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Tinn

Ainda era difícil acreditar que o cara que eu mantive sentimentos escondidos por ele me convidou para sair. Eu iria fazer isso se ele não tivesse feito, naquela hora tinha decidido que tudo o que eu mais desejava era estar perto de Guntaphon Wongwitthaya. Não grudado como chiclete, mas perto o suficiente para conhecê-lo melhor. Se eu já gostava sem sequer saber seu nome, tenho altas chances de gostar sabendo mais coisas sobre si – ou altas chances de me decepcionar, mas estou colocando fé na primeira opção.

Tinha me arrumado inteiro horas antes do combinado, pedi para o vovô me dar uma folga e ele aceitou de imediato, já que eu não parava de trabalhar nem para ir ao banheiro na maioria das vezes. Vesti a minha melhor roupa e passei o meu melhor perfume. Iria sair com Guntaphon Wongwitthaya, não deveria ir apenas como o mesmo Tinnaphob Jirawatthanakul de sempre pois era um dia super especial.

Gun escolheu o lugar, era uma lanchonete do nosso bairro. Ele disse também que escolheria o que iríamos comer, se não fosse um incomodo para mim, já que falei que nunca tinha vindo até aqui. Tiw me convidou algumas vezes, mas a noite era o único momento do dia que me restava para jogar meus jogos favoritos, então não aceitei nenhuma vez. Felizmente ele nunca levou para o pessoal, pois se convidava para dormir em minha casa e passar a noite jogando comigo.

— Você realmente só aceitou o emprego por minha causa?

Assenti enquanto me deliciava com a comida que ele havia pedido, era lasanha de três sabores diferentes, seu prato favorito e agora o meu também.

— Quando eu vi você sorrindo achando que eu era atendente do local e me pedindo café com leite enquanto eu pedia meu achocolatado, reparei que nunca tinha visto alguém tão simpático e bonito em toda a minha vida.

— Isso é muito fofo – sorriu. — Eu te achei uma graça, suas orelhas ficam vermelhas sempre que chego perto de você. Seus olhinhos fecham quando você sorri e isso é a coisa mais linda que eu já vi no mundo, Tinn. Você é a pessoa mais linda que já vi.

— Você está me deixando com vergonha.

Terminamos de comer e Guntaphon disse que iríamos para a praça, se não tivesse problemas para mim. Não tinha problema algum. Era fofo a forma na qual ele se preocupava com isso, se estaria me incomodando ou não. Ele sempre fazia uma carinha confusa e meio assustada quando perguntava isso, eu tinha vontade de morder suas bochechas. Mas acho que seria rápido demais para quem tá apenas se conhecendo melhor.

— Que bom que você disse aquilo – Gun começou quando tínhamos ficado em silêncio por alguns minutos. O silêncio mais confortável que já presenciei em toda a minha vida. — Que era extremamente gay, me deu motivação para falar com você.

— Que bom que eu disse isso, então.

Continuamos o resto da noite assim, conversando para nos conhecermos melhor. Contei para Gun da vez em que eu levei uma queda de bicicleta e cai por cima de um cacto, jurando para ele que até hoje sinto que existem espinhos por todo o meu pé esquerdo. Ele me contou da vez que foi atropelado por um carro e quebrou o braço, eu achei meio pesado até ele me contar que se divertia contando mentiras para as pessoas sobre como havia se machucado. Eu estou de fato apaixonado por ele.

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