Continuação.

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Em São Paulo, o trabalho da Ana continuava a todo vapor, o livro estava prestes a chegar à reta final, e ela compartilhava momentos cada vez mais amigáveis com os colegas da Editora. Começaram a notar que havia algo diferente no diretor, um brilho nos olhos que não passava despercebido quando estava próximo da Ana.

O final de semana se aproximava, e a Editora fechava suas portas no sábado e domingo. Como uma equipe unida, a sugestão de uma nova aventura surgiu: um acampamento em uma floresta, uma proposta para quebrar a rotina e proporcionar momentos diferentes. Todos concordaram com a ideia, exceto Pedro, que tinha um compromisso inadiável. Dessa forma, Rafael, Ana, Bruna e Alice começaram a preparar suas coisas na sexta-feira à noite, com todos os suprimentos necessários, e ao chegarem à floresta, cada um montou sua barraca para a noite que se aproximava. Em determinado momento, acenderam uma fogueira próxima às barracas, se sentando ao seu redor. A habilidade da Ana como contadora de histórias foi ótima, deixando todos envolvidos. Entre histórias, conversas e risadas, as horas passaram rapidamente, e eles se recolheram para dormir.

Na manhã seguinte, o grupo foi explorar uma longa trilha local, Ana estava animada com a ideia, mas durante a caminhada ela foi picada por uma aranha venenosa, que causou uma reação alérgica que a deixou indisposta. Ela começou a sentir coceira intensa no local da picada, seguida por uma leve tontura e náuseas. Eles perceberam que ela não estava se sentindo bem e rapidamente a levaram de volta ao acampamento. Rafael a ajudou a entrar na barraca, e se aproximou, observando a picada.

Rafael - Ana, como está se sentindo?

Ana - Eu estou mais ou menos.. A minha cabeça está doendo muito.

Rafael - Infelizmente não tenho remédios aqui, acho melhor te levar ao hospital.

Ana - Não precisa, não quero estragar o nosso dia aqui..

Rafael - Ana, você não pode ficar assim, a gente nem sabe que aranha era aquela, eu acho melhor eu te levar.

Ana - Tem certeza?

Rafael - Claro, você ficando bem é o que importa.

Rafael avisou para as meninas sobre o que ia fazer e elas acharam que era o correto, ele se despediu e levou Ana até o hospital mais próximo.

No hospital, Ana estava deitada na cama, enquanto aguardava o médico. Rafael permanecia ao seu lado, visivelmente preocupado. O médico entrou na sala, examinou os resultados dos exames e se dirigiu a Rafael:

Médico - Os exames mostram que a reação alérgica da paciente à picada não é grave, mas é importante que ela descanse e tome os medicamentos prescritos. A picada causou um inchaço, e os efeitos demorarão um pouco para diminuir completamente.

Rafael- O que podemos fazer para acelerar a recuperação dela?

Médico - O melhor remédio agora é o repouso, ela precisa descansar e tomar os medicamentos conforme a prescrição.

Rafael - Obrigado, doutor.

O médico se retirou, e Rafael gentilmente estendeu a mão para Ana, a ajudando a se erguer da cama hospitalar. Com passos cuidadosos, apoiada nele, Ana começou a se afastar da cama, para poder ir descansar em sua casa.

Assim, Rafael a levou para casa, em seu carro.

Rafael - Certeza de que você fica bem sozinha? Se precisar de qualquer coisa, me liga!

Ana - Obrigada, você já me ajudou demais, eu vou ficar bem sim.

Rafael - Pode ficar a próxima semana em casa se recuperando, depois conversamos melhor.

Ele deu um abraço apertado nela e depois foi embora.

(...)

Ana dedicou os dias de recuperação no hospital para avançar ainda mais na escrita do seu livro, e após três dias, se sentiu totalmente recuperada e retornou à Editora. 

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