Garoto do Blog ( vlog)

Como tudo começou

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Célio Vieira

Mineirinho tímido de Uberaba, ama expor e dividir todos os seus mais profundos sentimentos por meio da escrita.
Lançou, em 2016, seu primeiro trabalho literário pela Editora Coerência: o livro “Sob os olhos de um anjo”.No ano seguinte, participou do projeto “Entre Amigos”, uma antologia publicada pela Editora Sinna, com o conto “Olhos Fechados”.
Autor do conto “Garoto do blog.com”, disponível nesta antologia, Célio se apaixonou pela história a ponto de pretender estendê-la para um romance repleto de pura sedução e erotismo.

O Garoto do blog.com

Queridos Leitores,
Sabe aquela sensação de ser desejado, admirado?
Desde sempre, recebo olhares e cantadas. Nunca achei ruim, muito pelo contrário Em certo momento da minha vida, usei isso a meu favor.
Hoje, por meio deste post, venho compartilhar um pouquinho sobre a minha vida, contando como virei Kadu, um dos garotos de programa mais conhecidos do Rio de Janeiro.

Como tudo começou

Tudo começou com minha primeira desilusão amorosa. Eu tinha dezoito anos e era apaixonado pelo meu melhor amigo do colégio. Certo dia, ele descobriu e veio tirar satisfações comigo, me deixando completamente apavorado. – Que história é essa que está rolando no colégio? Estão dizendo que você é a fim de mim. Está querendo queimar meu filme, garoto? – disse Gustavo, em um tom de voz alterado, me dando empurrões no peito.
– Fique calmo, Gustavo, isso deve ser obra de algum idiota querendo fazer graça com a nossa cara só porque fazemos praticamente tudo juntos –respondi, suando frio,ainda aterrorizado.
– Espero que seja mesmo, porque senão nossa amizade acaba aqui – retrucou ele, com o dedo apontado para minha cara.
Depois desse episódio, minha relação com Gustavo não foi a mesma. Até que um dia ele resolveu me procurar em casa. Eu estava sozinho, jogando meu videogame, quando ouvi a campainha tocar. Quando abri a porta, levei o maior susto da minha vida.
Meu coração parecia que iria sair pela boca, minhas pernas tremiam.

– Você? Qual foi a fofoca desta vez?
– Boa tarde, Gui, posso entrar?  – perguntou Gustavo com a cabeça baixa, a voz toda mansa.
– Claro que pode, fique à vontade.
Entramos e fomos para a sala.