one-shot

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vai ter degradação na hora H, não gosta? não leia


Vi quando ela estava do lado de fora da minha sala, as amigas em volta com sorrisinhos e risadinhas, ela olhava para o chão, tímida enquanto alisava seus cabelos. Suspirei porque meus amigos começaram as insinuações sexuais.

— Hmm, Jisung, se lembra de usar camisinha. — Changbin como sempre era o primeiro a deixar o ar provocativo no grupinho, sorria maliciosamente e seu tom não foi nenhum pouco baixo, revirei os olhos com tamanha babaquice daqueles idiotas. Começaram um coro de murmúrios maliciosos.

Foquei em guardar minhas coisas na mochila e me levantei da carteira ignorando-os e andei calmamente até atravessar a porta, forcei um sorriso simpático para Tzuyu. Não tenho nada contra ela, mas a forma que tenta se passar de inocente e fofa para cima de mim me irrita profundamente.

Já conversei com Chan sobre isso e ele falou para eu aproveitar a oportunidade e foder com ela. Senti repulsa na forma em que a fala saiu de seus lábios. Por que sou amigo deles mesmo? Ah, sim, porque não tem coisa melhor nessa escola. E qualquer coisa é melhor do que ser solitário no último ano do ensino médio.

— Oi, Tzuyu, veio fazer o que aqui? — Tentei ser amistoso, pois ela não tinha culpa de meu mau humor por ter péssimos amigos, então procuro não descontar em pessoas que não tem nada a ver com meus problemas.

— Eu queria perguntar se você não quer me ajudar com uns exercícios de matemática lá em casa? — Piscou os olhos várias vezes em expectativa, a voz um pouco mais fina do que quando escuto ela falando com as amigas e um sorriso tímido. Acho que metade dos caras daquele colégio queriam estar no meu lugar nesse momento e eu com certeza trocaria com qualquer um. Cocei a nuca com um ar de sem graça.

Só tem um benefício de ir para casa de Tzuyu, mas tem vários importunos que me deixam de saco cheio, como quando ela veste shorts curtos de mais e de alguma forma sempre tenta chamar minha atenção para a pele exposta, quando está praticamente me comendo com os olhos, quando mexe propositalmente em seu sutiã. Todos sinais de que ela quer me provocar, me deixar quente e louco por ela. Só que existe um problema com nossos interesses, pois com ela o meu é unicamente ajudá-la com as dúvidas - que eu até desconfio de que são só desculpas, pois nada do que ela faz me deixa confortável.

Mas há uma coisa da qual vale a pena passar pelas torturas de uma mulher heterossexual fogosa que finge ser inocente me querendo igual uma cadela no cio. Pois lá há algo muito interessante de se ver.

— Tudo bem, vou tentar te ajudar com o que sei. — Ela e as amigas sorriram cúmplices e vitoriosas. Não sabem nem disfarçar. Os caras bateram nas minhas costas, todos insinuando demais.

Ah, se eles soubessem.

Eu apenas ignorei tudo como sempre, fiz o que faço de melhor: me fingir de sonso. Combinei com ela um horário e eu voltei para casa na minha moto, comi, tomei banho, vesti um short jeans frouxo e uma camisa larga branca, baguncei um poucos meus fios cinzas e confesso que passei perfume. Avisei a minha mãe que sairia e ela gritou um "não saia fazendo filhos por aí!" antes que eu passasse pela porta. Honestamente, o que tem com todo mundo hoje?

Novamente subi na minha moto, meu orgulho de viver, e dirigi numa velocidade considerável até o endereço que eu já sabia, pois não era a primeira vez que eu era convocado pela garota daquela família a ajudar em suas atividades escolares, e ela pode usar essa desculpa, já que eu tenho minhas notas de se gabar. Então, engulo seu teatro de garota burrinha, até porque a única pessoa sendo usada ali, com certeza, não sou eu.

Parei em frente daquela mansão estupidamente grande, a família Lee tinha um nome a carregar, tinha tantas propriedades de todos os tipos que talvez até a escola seja propriedade deles e eu não saiba. Esperei o portão pesado abrir ao responder quem era, entrei com a moto e estacionei perto da entrada principal, desci e tirei meu capacete, balançando a cabeça para que o cabelo não ficasse amassado. Foi quando meus olhos se focaram na melhor visão da minha vida medíocre. Meu queixo quase foi ao chão ao ver umas costas com os músculos contraídos, o suor brilhando com os raios solares batendo na pele levemente bronzeada, os fios da nuca estavam molhados e os braços ficavam tão bonitos segurando aquela máquina de cortar grama. Saí do meu transe e fechei a boca rapidamente quando a pessoa virou para mim, engoli o seco ao ver seus olhos felinos e afiados caindo sobre mim, o canto de sua boca curvou em um sorriso do qual passa a mensagem de que eu fui pego.

Sister's Crush ★ MINSUNGOnde histórias criam vida. Descubra agora