- Bonjour mademoiselle!
- Bonjour, M. Clusi. - essa é a resposta corrida que dou ao porteiro do meu prédio indo em direção ao estacionamento. Talvez minha pronúncia tenha saído horrível, já que falar francês não é o meu forte. Mas pelo ao menos eu tento pronunciar as palavras difíceis criadas pelos benditos franceses.
O despertador não tocou hoje, o que ocasionou na minha correria de manhã para conseguir chegar no horário certo no meu trabalho. Minha chefe, a senhora Laurent, é muito exigente e chegar atrasada pode gerar nela um mal humor, raiva e até mesmo minha demissão. Então por isso vesti a primeira roupa que vi no meu guarda-roupa.
Liguei meu carro e fui rumo ao meu trabalho na revista La couture, uma empresa voltada para a moda masculina e feminina. Não, eu não sou uma modelo extremamente gata e sexy que as pessoas vêem nas mais lindas capas de revistas, eu sou apenas uma estagiária que quer muito se tornar uma jornalista de sucesso algum dia e para que isso se torne realidade eu tenho que mostrar meu valor a senhora Laurent.
Eu estava andando a 65km por hora, para mim uma velocidade
relativamente alta, mais necessária porque eu não quero que minha cabeça role. Estava quase chegando na portaria do meu trabalho quando alguém entrou na frente do meu carro me fazendo frear bruscamente. Por Deus! Quase a matei, sorte que herdei o reflexo bom de minha mãe.Ouvi a Mulher que quase atropelei gritar algumas palavras que eu não consegui entender bem. Será que ela se machucou? Para mim ela tinha conseguido correr antes que o para choque do meu carro atingisse seu corpo, mas eu tinha que verificar se estava tudo bem com ela, então desci do carro rapidamente.
Me deparei com uma Moça alta e bem elegante de cabelos pretos e liso vestindo um terninho preto que parecia caríssimo.
Ainda bem que eu não matei essa moça porque ela parece do tipo que ressuscitaria só para me fazer pagar a indenização a ela. A mulher ainda gritava algo que eu ainda não conseguia entender por isso cheguei mais perto na tentativa de decifrar o que sua boca dizia.- Você está maluca? - essas foram as três palavras que consegui
entender do seu francês rápido. Essa Mulher falava tão rápido quanto o Barry Allen, o velocista dos filmes da cultura pop.- Me desculpa, mas a senhora poderia falar um pouco mais devagar? Não entendi uma palavra se quer que a senhora pronunciou. - falo a ela enquanto fecho a porta do meu carro. A expressão do seu rosto parecia ter piorado, antes ela esboçava raiva agora tinha um semblante irado. Eu não queria tirar sarro com a cara dela eu realmente não entendi o que ela havia me dito.
- Você quer me matar, sua maluca? - ela disse agora alto e claro.
-Me desculpe, mas eu não vi a senhora. - menti porque era impossível não ver aquela linda mulher de longe.
- Além de assassina é mentirosa! - ela exclama ajeitando o terninho que esbanjava dinheiro.
- Olha só, primeiro: Eu não sou assassina porque eu não te matei, segundo: eu não sou mentirosa e terceiro acho que você já está grandinha demais pra fazer tanto drama.
- Drama? Você quase me matou sua... - ela hesitou um pouco, acredito que estava pensando em um palavrão ou em um nome para me dar. -barbeira! Você tem habilitação ao menos?
- Claro! E barbeira é seu... - respirei fundo e lembrei que eu estava atrasada. Não podia gastar meu tempo precioso com essa desocupada dramática.
- Meu carro nem tocou em um fio de seu cabelo! - sua
imbecil! - concluo. Dessa vez dou as costas indo em direção ao meu carro e a deixo falando sozinha.Estaciono meu carro na minha vaga e pego o elevador do prédio ainda com raiva daquela mulher dramática. Quem ela achava que era pra me chamar de barbeira? Ela quem estava errada de atravessar fora da faixa de pedestres, e a linda ainda se acha dona da razão!
