Eu estava chegando da escola, coloquei minha mochila no meu quarto, como de costume, e desci para a sala, para cumprimentar e brincar com os gatos. Dez minutos depois subo para tomar banho.
Assim que saio do banho, meus pais chegam.
Jão: -Oi filho! Tudo bem? Como foi a escola hoje?
Pedro: -Eai, filho, tudo bem? -Pedro fala, fazendo carinho em meu cabelo.
Lucca: -Oi, estou bem sim, e foi normal na escola, como sempre.
Falo, e logo saio dali pra não puxar assunto.
Fico mo meu quarto até dar a hora do jantar, desço até a sala de jantar, e como sem falar uma palavra, não queria puxar assunto, e muito menos perguntas desconfortaveis, porque sabia que se eu falasse eles iam perguntar sobre o porquê de eu estar tão calado assim, e sinceramente, não quero falar sobre isso, talvez depois, já que meus pais estão sempre ocupados mesmo.
Depois do jantar um tanto desagradável, meus pais foram pro quarto, e eu pra sala, assistir alguma coisa, quando começo a ficar com sono, então subo, em direção ao meu quarto, mas ao passar pelo quarto dos meus pais, escuto um tom de voz mais alto do que o normal, então paro ali para escutar.
~☆
Pedro: -Ela tá estranha sim, jão, não viu o jeito que ela falou com a gente hoje? E não falou uma palavra durante o jantar. -Pedro
fala enquanto dobra roupasJão: -ELE, Pedro, ELE. Sim, já faz um tempo que ele tá estranho com a gente, mas o que eu posso fazer, ein?
Pedro: -Eu esqueço, desculpa. Acho que a gente deve fazer o básico, conversar com ele, mas eu não sei... ele tá tão distante esses tempos que não sei mas se é ele que está ali, ele deve estar com algum problema interno, ou problema com a gente, sei lá. -Quando meu pai fala isso, meu sangue ferve, mas continuo ali.
Jão: -Você não deve desculpas a mim, deve desculpas a ele. Sim, vamos conversar com ele um dia, mas preciso ter cabeça pra isso... melhor a gente esperar um pouco.
Pedro: -Também, mas do jeito que ele tá, é melhor falar com ele só semana que vem, até porque, essa semana a gente tem muita coisa pra fazer.
Após Pedro falar isso, saio pisando forte e bufando para o meu quarto, eu estava com uma raiva que não cabia em mim, bato a porta com tanta força, que é possível escutar os sustos dos meus pais daqui.
Jão: -Foi o Lucca?
Pedro: -Foi. -Pedro fala olhando para baixo, soltando um suspiro e colocando a mão na testa.
Jão: -Olha o que a gente fez, Pedro! -Jão fala com a voz um pouco exaltada, soltando um suspiro.
Pedro: -A gente fez o que, João? Não falamos nada demais.
Jão: -Não é o que parece, Pedro. Se ele saiu assim, é claro que falamos algo, vamos lá conversar com ele.
Pedro: -Okay, vamos.
O casal foi até o quarto do garoto, que no momento, estava de fone, e não ouviu as batidas repentinas de seus pais, só escutou quando Pedro gritou seu nome, fazendo o menino abrir a porta devagar.
Lucca: -Oi, o que vocês querem?
Jão: -Nós queremos conversar, filho.
Pedro: -Podemos entrar, filho? -Assim que Pedro fala, Lucca da espaço para os dois entrarem, sem falar nenhuma palavra.
Pedro e Jão entram no quarto, e sentam-se na cama do garoto, fazendo ele sentar em sua cadeira. -Jão suspira
Jão: -Eai, não vai falar nada? Pode falar com a gente, nos estamos aqui pra te escutar.
Pedro: -Pode falar, nos estamos aqui pra te escutar.
Lucca: -Vou falar o que? Vocês nunca me escutam, estão sempre ocupados e esquecem de mim.
Jão e Pedro se olham com dúvidas, mas talvez Pedro já saiba do que o menino estivesse falando, então respira fundo e toma iniciativa para falar, já que jão não sabe o que dizer.
Pedro: -Olha filho, se isso for sobre a gente trabalhar demais e não te dar atenção o suficiente, eu já peço desculpas, desculpa mesmo, por que essa turnê tá sendo tão doida que eu nem consigo sequer dormir, e a gente passa o dia inteiro fora, ensaiando, fazendo reuniões, passagens de som, que eu nem sei mais quem eu sou -Pedro fala num tom irônico, com uma risada fraca, mas sabe que aquilo é verdade. Então, se for por isso, eu sei que um pedido de desculpas não vai resolver tudo, mas a gente pode fazer uma coisa agora se você quiser, ou marcar uma coisa pra essa semana, por que ela tá bem tranquila. -Pedro fala de uma vez e jão, que no início não entendia nada, agora entende tudo e fazia muito sentido, mas ele se sentia extremamente mal por não ter percebido isso de seu próprio filho.
Jão, novamente sem saber o que falar, se levantou, pegou na mão de seu filho, trazendo ele para a cama também, o abraçando, e sem falar uma palavra se quer, os três estavam entendidos, apesar das desculpas de Pedro, Lucca não falou nenhuma palavra, mas os três ali, abraçados, se entendiam perfeitamente.
Lucca: -Quero assistir um filme com vocês, e com direito a pipoca. -Lucca fala sorrindo.
Desceram para a sala, fizeram pipoca a ficaram assistindo filmes até as duas da manhã, sabendo que iam acordar cedo na manhã seguinte.
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(Já vou me desculpando de erros ortográficos, por que sou péssima com isso)