08. 𝗣𝗥𝗢𝗕𝗟𝗘𝗠𝗦

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Taylor se sentiu desconcertada ao perceber que não experimentava nenhum remorso pelo beijo trocado com Ana, traindo assim seu marido

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Taylor se sentiu desconcertada ao perceber que não experimentava nenhum remorso pelo beijo trocado com Ana, traindo assim seu marido. Pelo contrário, sentiu-se liberta e excitada pela situação. No entanto, essa sensação estranha não a abandonava enquanto se encontrava ao lado de sua aluna, assistindo a um filme e compartilhando chocolate quente. Observando Ana com os olhos fixos na televisão, Taylor teve a impressão de que a aluna gostava de assistir filmes.

— Isso não é estranho para você? - Taylor indagou, buscando validar suas próprias sensações.

Ana desviou o olhar da tela para Taylor, seu cabelo ainda úmido, mas seus lábios tingidos de roxo.

— Pode parecer, mas eu não acho. – respondeu Ana. — Na verdade, gostei disso.

— Mas você é minha aluna e...
- começou Taylor, interrompida por Ana.

— Você é casada. – completou a garota. — Mas isso não me incomoda, e parece que você também não se importa. Vamos apenas esquecer isso, está bem? — Ela tocou o rosto de Taylor suavemente.

Um sorriso se formou nos lábios de Taylor enquanto ela encostou sua testa na de Ana, sentindo-se relaxada e feliz.

— Mas agora, preciso te mostrar algo. Venha comigo.

Ela segurou a mão de Taylor e a levou até sua biblioteca. A mulher ficou boquiaberta ao ver o tamanho do lugar, que mais parecia uma verdadeira biblioteca. No centro da sala, havia um piano solitário, aparentemente intocado há anos.

— Você gosta de livros, então pensei que talvez gostasse disso também. – explicou Ana.

Taylor sorriu, impressionada com tudo aquilo.

— É encantador. – a mulher caminhou até o piano. — Posso?

— Claro. – Ana sorriu animada.

Taylor se sentou e começou a tocar uma melodia melancólica, mas foi interrompida com a batida da porta da sala. Ana se levantou rapidamente assustada.

— São meus pais.

Taylor se levantou e tirou a toalha de seu corpo.

— Melhor eu ir.

— Por aqui. – Ana guiou Taylor para os fundos da casa e abriu a porta para ela.

— Tchau, Ana.

— Até amanhã. – Taylor beijou a bochecha de Ana e foi embora.

Os pais de Ana tinham chegado mais cedo que o previsto e ela odiou isso, queria que eles tivessem fora para passar mais tempo com sua professora. A garota caminhou até a sala e viu seu pai se sentando no sofá com uma cara nada agradável.

— Oi, pai. – ela sorriu timida.

— Ana, venha aqui. – seu pai abriu os braços.

Como uma criancinha, a garota abraçou seu pai com um enorme sorriso. Eles não estavam tão presentes e muitas vezes não a compreendia, mas Ana nunca deixou de ama-los.

— O que estava fazendo? – sua mãe perguntou.

- Procurando um livro na biblioteca.

***

Taylor chegou em casa, ainda com a mente repleta de lembranças do tempo que passou com Ana. Ao entrar na sala de estar, encontrou seu marido sentado no sofá, lendo um livro. Ele não estava no computador e não estava conversando no telefone sobre trabalho.

— Cheguei. – disse Taylor, tentando esconder sua agitação.

Joe levantou os olhos do livro, seu olhar fixo em Taylor.

— Oi. Onde você estava?

Taylor engoliu em seco, sabendo que a conversa seria difícil.

— Estive com a Ana.

Joe franziu o cenho, um lampejo de desconforto passando por seus olhos.

— De novo? Ultimamente vocês têm passado muito tempo juntas…

Taylor se sentiu na defensiva.

— Ela é minha aluna, Joe. Nós estávamos apenas trabalhando em um projeto juntas.

Joe balançou a cabeça, claramente frustrado.

— Eu não gosto disso, Taylor. Eu sinto que tem mais alguma coisa.

Taylor suspirou, sentindo-se culpada pela situação.

— Então você está ficando louco. Ana é apenas minha aula que precisa de ajuda e eu quero estar lá para ela.

— Isso não é justo comigo. — retrucou Joe, sua voz carregada de ressentimento. — Você está colocando ela acima de nosso casamento.

Taylor sentiu uma mistura de emoções, lutando para encontrar as palavras certas.

— Como você tem coragem de falar isso? Você que coloca seu trabalho acima do nosso casamento e agora que estou saindo e não deixo comida para você em cima da mesa, você fica assim. Eu também preciso de um pouco de ar.

Eles se encararam em silêncio, a tensão pairando entre eles. Taylor sabia que precisava encontrar um equilíbrio entre seu compromisso com Joe e seu desejo de ajudar Ana, mas não sabia como conciliar as duas coisas. A única certeza que ela tinha era que teria que tomar algumas decisões difíceis no futuro.

Ele se levantou e foi até ela.

— Se eu souber que vocês tem algo, vocês duas estão ferradas.

Taylor engoliu em seco, mas tentou disfarçar com um sorriso.

— Eu te amo, nunca te trairia.

Joe a olhou sério. Aquela postura arrogante deixava Taylor com medo.

— Acho bom.

𝐂𝐀𝐋𝐋 𝐌𝐄 𝐁𝐘 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐍𝐀𝐌𝐄, 𝗧𝗮𝘆𝗹𝗼𝗿 𝗦𝘄𝗶𝗳𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora