A assassina

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A mulher estava em pé em um cômodo escuro e abafado, sua postura era elegante e confiante, sua face estava oculta por um manto escuro. À sua frente, um homem estava amarrado por correntes de prata, sua boca tapada com trapos imundos. O corpo dele estava coberto de suor e poeira. Ele olhava para a mulher com uma mistura de desprezo, ódio e medo.
Com movimentos deliberados, a mulher retirou uma adaga delicadamente afiada de dentro do manto. Sua lâmina era de prata reluzente, o cabo estava envolto em couro caro e decorado com rubis vermelhos como sangue. seria uma honra morrer sob aquela lâmina majestosa, a mulher sorriu sob manto.
Os olhos do homem se fixaram na adaga com um misto de terror e incredulidade,enquanto a mulher se aproximava lentamente, com passos preguiçosos como se estivesse saboreando cada momento.
O homem começou a se debater contra a cadeira que rangia, mas seus esforços foram inúteis. Com um golpe rápido e preciso, a mulher perfurou seu coração, afundando a lâmina com a destreza de alguém que já realizou esse ato inúmeras vezes. O sangue escuro escorreu pelas mãos da mulher.
Ela ergueu uma das mãos e, em um instante como mágica, o corpo do homem desapareceu em sombras e névoa espessa, junto com qualquer evidência do crime. Surgiram ao longo do tempo muitas lendas sobre ela, de que devorava suas vítimas, e por isso ninguém nunca a descobria. Até parece, como se ela fosse se alimentar de sua essência podre e humana.
Saindo para a luz do sol, seu manto oscilava atrás de si, os respingos de sangue mal eram visíveis em seu tecido escuro. Algumas pessoas na pequena vila lançaram olhares curiosos para ela, mas desviaram o olhar rapidamente.
A mulher seguiu para as estradas de terra, limpando a adaga em seu manto enquanto avançava, nem um pingo de remorso era visível em sua expressão fria, sua mente já traçando planos para seu próximo movimento.

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