Of Blood

CEIFADORA

NARRADOR
HORAS ANTES A NOITE ANTERIOR

Clarke avança pela floresta, os raios de sol filtrados pelas folhas criam padrões de luz e sombra no chão.

Seus passos são cautelosos, quase silenciosos, enquanto ela busca por qualquer sinal de Hermes.

O medo a impulsiona adiante, seu coração batendo forte no peito, ela sabe que está mais próxima agora do que  em qualquer um dos últimos dois dias.

Finalmente, ela avista um vislumbre de movimento à sua frente. Lentamente, ela se aproxima, escondendo-se atrás de uma árvore. Lá está ele, Hermes, sua figura entre as árvores com uma mochila e a espada ao lado, junto as brasas de uma fogueira apagada.

Clarke prende a respiração, sua mente girando com pensamentos sobre o que ele poderia fazer com aquela informação.

Clarke não conhecia Hermes, ele o viu talvez quatro ou cinco vezes desde que esteve em Pólis, nunca havia se quer trocado uma única palavra com ele mas sabia que ele era próximo de Retse e esse não é o tipo de informação que Clarke achava que ela pouparia se quisesse a prejudicar atacando sua mãe.

Já a poucos metros dali Retse conseguiu uma enorme vantagem por ser uma rastreadora, e principalmente por conhecer seu amigo.

Diferente de Clarke, Retse nao teve dificuldades para rastrear Hermes e Clarke já que seguia duas trilhas deixadas.

Cada ramo quebrado, cada marca na terra, é uma pista que a levava mais perto

O coração de Clarke bate mais rápido à medida que ela se aproxima, seu corpo tenso e pronto para o confronto iminente. Ela sabe que não pode permitir que Hermes  fosse embora.

Uma parte dela queria poder confiar como Muitos confiavam em um Sines juramento, já outra parte sabia que pontas soltas sempre voltavam para dar um nó em nossa própria forca.

Com a respiração acelerada e a mão trêmula segurando a arma, Clarke se aproxima por trás de Hermes com olhos cheios de determinação e angústia. Ela sabe que está prestes a tomar uma decisão irreversível, mas a segurança de sua mãe é sua prioridade.

Ela engatilha a arma, chamando de imediato a atenção de Hermes que apenas se virou para trás, ele estava longe de mais de sua espada.

-Desculpe.- ela sussurra, sua voz trêmula, enquanto mantém a arma apontada para Hermes.-Eu não posso correr o risco..

Hermes ergue as mãos em um gesto de rendição, seu rosto uma máscara de confusão.

-Por favor.... Diga a Heda que eu me entrego e assumo a minha traição.

Clarke não sabia como dizer ao homem que aquele não era o motivo pelo qual ela estava ali, que ela não iria prende-lo a mando da Heda.

Clarke hesita por um momento, lutando contra a guerra interna entre sua necessidade de proteção e seu desejo de que ou esse outra forma. Mas então, o rosto de sua mãe surge em sua mente.

Hermes olhava fixamente nos olhos de Clarke que carregavam o peso da decisão.

O gatilho é apertado