Me chamo Laura, tenho 17 anos e moro na cidade de São Paulo, tenho 1,58 de altura, pele morena média e cabelos longos, sou a mais velha de três e há 1 mês meus pais se separam. Desde então não vi mais meu pai, ele se mudou para São Sebastião, mas nos liga um dia sim e outro não. Enfim acabou as aulas e terminei a escola, hoje mesmo irei para a casa dele. Meus irmãos de 15 e 13 anos irão comigo, eles voltarão antes, já eu não tenho data para voltar. Minha mãe está bem até, a ligação dela com meu pai é de amigos, com algumas briguinhas claro, mas sei que se amam ainda, então pra ela é normal passarmos um tempo com ele. Depois dos meninos ter enfim acabado de arrumar suas coisas, partimos. A viagem foi longa porém divertida, eu e meus irmãos temos uma boa relaçao. Chegamos por volta das 19hrs, na portaria já esperavam por nós então o porteiro falou poucas palavras no interfone e o portão se abriu. Meu pai nos recebeu com um forte abraço e lágrimas nos olhos. -Minhas crianças, nem parece que só se passou um mês. -Ele sorriu contente. -Pai... Que saudade. -Beijei sua bochecha. -Esse lugar é muito massa pai, podemos ir para a praia? -Igor o mais novo o interrogou. -Estamos na praia, muleque! -Meu pai bagunçou os cabelos de Igor, e continuou. -Mas vem, entrem, preparei um lanche pra nós e mais tarde vai rolar uma fogueira organizada pelo os jovens do condominio. -E assim fomos á mesa. Meu pai havia preparado várias besteiras e o assunto foi somente os últimos dias de aula. Quando acabamos e antes do meu pai pegar as coisas que possívelmente iriamos usar na fogueira, um grupo de homens começou a bater na porta gritando, -Nando, Nando!!! -Assustei e meu pai gritou do quarto me pedindo para abrir. -Oi? -Me deparei com quatro homens, talvez pouca coisa mais velhos do que eu e duas moças, uma meia india da minha altura e uma loira alta, e os rapazes... Ahhh todos lindos. -Você não é o Ernando! -O mais branquinho que estava abraçado com a loira disse rindo. -Claro que não idiota, essa é a filha dele. -O de olhos verdes e cabelo cacheado falou em um tom sério, mas depois sorriu. -Prazer, sou Tayna. -A "meia india" estendeu a mão sorrindo, e continuou. -E esse é meu namorado Gabriel, o Rodrigão, o Jeff, Jonathan e sua namorada e minha grande amiga Giovana. -Ela falou o nome de todos na ordem em que estavam, eram todos rapazes muito, muito, mas muito lindos. -Ae mulecada, conheceram minha pretinha? -Meu pai se aproximou com meus irmãos. -Pretinha pai? Agora não... Posso trocar de roupa? -Perguntei com as bochechas coradas. -Corre lá, seu quarto é o segundo da direita. -Assim que ele respondeu eu andei rapidamente e subi as escadas correndo. Joguei tudo da mala pra fora, e no fim, vesti um vestido de renda branco e sandália estilo gladiador. Quando voltei a porta estava encostada, abri e todos estavam sentados no chão que havia muita areia também. Percebi que chamei a atenção de todos, só não sei se foi positivamente. -Vamos? -Sorri de lado. -Vão lá, irei ficar em casa, só vai ter jovens. Façam amizades, garotos comportem-se e aos garanhões longe da minha preta. -Todos rimos e caminhamos poucos passos até a praia. Só havia mais 4 ou 5 pessoas lá em volta de uma fogueira, mais 1 rapaz, uma moça negra de black e uma ruiva de dreads, e uma menina e um menino mais ou menos da idade de Igor. Giovana e Jonathan sentaram do meu lado direito e a linda ruiva de dreads dos olhos enormes se sentou ao meu lado esquerdo, ao lado dela se sentou rodrigo, depois a linda negra do cabelão, os quatro mais novos, Jeff e o outro casal, no caso Tayna e Gabriel. -Eae, você é a filha do Nando? -A ruiva perguntou. -Eu mesma. -Ri baixinho. -Prazer, sou luli, aquela é a Erika (Apontou para a mina do cabelão), aquele é o Felipe irmão do Gabriel (parecido com ele mas não tão bonito quão) e aqueles são meus irmãos caçulas, os gemeos Sara e Paulo. -Apontou para cada um que retribuiram com um sorriso. -Qual o seu nome? -Sara perguntou com uma carinha inocente. -Laura?! Mas iremos te chamar de pretinha. -Jeff respondeu por mim rindo e todos agitaram com, "ISSO AI. PRETINHA." -Que vergonha gente, não... -não consegui segurar a risada, e assim foi a noite. Várias risadas e histórias, confissões secretas do tipo, Jeff já pegou uma mulher pouca coisa mais nova que a mãe dele, Rodrigo revelou uma paixonite pela Erika, Jonathan confessa que