O elevador se abre e dou de cara com o escritório cheio, todos
correndo de um lado para o outro cheios de trabalho para fazer. Checo meu relógio e vejo que me atrasei cinco minutos por causa daquela imbecil.- Corre para sala da Laurent. Ela está te chamando a uns três minutos. - irin minha amiga de trabalho diz a mim assim que ponho os pés no escritório.
- Eu falei a ela que você foi comprar o café dela então
toma aqui. - ela diz me entregando um copo de café do Starbucks. -Agora vai lá, antes que ela venha até nós e vamos combinar, ninguém quer ver a Laurent aqui. - irin da uma piscadela enquanto ri para mim. Ela era demais.-Eu devo a minha vida a você. Muito obrigada, irinzinha- falo pegando o café de sua mão, em seguida ponho minha bolsa na mesinha do meu escritório e vou em direção a sala de Laurent.
[...]
- Pode entrar! - ela grita do lado de dentro da sala. Respiro fundo, abro um sorriso e arrasto a porta de sua sala.
- Bonjour, senhora Laurent! Trouxe o café da senhora. - falo ainda com o sorriso estampado no rosto.
- Descafenado com três gotas de adoçante? - ela pergunta arqueando uma de suas sobrancelhas com um leve sorriso.
- Do jeito que a senhora gosta! - digo com tom de alegria indo atésua enorme mesa branca que combina com sua sala que é toda da mesma cor, as únicas coisas que dão cor a sua sala são as cinco ou oito televisões que ficam juntas passando jornais o tempo todo na parede de trás da sua mesa.
- Ótimo. - ela diz dando um gole. Bom acho que a desculpa da irin deu certo ao menos. - Chegou cinco minutos atrasada por que, Rebecca? - ela diz me fazendo virar bruscamente a ela. Encarei seus olhos azulados que combinam perfeitamente com sua pele branca e seu cabelo platinado na altura do pescoço, essa mulher esbanja riqueza. No mesmo momento pensei: a casa caiu meus amigos, esse foi o fim do meu sonho de me tornar uma jornalista de sucesso. Ela vai me demitir!
- Bem, eu...
- Não precisa enrolar. Isso vai me estressar e você sabe como eu fico quando estou estressada. - ela diz ainda com o copo de café na mão. Estressada não, pelo amor de Deus, essa mulher parece um tubarão preste a te comer quando está assim.
- Vou ser sincera com a senhora. - Me sentei em uma cadeira de seu escritório, ficando bem em sua frente. Eu tinha que me livrar dessa sem deixar Laurent nervosa. - Eu estava vindo aqui pro trabalho até que uma imbecil... quero dizer uma moça se jogou na frente do meu carro e eu quase a atropelei. - Laurent parecia intrigada com a minha explicação. - Aí ela fico querendo discutir comigo e eu perdi a hora,foi isso.
- Pelo que eu me lembre você estava dirigindo seu carro numa
velocidade muito alta. Já devia estar atrasada. Ah e eu não sou imbecil, barbeira. - uma voz firme no fundo da sala diz, me azendo dar um pulo com o sustoMe viro e dou de cara com a imbecil dramática sentada toda confiante no sofá do escritório da senhora Laurent enquanto tomava um café. O que essa mulher estava fazendo aqui no meu território?
- O que? Quem... - tento pronunciar, mas sou interrompida por
Laurent.- Rebecca, quero te apresentar a srt. Sarocha. Ela foi transferido da Normandia para cá, e irá trabalhar conosco. - Laurent disse, mas eu estava perplexa ao extremo. - Ah, ela também é estagiária. Isso significa que vocês terão que compartilhar o mesmo cargo.
Mais que merda é essa? Como assim aquela imbecil vai trabalhar aqui? Não estamos aceitando gente. Dividir as mesmas tarefas? Ah, não. Minha vida vai ser um inferno a partir de agora com essa mulherzinha que se acha a dona da razão!
...
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Onde mora o amor? FREENBECKY!
FanficDireto das ruas charmosas da França, está La Conture, a empresa jornalística de moda feminina e masculina mais estilosa. E por trás desse sucesso existem estagiários como a determinada Rebecca Armstrong, a americana que sonha em ser uma jornalista r...