My Turn

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A barba roçou no meu pescoço de uma forma intensa e sensual, a respiração suave contra a minha pele fez o meu corpo arrepiar. Eu não havia escutado os passos dele até a cozinha, então o ato me pegou de surpresa, bem como o toque quente das mãos contra a minha cintura. Não reagi, permaneci esfregando o copo suavemente e lavando toda a louça mesmo quando a boca de Amaury beijou o meio das minhas costas nuas e as mãos grandes apertaram minha bunda por cima da cueca preta. Mordi o lábio reprimindo um gemido quando os dentes apertaram a carne do meu glúteo em uma intensidade tão forte que com certeza a marca roxa me lembraria dessa brincadeira por no mínimo três dias.

- Não morde a boca. - Foi a primeira coisa que ele falou desde que entrou na cozinha.

Ele me conhecia bem o bastante para saber como eu estava reprimindo meu prazer sem precisar olhar. Além disso, conhecia minha reação corporal igualmente bem para saber que a dor havia me excitado. A mão dele deslizou pela minha coxa, apertando minha ereção por cima do pano no momento em que o indicador afastou a cueca o bastante para eu sentir a língua úmida me tocar. Com a lubrificação intensa o suficiente para invadir meu corpo com o dedo eu o sinto me penetrar e tocar a próstata de um jeito tão prazeroso que eu desisto de lavar os talheres. Minhas mãos seguram a pia de mármore e eu abro as pernas inclinando minha bunda o bastante para ele entender que eu queria mais.

Contrariando meus desejos ele retira os dedos, desliza a mão para até a minha coxa e beija minha lombar antes de se levantar. Meu sexo pulsa e murmuro frustrado pela brincadeira interrompida.

- Vai parar? - Questiono.

- Sim, está bom por hoje.

A voz rouca e provocante me faz rir e balançar a cabeça sem olhar na direção dele. Minha ereção ainda pulsava dentro da cueca e eu só queria aliviar o tesão repentino que ele havia provocado.

- Tudo bem. - Lavo minhas mãos e me viro o encarando na porta da cozinha, apoio meu corpo contra a pia de mármore e olho para a cueca marcada com o desejo latente. - Eu posso continuar sozinho.

Sorrio voltando o olhar para o meu próprio abdômen e deslizo minha mão umida pela minha pele até apertar o sexo por cima do pano.

- O que é isso? - A voz grossa ressoa pela cozinha devido ao silêncio da noite - Que atrevimento é esse? - O tom me faz rir e balançar a cabeça.

- Talvez eu tenha cansado um pouco da submissão. - Dou de ombros deslizando o mão para dentro da cueca e tocando pela primeira vez a pele quente e excitada.

- Diego? - Ele chama, confuso com a minha insolência.

- Hm? - Murmuro sem olhar na direção dele, concentrado em me tocar lentamente.

- Diego. - Ele chama firme, aumentando um pouco o tom de voz do jeito que ele faz quando me ordena. - Pare.

- Acho que... - Ergo os olhos em direção a ele e sorrio - Não estou muito afim não.

A expressão boquiaberta faz meu estômago revirar em uma excitação ainda maior. Desafiá-lo, depois de tanto tempo sendo absolutamente submisso, era extremamente estimulante. Amaury ergue uma sobrancelha como quem não acredita na minha ação.

- Não vou repetir. - O olhar chamusca uma raiva que eu ainda não havia visto.

- Não precisa, eu ouvi da primeira vez. - Desço minha cueca o bastante para ele assistir cada movimento do vai e vem.

Respirando fundo ele caminha lentamente em minha direção, parando exatamente em frente ao meu corpo, encarando meus olhos com uma intensidade forte o bastante para me fazer arfar. A mão dele se ergue em direção ao meu pescoço e eu o paro no ar.

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