perdeu o bv com sua namorada, e etc. Percebi durante todo o tempo que Gabriel era oque menos falava, ele tinha pinta de ser o considerado mais desejado, não por ser o mais lindo porque todos eles eram, mas não sei.. talvez porque é oque mais faz meu estilo, mas vamos respeitar a Tayna né? Percebi também que ele me olhava bastante, e quando eu o olhava ele desviava para outro lugar, mas talvez seja apenas porque sou nova no "pedaço". -Eu estou ficando cansada pessoal, vou descansar. Boa noite a todos. -Tayna sorriu simpática e deu um super beijo em seu namorado. Logo depois que ela subiu para o condomínio meus irmãos subiram também com Felipe que foi para ajuda-los a achar o apartamento mas depois não voltou. -Pretinha, tu surfa? -Giovana me cutucou. -Na verdade não.. Meu pai sempre surfou e eu nada. Mas eu tenho muita vontade de aprender, apesar de ser mais apegada a dança do que outros esportes. -Ri. -Ah que linda, você dança o que? -Erika me perguntou. -Eu posso felizmente dizer que danço tudo já que fiz curso de street e ballet. -Retribui o sorriso dela. -Aqui todos nós surfamos, e foi isso que nos aproximou do seu pai. -Gabriel enfim abriu a boca pra outra coisa a não ser beijar ou rir. -Não irá me faltar professores então! -Falei tirando um sorriso dele. -Bom gente, a noite foi boa demais, mas o tempo passou muito rápido e eu e o Jonathan iremos acordar cedo. -Giovana se despediu acompanhada de Jonathan. E no fim só restou eu, Erika, Luli, Jeff, Rodrigo e Gabriel. Por alguns segundos ficamos em silêncio até Gabriel dizer meu nome. -Eu? -O olhei. -Você sabe quem sou eu? -Ele riu com um pouco de vergonha. -Ah, claro que sei, porque? -Ri de volta. -Geralmente quando vem pessoas de fora elas me fazem perguntas ou elogios... -Ele ficou sério. -Não gosto de bajular ninguém, mas quer um elogio? -O encarei com um sorriso de lado o fazendo corar... -Então né gente, to afim de entrar na água. -Jeff se levantou tirando o calção e a camisa. Nossa que corpo... Achei estranho ele entrar na água essa hora, mas eles são acostumados a essas doidera, e aliás, ta uma noite linda, a lua ilumina tudo e água deve estar deliciosa. -Eu te acompanho. Vamos preta? Vamos gente? -Erika se levantou se despindo e o corpo dela também era lindo.. Os três olharam mas rapidamente Gabriel e Rodrigo tiraram os olhos. -Ah hoje não... Amanhã prometo um banho de mar com vocês. -Continuei sentada. -Eu vou minha deusa. -Rodrigo se despiu, também tinha um corpo bonito apesar de ser mais magro que o Jeff. Os três correram para o mar e Gabriel se levantou em seguida. Quando ele levantou a camisa eu simplesmente fiquei paralisada, como pode ser.. ser.. ser assim? Ele percebeu que eu o olhava e sorriu balançando a cabeça negativamente correndo para o mar. -Quer ficar lá na beira? -Luli me perguntou e assim fomos. Ficamos sentadas afundando nossos pés os olhando parecendo crianças no parque. Jeff e Gabriel estavam mais pro fundo enquanto Rodrigão e Erika brincavam mais pra beirada, e antes de eu piscar os dois estavam se beijando. -Uau. -Falei baixo e luli riu. -Eles sempre se gostaram, finalmente... -Ela comentou brincando com a areia. -E você senhorita, namora? - Tentei puxar um papo e ela riu fazendo um coque com seus dreads. -Não, a pessoa que eu amo é proibida pra mim. -Ela levou os olhos ao mar, segui aquele olhar que dava diretamente ao Jeff. -Jeff? -Sorri. -Sim.. -Ela riu baixinho mordendo os lábios. -Mas porque ele é proibido pra ti? -Perguntei curiosa e ele então saiu da água com aquele corpo molhando e balançando os cachinhos nos fazendo encerrar o assunto com minha pergunta. -Bom meninas, lavei a alma, vou nessa. -Deu um beijo na testa de Luli e... um beijo no canto da minha boca, e subiu. -Você bebe? -Ela me perguntou se levantando. -Não, obrigada. -Continuei olhando o mar. -Rodrigo, vou pegar uma breja pra nós! -Gritou e foi correndo. Logo em seguida Gabriel veio saindo da água enquanto os pombinhos não poupavam fôlego. Ele se sentou um pouco longe de mim. Gabriel é oque eu mais achei interessante, mas meu Deus, ele namora uma garota tão legal, melhor evitar. -Eae. - porra (pensei). -Eae Medina. -Continuei olhando o mar. -Medina? -Ele riu e continuou. -Porque não me chamou de Gabriel? -Senti os olhos dele em mim. -Na fogueira você me deu a sensação de que gosta de ser O Medina, grande surfista famoso. -Respondi