O Garoto do Rio

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Na vida,
Existe coisas inexplicáveis,
Tão pequenas como um grão de areia,
Subjetivas como o espaço,
Idealista como os seres humanos,
E triste,
Como o fim de cada bom começo,

E de tantos cilíos entre arcos,
E nuvens entre luas,
Há chuvas imensuráveis,
Em dias intermináveis,
Ou só um coração partido,

Quanto tempo temos?,
Pra brincar de sermos?,
Aquilo que não somos?,

Foi assim que o pés daquele garoto,
Brasileiro de coração,
E afundado nos próprios olhos,
Seguiu uma estrada,
Onde o fim era desconhecido,
Afinal, o bom de estar perdido,
É ir para todos os lugares,
E no meio de tantas árvores,
Pasto mal cuidado,
Cercas devastadas,
Uma neblina acizentada,
Como os olhos tão jovens,
Que traziam as cores do horizonte,
Mas nem ele imaginava,
Que tão perto de sua casa,
Existiria um lugar tão único,
Cinza,
Triste,
Seu,
E por algum momento,
O mundo pertencia a ele,
E só a ele,
Quando os pés descalços pisaram no chão úmido,
Se sentir vivo voltou a valer a pena em muito tempo,
Tudo parecia estranhamente bonito,
Galhos sem vida com urubus a espreita,
Folhas mortas creditavam o caminho,
Parece triste se sentir bem
Em um lugar triste,
Mas é bom se sentir bem em algum lugar,
Então um sorriso apareceu,
No rosto palido de um garoto magro,
Com os pulsos enfaixados,
Marcando a desistência,
E o lembrando que o fim passa várias vezes,
E uma hora vamos junto,
Mas aquele sorriso,
Era maior do que o seu passado,
Era barulho de um rio,
vida,
Liberdade,
Água escorre por rios,
Nada por mares,
Salva pessoas,
Chove de nuvens,
Sai sem ter planos,
Volta quando quer,
Isso é liberdade,
E naquele segundo,
Viver parecia pouco,
Quandos os pés claros,
Encontraram a frieza do rio,
Ao abaixar a cabeça,
Um reflexo,
E por mais estranho que pareça,
Um amigo...

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⏰ Última atualização: Mar 28 ⏰

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