Capítulo14(parte3)

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Narradora: Chegou finalmente o dia em que ocorreria a primeira conversa de Aura e Dann com o Advogado, Dr.º Marcos Buiar.  Assim que que Patty e o advogado aterram no Porto, apanham de imediato um táxi com destino ao apartamento de Aurora.  Passados cerca de quinze minutos já se encontram à porta de Aurora, o porteiro do condomínio assim que os viu liberou logo a entrada deles dizendo-lhes qual o andar em que ela vive.  Patty, prontamente agradece e assim seguem caminho até que chegam na porta do apartamento de Aurora e tocam na campainha e são recebidos por Ary, que tem um leve sorriso no rosto. 

Aura&Dann: Boa tarde Patty! Como estas?

Boa tarde, também para si Dr.º Marcos Buiar! Como se encontra o senhor?

Patty: Boa tarde meninos. Eu estou bem.

DR. º Marcos Buiar: Boa tarde a todos! Eu estou bem. Estou aqui para fazer tudo o que estiver ao meu alcance para vos representar da melhor forma possível.  Para que isso possa acontecer necessito de todos os vossos dados corretos.  Precisarei de saber como o conheceram. Como é que ele entrou assim na vossa vida, ao ponto de o quererem adotar e perfilhar. E como é óbvio também irei necessitar de ter acesso aos dados do menino que pretendem adotar. 

Dann: Dr.º Marcos, foi eu quem conheci primeiro o Lourenço, ele tinha um ano, mas, já andava bem sozinho, pois, trabalho no orfanato onde ele vive.  Comecei a trabalhar lá como professora de dança há praticamente dois anos. Inicialmente ele não me dava confiança, mas, por outro lado sempre que estava dando aulas aos amigos dele mais velhos, ele acabava por entrar na sala silenciosamente e ficar sentado num cantinho assistindo em silêncio às minhas aulas.  Até ao dia em que eu terminei uma aula e vi que ele se manteve quietinho no sítio onde estava, e então eu decidi ir até ele com calma, para que ele não se assustasse com a minha aproximação. E há uns meses, vim a saber pela minha chefe, que existia uma família que estaria a caminho para o conhecer, só que infelizmente acabaram sofrendo um acidente pelo caminho e nenhum dos membros do casal conseguiu sobreviver ás consequências do acidente.  Aí a minha chefe falou comigo juntamente com a psicóloga do Orfanato e me pediram ajuda para contar para o pequeno o que havia acontecido, pois, sabiam que a reação dele não seria a melhor, uma vez que o pequeno ainda está a aprender a lidar com a frustração, tendo em conta que ele é só uma criança com três anos, quando algo de mau ocorre.  Após ter sido informada de tudo isso, aceitei ajudar a psicóloga do Orfanato a ir lhe contar tudo, da forma mais tranquila possível.  Pedi apenas que me dessem só dez minutos, para que pudesse ir no supermercado que havia ali perto, para ir buscar as coisas preferidas dele, para garantir que ele estaria calmo durante o decorrer da difícil conversa que iria acontecer naquele momento delicado.  Assim que já tinha tudo o que necessitava em mãos, retornei logo para o orfanato e fui juntamente com a psicóloga até ao pátio para o chamarmos para ir até á sala de música que estava vazia, sentamo-nos no tapete fofo da sala de frente para ele.

Até que ele perguntou o que estava a acontecer para que nós estávamos ali e com uma postura tão séria na presença dele, nesse mesmo instante comecei a colocar sobre o mesmo tudo o que tinha comprado há instantes, para garantir que ele estaria calmo perante o momento que se aproximava.  Logo que conclui o que precisava, fiz sinal para que a psicóloga começasse a contar-lhe o que se estava a passar, e mal a mesma iniciou o processo de lhe informar o que havia acontecido com o casal que o ia adotar ele correu logo para os meus braços enquanto estava a ter uma enorme crise de choro sufocado, devido a toda a força que o pequeno fazia.  Mal a psicóloga terminou de falar com ele, fez-me sinal com a cabeça para avisar que nos ia deixar sozinhos, para que eu tentasse acalmá-lo da melhor forma possível, assim, que ela nos deixou, peguei um saco de gomas e abri, retirei uma e ofereci-lhe, para ver se o conseguia acalmar aos poucos.  Para que me pudesse deitar um pouco com o pequeno sobre o meu peito, para lhe poder dar carinho nas costas.  Desde esse dia ele ficou muito ligado a mim e eu a ele. E há quase um ano ele tornou-se muito importante e especial para nós duas, porque, assim que o nosso pequeno conheceu a Rora, como a trata carinhosamente foi uma conexão imensamente forte e inexplicável de ambos os lados.  Desde aí temos passado vários momentos e dias os três juntos. E após o pequenote ter passado mais um fim-de-semana conosco, incluindo o dia de ontem segunda-feira, onde quando acordou nos chamou de Mãe Dada e Mamãe Rora e também já havia chamado tia á minha irmã, e também chamou pela primeira vez tio ao meu cunhado, quando o fomos levar novamente ao Orfanato Girassol, a minha chefe Wall, nos esperava na porta do mesmo, e nos avisou que necessitava de falar conosco sobre o pequeno, mas, que esperaria até que a minha companheira viesse ao nosso encontro depois de deitar o menino na sua cama, uma vez que o mesmo se encontrava dormindo nos seus braços. 

Aurora &DannOnde histórias criam vida. Descubra agora