigados, como raios os quatro teriam escapado de baixo do nariz deles? A o Rei sem duvidas os castigaria.

Depois de um longo silencio.

-Ícarus, sobre a seleção da nova guarda real, iremos proceder conforme você orientou, aos guardas que estavam nesta posição, coloquem todos como guardas de serviço. É inadmissível que o Rei seja motivo de piada pelos doze guardas reais que não conseguiram evitar que quatro jovens se colocassem em tal perigo, se não se encaixarem, esta sobre o seu comando decidir quem será descartado para as ruas de Imladris, voltaram a ter a vida que tinham lá antes de serem alcançados com a minha bondade por aceita lós aqui.

Os quatro trocaram olhares, com um leve sentimento de culpa. A, que agora é a antiga guarda real, não protestou apesar de incomodados.. Já esperavam por isso, foram de fato irresponsáveis e algo pior poderia ter acontecido com os herdeiros do rei, não havia outra escolha a não ser aceitar.

Ícarus colocou a mão no peito e se curvou levemente para o seu rei, o mesmo assentiu.

-Me acompanhem.

Os guardas o seguiram. O silencio reinou novamente.

Após um longo período, e varias trocas de olhares o rei falou.

-Espero que estejam preparados para colher o que decidiram plantar. Por hoje isso é tudo, o castigo vira no momento certo. Estão liberados.

Até que a coroa me obrigueOnde histórias criam vida. Descubra agora