Café e Chocolate quente. | Kaisoo.

Mocaccino.

Era manhã de um sábado e Kyungsoo havia passado o seu delicioso café e estava na espera do seu amado para que pudessem tomar seu regrado café da manhã juntos. Jongin logo chegou a cozinha com aquele típico rosto amassado de quem havia acabado de acordar, sentando-se na cadeira assim que viu o companheiro a sua espera em seu acento.

"Bom dia, amor." Comentou Jongin com voz embargada de sono, quase não conseguindo abrir os olhos direito ao direcionar o rosto para o baixinho que apenas observava o namorado com atenção.

"Bom dia, querido." Do respondeu o namorado no mesmo tom enquanto preparava o temido café amargo que ele tanto amava. Não gostava do seu café com açúcar, adoçante, mel, leite ou o que fosse. Apenas o sabor amargoso lhe agradava. Não sabia o porquê de gostar tanto do amargor do líquido quente e fervoroso que descia por sua garganta e as vezes tão ardente que nem sentia suas papilas gustativas por estarem queimadas por conta da fervura daquela cafeína que era tão viciante.

E naquele mesmo momento, Jongin preparava o seu chocolate quente. Tão doce, gostoso, suave e delicioso. Adocicado na medida certa, sem mais e nem menos que funcionava muito bem para si. As gotas de chocolate se derretiam enquanto bebia o líquido não muito quente, porém aquecido o bastante para mergulhar alguns biscoitinhos caseiros que tinha preparado com Kyungsoo, ele adorava. Era viciado na bebida doce, sabia que em alguns anos podedia lhe fazer mal danado de forma progressiva, mas enquanto esses anos não chegavam para o mais novo, aproveitaria ao máximo.

Do viu o marido se deleitar no chocolate quente e não pode deixar de fazer uma careta de desdém assim que prestou atenção no moreno, balançando a cabeça em negação e se perguntando como o seu amado gostava tanto da bebida enjoativa. Um arrepio percorreu a espinha de Kyungsoo só de imaginar em beber aquele líquido o enojava.

"Jongin, meu bem. Pegue leve no doce, sim? Sabe que coisas muito adocicadas fazem mal, não quero que fique me perturbando igual aquela vez que você comeu tanto chocolate que acabou com uma dor de barriga terrível e depois do ocorrido tive que levá-lo ao hospital." Fez questão de relembrar ao marido aquele dia infeliz que Kyungsoo teve que sair as pressas de casa porque seu querido estava passando mal de tanto comer barras de chocolate exacerbadamente em uma festa infantil e sabe-se lá Deus como ele havia entrado no evento. "Tem certeza que não quer tomar um pouco de café? É mais saudável." Pegou em sua xícara, bebericando o líquido e logo depositando no pequeno prato onde deixava-o.

"Sabe muito bem que eu não gosto de café, amor. Não precisa ficar tentando porque não irei mudar de ideia e além do mais que, café é amargo e completamente sem graça. Não entendo como gosta de um coisa sem vida, sem um pingo de doce." Basicamente quase todos os dias eles tinham a mesma conversa e o Kim até sabia onde aquela história iria chegar. Estava habituado com o marido tentando fazê-lo mudar de ideia sobre o excesso de doces.

"Café faz bem para a saúde e pode ser um pouco perigoso em excesso? Talvez. Entretanto, é uma escolha mais segura do que o chocolate quente que você gosta. Sabe muito bem que longo prazo poderá ficar diabético, isso é perigoso Jongin, apenas estou alertando." Disse com toda a calmaria do mundo e era um grande métido a sabichão desde a epoca da faculdade de medicina onde conheceu o Kim.

"Bom. Que os diabéticos saiam da sala, pois o docinho chegou!" Debochou da cara do marido porque sabia que o médico odiava esses tipos de comentários estilo hetero de academia. "Não irei ficar diabético e sabe muito bem disso. Estou me cuidando, tenho uma alimentação saudável e sempre que posso faço os meus exames rotineiros, sabe bem. Mais saudável que isso? Impossível, meu bem. E olhe para cá, gatinho." Chamou a atenção do baixinho que naquele momento estava olhando para janela da cozinha e ignorando a existência do seu amado. Levantou-se da cadeira e foi diretamente para o campo de visão do menor, tirando toda sua vista privilegiada dos passarinhos que voavam no quintal.