Sombras Do Olimpo //Oc Fem X Oc Masc

9.5- Memories PT2

Olá leitores! Tudo bem? Bom, hoje, temos mais um capítulo de flashback, assim como o último será importante que vocês leiam para desenvolver os personagens, então leiam com bastante atenção.

Boa leitura!

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     Inspirei profundamente, focando toda minha concentração no arco que segurava, mantendo-o o mais estável possível, sem desviar o olhar do alvo à frente.

Um leve vento soprou, mas não permiti que isso me distraísse. Exalei o ar, soltando a flecha que voou em direção ao alvo, acertando-o em cheio no centro. Um sorriso brotou em meus lábios enquanto abaixava o arco. O grito animado de Félix ecoou ao meu lado, incentivando-me.

— ISSO AÍ, TREVINHA! VOCÊ É A MELHOR! — Revirei os olhos com a animação dele. Félix sempre foi assim desde que chegou ao acampamento, ele não sai do meu pé mesmo que já estivesse por aqui há um ano, de qualquer forma viramos amigos.

Luke também comemorou, aplaudindo-me.

— Olha só! Minha irmãzinha mandando ver! — Ele riu, e pude perceber uma troca de olhares entre ele e Félix, mas não dei muita importância à rivalidade que pareciam ter.

Nós dois nos afastamos da área de treinamento, deixando Félix entretido com seus arcos e flechas, e seguimos em direção ao meu chalé, onde Annie nos aguardava. Seus cachos estavam soltos e molhados, sem definição. Libertei os meus próprios cabelos que estavam presos em um rabo de cavalo, e nos reunimos em círculo.

Luke abriu sua mochila, repleta de produtos para cabelos cacheados e ondulados, acessórios variados e spray fixador. Desde que nos tornamos uma família, adotamos o ritual de cuidar dos cabelos juntos como uma forma de relaxamento e conexão.

Comecei a aplicar creme nos cachos de Annie, enquanto Luke cuidava do meu cabelo. Como de costume, finalizei o cabelo dela com a técnica de dedoliss, enquanto Luke trançava meus cabelos ondulados. Enquanto trabalhávamos, trocávamos fofocas e histórias sobre os outros semideuses dos diferentes chalés.

O chalé de Hades ressoava com nossas risadas, enchendo o ambiente com uma atmosfera leve e descontraída. Luke finalizou meu cabelo com pequenos laços, enquanto eu soltava os cachos de Annie. Em seguida, nos dedicamos a arrumar o cabelo de Luke, fazendo um topete brincalhão, mesmo que ele não tivesse muito cabelo para mexer.

Tudo transcorreu de maneira divertida e alegre, como de costume. Ao sair do chalé, percebi alguns olhares curiosos das meninas do chalé de Afrodite, mas não dei muita atenção.

Decidi procurar Félix no campo de treinamento de arco e flecha, onde ele estava ajudando uma campista. A garota, uma novata que eu não reconhecia, mirava o alvo com concentração. Félix estava ao lado dela, os cabelos ruivos brilhando sob a luz do sol, seus olhos verdes focados na postura da jovem.

Tudo parecia em paz, até que um som ensurdecedor rasgou o ar. Um rugido alto, feroz, que fez todos no campo de treinamento congelarem no lugar. A flecha da campista desviou, cravando-se na grama a metros de distância do alvo. Meus instintos se ativaram imediatamente, e eu olhei ao redor, procurando a origem do barulho.

Foi então que eu vi. Um monstro, imenso e brutal, escapou de sua contenção. A criatura, que deveria estar sendo usada em algum treinamento, estava solta avançando em direção ao campo de treinamento com uma fúria que eu só tinha visto em pesadelos. O monstro parecia ser uma combinação grotesca de serpente e touro, com escamas grossas e garras afiadas que rasgavam o chão a cada passo. Campistas gritavam e recuavam, mas Félix permaneceu parado, os olhos fixos na criatura que se aproximava.

Tudo aconteceu muito rápido. Antes que qualquer um de nós pudesse reagir, Félix já estava em ação. Com uma destreza que me fez prender a respiração, ele puxou uma flecha da aljava, armou o arco e disparou em um movimento fluido. A flecha cortou o ar, movendo-se com precisão mortal, e atingiu o monstro em um ponto vital, entre as escamas grossas que protegiam seu pescoço.

O monstro rugiu uma última vez, um som que se transformou em um gemido fraco, antes de desmoronar no chão. A queda da criatura levantou uma nuvem de poeira, e por um momento, tudo ficou em silêncio.

Foi então que algo incrível aconteceu. Enquanto o monstro desvanecia em pó, o corpo de Félix começou a brilhar. Uma luz amarela, quente e intensa, envolveu-o, como se o próprio sol tivesse descido para tocá-lo. Seus olhos verdes brilharam como esmeraldas, e acima de sua cabeça, a imagem de um sol resplandecente apareceu, deixando claro para todos o que estava acontecendo.

Ele olhou para cima, surpreso, enquanto todos ao redor pareciam paralisados. Quíron apareceu ao meu lado, e só então percebi sua presença ali. Ele sorriu ao testemunhar o evento.

— Apollo, Deus da arte e da música, pai das profecias e da medicina. Salve Félix Fioravanti, filho do Deus do Sol! — Quíron anunciou, e Félix rapidamente voltou seu olhar para mim, trocando sorrisos.

Félix havia sido reclamado.

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Em breve teremos capítulo novo!

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