Sonho

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Na calmaria da noite
Sorrateiro e sutil
Invade a minha mente
Com seu jeito tão gentil

Espera a brisa passar
Para tirar-me o alento
Joga fora meus tecidos
E meu peito deixa ao vento

Faz-me esquecer
Que o tempo ainda existe
Penetra profundamente
E o tempo não insiste

Nos olhos, o vislumbre
Na pele, o brilho salgado
No coração, o flamejar
Logo o corpo anestesiado

Regressa a tranquila respiração
Quando chega o amanhecer
Era apenas um sonho
Que podia acontecer



















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