ironicamente. -Ah não, não, não. -Ele tossiu interrompendo sua frase, e continuou. -Perdão.. Não, nada disso.. É que realmente é assim, geral das mina que se mudam pra cá ou passam um tempo aqui quando me vêem é uma loucura. -Ele riu e se aproximou um pouco. -Me arrepiei. Não se aproxime mais cara.. -E você gosta disso? -perguntei tentando segurar meu nervosismo. -De algumas coisas sim, outras não... Gosto das mulheres bonitas atrás de mim! -Ele riu descontroladamente. -Sua namorada é linda. -O encarei. -Tayna é mesmo, gosto muito dela. E ó, não ache que sou um safado cachorrao não ta? Ja fui, mas agora to em um lance sério. E também nunca te daria idéia, relaxa. -Ele riu olhando a areia. "nunca te daria idéia". -Não..? -Pensei e continuei. -Quer dizer, eu sei né, der. -Dei uma risadinha forçada. -Oque costumava fazer lá onde morava? -Me perguntou. -Ah, eu saia bastante com meus amigos, mas sou bem caseira, metade dos meus passa tempo é em casa. E você? -O olhei. -Ahhhh, a praia é definitivamente minha casa, fico aqui o dia todo, amo tudo isso, amo o meu trabalho.. Quando saio daqui pra competições e tal vou de qualquer jeito voltar pro mar, então é apenas isso que faço e é isso que curto. -Me olhou também e pudi ver o brilho em seus olhos. -Isso aqui é muita paz, tranquilidade insubstituível. -Fechei os olhos e sorri. Ele demorou um pouco para responder, será que ficou me olhando? -Lá é muito movimentado né. -Pude ouvir sua risadinha. -Sim, muito. Aqui nem se escuta ônibus, metrô, só as ondas do mar. -Abri os olhos e ele me encarava. Corei. -Você é uma mina firmeza. -sorri com os olhos. -Sou? O que me faz ser uma mina firmeza? -Ri baixo. -É dahora conversar com você... Oque mais você faz a não ser ficar em casa? -Ele riu. -Eu vou á alguns parques andar de long. -Voltei meus olhos a areia. -Ahhhh você anda de longboard? Mano, mais pra cima tem umas ruas muito boas de se andar, tem umas decidas. -Falou ofegante. -Decida? To fora, só remo mesmo. -Ri. -Amanhã 7hrs vou na sua casa te buscar. -Ele continuou ofegante. -Iiih, nem trouxe o meu long Gabriel, deixa pra outra vida. -falei e Luli voltou com algumas cervejas (Gabriel abriu uma lata), se despindo entrando no mar. -Não seja por isso, tenho long de todos os tamanhos, você não vai escapar. Amanhã, 7 horas. -Gabriel disse em tom de vitória. Aceitei. Ficamos em silêncio por um tempinho e ele se aproximou mais um pouco. -Pretinha, com todo respeito, você é linda demais, tamaluco mano. -Ele deu um sorrisinho e passou as mãos no cabelo dele. Nesse momento meu estômago criou borboletas e da cabeça aos pés me arrepiei. -Obrigada, Guel... -Droga o nome dele não saiu. -Gabriel. -Fiquei totalmente vermelha tirando risos dele. -Guel? Até que eu gostei disso.. -Ele disse e continuei em silêncio, até que do nada ele começa a me encarar com as mãos no queixo e mordendo os lábios. -Qual o seu problema? -Ri tampando o rosto. -Essa é a cena mais linda que eu já vi, o mar, a lua, você e as estrelas.. Beleza natural. -Ele riu e eu fiquei ainda mais vermelha. Gabriel Medina está realmentes assim comigo, Brasil? -Gabriel.... -Dessa vez o nome saiu. -Desculpa, to brincando.-Gabriel falou sério. -Não quero ser chata, obrigada pelo o elogio, mas mano, você é Gabriel Medina, um oi seu faz qualquer uma se apaixonar, e eu não vou mentir que você falando assim faz eu sentir algo... Eu respeito seu namoro. -Engoli a seco e o olhei no fundo dos olhos. - Conhece-te a ti mesma, e eu me conheço bem, sou um qualquer vulgar. -Ele sorriu fraco. -Isso é uma música Gabriel. -Não pude segurar a risada. -Eu sei, só não tinha oque dizer. -Me acompanhou no riso. -Bom, eu to indo nessa. -Me levantei e continuei. -Boa noite pessoal, boa noite "Guel". -Gritei aos demais que responderam o mesmo e empurrei o ombro de Gabriel. -Boa noite preta. -Ele se levantou me abraçando. Foi um abraço forte mas muito bom, ele era bem mais alto que eu, foi como se eu me sentisse segura no meio de seus braços. Voltei para casa e meus irmãos jogavam video-game no chão da sala e meu pai dormia no sofá. Subi e fui direto tomar um banho para tirar toda areia das pernas. No meu quarto reparei com mais calma em tudo, inclusive que a minha janela dava com as casas próximas da piscina e mais pra frente fora do condomínio com a praia.Melhor eu colocar o celular pra despertar e ir dormir para acordar cedo amanhã.