cap2- Quem é ele?

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Já se fazia torno de duas semanas desde minha complicada e sincera decisão de me casar, meu pai havia feito um escarcéu de alegria, e desde minha adolescência, nunca o vi sorrir tanto quanto agora. Isso me deixou triste, e não o fato de vê-lo sorrindo, e sim o fato de só fazê-lo feliz quando algo o convém.

?/- Esta pronto vossa majestade, como um verdadeiro cavalheiro.

- É, agora não tem mais volta, não é? Vamos acabar logo com isso.

Disse por fim, curto e grosso enquanto ajeitava o Kilt um pouco apertado sobre meu corpo, eu era um garoto no auge dos 18, fim da adolescência e começo de uma vida adulta. Eu não tenho corpo suficiente pra duelar, estou tão desesperado pra sair correndo, mas meus pés se mantém firmes no chão para que eu não faça nada da qual posso me arrepender.

R/- Meu filho! Veja só como está... Um homem..? Sempre foi tão feminino assim?

- Isso particularmente veio de sua Rainha, agradeça por eu ir neste evento.

Odiava quando tocavam no assunto de minha aparência, diferente dos meus demais irmãos, eu tinha a aparência mais feminina, os cabelos naturalmente loiros vinham de minha mãe, que neste exato momento devia estar bordando com as damas fofoqueiras do reino inteiro. Eu a amo, mas não consigo me dar bem com tais comentários tratando-se de mim.

Após as carruagens ser organizadas e devidamente preparadas para nós da corte, já estava indo em passos nervosos para fora do castelo enquanto sentia um abraço ladino e repentino, deixando que um sorriso escapasse após ver meu outro irmão. Henry de 35, Louis de 30 e Leonard de 28. Estávamos falando agora de Louis, que tanto quanto Henry, era superprotetor comigo, era até fofo tirando o fato de tal ser um completo vagabundo e alcoólatra.

- Vai a este evento ridículo, Louis? Olha, me vejo surpreso por tal descoberta.

L/- Sabe que nossos irmãos não vão te deixar na mão, e também, papai está no nosso pé quanto a arrumar uma dama para cortejar, sorte dele que sou muito bom nisso.

Notei seu sorriso perverso enquanto o empurrava para longe com uma cara enojada. Eu disse que meus irmãos eram cafajestes, mas querer tirar a virtude de princesas e duquesas e diabos a quatro é horrível de sua parte. Apenas entrei logo dentro de minha carruagem, não gostava de dividir meu espaço, principalmente quando sei que se formos juntos, terei de ouvir conversas desconfortáveis a respeito de damas e casamentos.

- Não seja baixo a este nível, Louis!

L/- É só diversão irmãozinho, você é inocente demais, ou gosta de homens?

Permiti que o Lacaio rapidamente fechasse a carruagem, engoli em seco e deixei que uma risada vazia escapasse. Que piada ridícula este meu irmão acabara de lançar? Ele é louco por dizer tal calúnia com tanta seriedade na frente de Lacaios e colcheiros?

Antes mesmo de tentar arranjar uma pequena briga, notei que Louis não estava mais ao lado de fora, e sim com meus três irmãos que se reuniam em suas devidas carruagens. Suspirei uma, duas, três vezes. O que ele dissera ficou em minha mente como um martelo, socando em meu cérebro com tanta insistência que após algum tempo, só notei que a carruagem parava calmamente.

- Céus, o que diabo estou a fazer aqui? Eu não deveria ter vindo, o tanto de cavalheiros e príncipes que esperam para conhecer o garoto de qual meu Pai tanto fala, o desgosto que vão receber..

Sussurrei mas para mim mesmo, encarei as mãos que repousavam em meu colo e as sacudi rapidamente para tirar o tremor que persistia a ficar, assim logo sendo surpreendido pela entrada sendo aberta com cautela pelo lacaio que me encarava com cautela e com um pequeno sorriso nos lábios

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