Sr. Natal Verde

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Severus sentiu o sangue sumir de seu rosto. Não, ele pensou em uma negação desesperada. Não não não não.

Mas a evidência em contrário estava bem debaixo do seu nariz. O perfume de Potter era rico, sutil e sedutor, tão convidativo quanto canela e melaço, tão revigorante quanto o estalo no ar durante a primeira geada do inverno. A única razão pela qual Severus não reconheceu o que era até agora foi porque ele foi deliberadamente cego.

"Quando?" Severus sibilou, mal reconhecendo a própria voz.

Potter olhou para ele do outro lado da mesa por alguns instantes, o tecido de sua jaqueta esticando a cada respiração. “Mais tarde esta noite”, ele finalmente respondeu. “Ou talvez amanhã de manhã.”

Então ainda houve tempo para evitar o desastre. Levantando-se, Severus se lançou para o armário de poções que guardava no canto do escritório - que se dane a dignidade - e começou a vasculhar os frascos rapidamente.

Fortalecedor da pele.

Solvente de ranho.

A vaga para Supressor (Omega) estava vazia.

Tremendo, Severus mal reprimiu a vontade de derrubar todo o armário no chão. “Por que diabos estou sem supressor de calor?” ele se ouviu rosnando.

"Sinto muito, Severus, mas acredito que você deu o último lote para aquele terceiro ano da Lufa-Lufa que se apresentou na semana passada," o retrato de Albus forneceu prestativamente no silêncio que se seguiu. “Você ainda não encontrou tempo para prepará-lo novamente, meu garoto.”

Albus estava certo, maldito seja. O sangue rugiu nos ouvidos de Severus, e ele olhou para o tapete, mal se importando por ainda estar de joelhos.

Um par de tênis desgastados apareceu em sua linha de visão. "Respire, Snape," uma voz disse suavemente. “Você precisa respirar.”

Quando ele finalmente se permitiu olhar para Potter novamente, o garoto estava agachado acima dele e com a expressão mais ilegível que Severus já tinha visto em seu rosto.

“Isso dura apenas alguns dias, professor,” Potter disse calmamente, mantendo os olhos fixos. "Eu não vou pedir para você... fazer nada... comigo."

"Você não tem ideia do que está falando," Severus respondeu antes que pudesse pensar melhor. “Em questão de horas, você estará me implorando pelo meu nó.”

Potter respirou fundo.

Apertando a ponta do nariz, Severus levantou-se novamente e deu um passo para trás. Ele se concentrou em inspirar profundamente e uniformemente. "Peço desculpas. Isso foi inapropriado.”

Endireitando-se também, Potter balançou a cabeça bruscamente e acenou com a mão em demissão. “Eu não me importo se você é apropriado ou não.” Seus olhos estavam arregalados. "Você... você acha que vou perder o controle assim?"

"Você não teve um cio antes?" Severus exigiu miseravelmente, recuando para trás de sua mesa novamente. Se ele estivesse sentado e houvesse uma grande mobília de madeira entre eles, talvez fosse mais fácil abordar esta situação com um pingo de diplomacia.

Potter ficou em silêncio.

Voltando o olhar para ele e lendo a resposta em seu rosto, Severus lutou contra a vontade de gemer alto.

Férias Mágicas (Snarry) - | TRADUÇÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora