Quase morro no meu background

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P.O.V. Thalia 

Prazer, meu nome é Thalia Rodriguez, policial, mais especificamente perita criminal, ou como eu chamo carinhosamente, CSI de São Paulo.

Tá, péssima forma de começar isso aqui, mas se você espera que eu faça alguma coisa certa nisso tudo (spoiler), está enganado.

Atualmente, estou a caminho de outro caso. Um corpo foi encontrado em uma sarjeta numa periferia perto de onde moro, e, aparentemente, por essa proximidade, meus superiores acharam uma boa ideia me chamar às 6 horas da manhã para resolver isso. E talvez tenha sido mesmo, modéstia à parte, sou a melhor investigadora que eles já viram.

Quando chego, avisto o de sempre: muitos carros de polícia e alguns curiosos. Vejo no chão um lençol branco cobrindo um volume de tamanho médio próximo à entrada de uma mata fechada. Interessante... Começo a me aproximar aos poucos e vejo um conhecido.

-Oi, Edu! Eita, tá complicado hoje, né? - Olho para o seu rosto, observando as olheiras em seus olhos.

Eduardo (Edu pros próximos) é um cara alto e bonito. Seu cabelo é curto e moreno. Geralmente, seus olhos brilham com empolgação, ansiando pelo novo caso que iríamos investigar. Mas hoje há algo diferente, parece que ele tomou uma bela porrada na cara.

-Brigou com a Margareth de novo? - Pergunto.

-É, complicado... Acho que ela está me traindo, Lia.

-Puts, quer que eu veja isso pra você? Posso dar uma prensa nela e no cara, fingir um acidente de trânsito, sabe como é.

-Lia, quero resolver isso, não matar minha esposa.

-Desculpa, desculpa. Mas você sabe que eu tô brincando, quer sair pra beber alguma coisa mais tarde? Aí você pode me contar o que rolou.

-Humm, whisky? Tá, vamos terminar isso aqui rápido e depois vamos. - Diz ele esboçando um leve sorriso - Voltando a investigação, homem de porte médio aproximadamente entre 20 a 30 anos, não consegui identificar a causa da morte, mas se liga, toda a cena parece estranha, ele parecia estar fugindo de alguma coisa mas as câmeras não pegaram nada, também até onde eu vi, não encontrei outras pegadas além da dele. Estava esperando você chegar para entrarmos lá.- Ele aponta para mata.

-Ele parecia estar fugindo? - Digo me aproximando do corpo.

-Sim, algumas pessoas disseram ter ouvido gritos a aproximadamente 1 hora atrás.

Levanto um pouco o lençol e observo ele com cuidado, o corpo estava caído de bruços em um terreno lamacento. O homem vestia roupas esportivas rasgadas e sujas, estava sem um de seus sapatos, revelando um pé descalço com arranhões e cortes, como se tivesse sido arrastado ou enroscado em galhos.

O rosto do homem estava contorcido em agonia, e seus olhos estavam abertos, como se tivesse sido pego de surpresa. Além disso, havia marcas de ferimentos em seu corpo, especialmente nas costas e nos braços, deixando a pele marcada e inchada. O mais estranho era que no seu braço, estava com uma ferida aberta com as veias ligeiramente pretas em volta do ferimento.

-Edu, pega a câmera pra mim por favor. Vou mandar mensagem para a Zoe. - Digo pegando o celular.

-É estranho né? Pedi pro chefe chamar você assim que ele me passou o caso, sei que você é obcecada por esses casos esquisitos e estranhamente difíceis. - Edu diz indo até o carro, vejo ele abrindo o porta mala e trazendo a maleta dele. -Ainda acho que você e a Zoe fazem parte de algum fã clube estranho de true crime.

Tiro uma foto do corpo e encaminho para Zoe, a legista que sempre trabalha nos nossos casos. Nos conhecemos em um caso estranho que rolou no ano passado e acho que assim como eu, ela está procurando alguma coisa com tudo isso, mas o que eu gosto na nossa relação é isso, nós três somos amigos e nos ajudamos, mas ninguém fica fazendo muitas perguntas uns pros outros. Todos nós temos segredos, não é mesmo?

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⏰ Última atualização: Mar 25 ⏰

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Ordem Paranormal - O segredo na floresta 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora