Smiling To Ask ★ MINSUNG

Crying to do (give)

Começar a sair com Lee Minho foi o meu maior tiro no escuro. Ele tinha uma péssima fama, dono de um sorriso em que você olha e pensa : "Merda, ele sabe o poder que tem", então, quando Changbin, nosso amigo em comum, falou para mim que ele estava afim de minha pessoa, desacreditei.

Na verdade, eu desacreditei em mim mesmo, pois eu coloquei na minha cabeça que nunca sairia com ele, ele nunca teria o privilégio de tocar meus lábios sempre hidratados e macios, nunca tocaria na minha pele macia e cheirosa, nunca me tiraria um arfar sequer.

Mas eu paguei com a língua. Lee Minho é perigoso demais, tem um papo envolvente, é engraçado, sabe conversar e diz as coisas certas nos momentos certos e, quando você menos espera, está implorando para ele não parar de meter lentinho ou com força bruta, ambos me levam ao céu. Ele era traiçoeiro.

E nesta noite eu estava pagando minha língua de novo. Com minha calça levemente larga, mas que ainda sim marcava meu corpo e uma regatinha branca simples, além do meu all star novinho, estava esperando-o enquanto terminava de passar meu gloss.

E no horário previsto escutei uma buzina do lado de fora da minha casa, em seguida meu celular vibrou dentro da bolsinha de mão, sorri e senti meu interior revirar de ansiedade em revê-lo, sentir aquele perfume maravilhoso.

Saí de casa e tranquei a porta, guardando a chave na bolsa. Quando me aproximei do carro, coisa que estranhei, já que Minho só vinha me buscar de moto, ele saiu da porta do motorista. Lindo, absurdamente gostoso naquela camisa preta mais apertada do que deveria, mostrando seus braços fortes e marcando aquele abdômen trabalhado na academia, a calça também preta e folgada, além do coturno característico nos pés. E, porra, aquela correntinha de prata no seu pescoço.

Quando ele abriu a porta para que eu entrasse, sorri timidamente e inspirei fundo o cheiro do perfume dele marcado ali dentro. Ele fechou a porta com uma batida muda e atravessou o carro para entrar novamente, mal esperou fechar a porta do motorista e puxou delicadamente meu braço para que eu me aproximasse, ele sorriu, me olhou descaradamente de cima a baixo e mordeu o lábio inferior.

- As estrelas devem estar com inveja com você ofuscando o brilho delas assim. - Eu ri de seu elogio, ele nunca dizia coisas sem graça e que se ouve muito por aí, parece que sempre está empenhado em fazer com que ninguém o supere. - Eu estava com saudades.

- A gente se viu na sexta. - Uma mão sua veio até meu pescoço, o polegar acariciando minha bochecha como se eu fosse de porcelana.

- Mesmo assim. - E claro que eu não conseguiria resistir a um beijo seu e nem queria. Fez questão de roubar meu fôlego desde o primeiro beijo, quando puxou meu lábio inferior entre os dentes, deixando minha boca aberta para sua língua quente entrar em contato com a minha.

Sua mão que antes estava em meu braço foi descendo os dedos pela minha pele arrepiada, fez um carinho gostoso e saiu de lá para apertar minha cintura, quase que me puxando para si, gemi em sua boca quando a mão que acariciava minha bochecha subiu para minha nuca de forma possessiva, eu adoro quando nossa pegação começa lenta, com toques carinhosos, mas conforme ele me possui, mais parece que vai me devorar. E isso com certeza não é uma reclamação.

Mas esse não é o momento, eu ainda quero ir para nosso date e de preferência sem roupas amassadas e sujas.

- Bebê... - Digo manhoso enquanto me afasto minimamente, ele desce a boca na direção do meu pescoço, sua língua entra em contato com minha pele e eu arco tentando me manter firme. - Lino...

- Hmm? - Ele finalmente olha em meus olhos, coloco minha feição o mais de coitado possível.

- Na última vez nós não fomos para o lugar que marcamos. - Deixo evidente minha chateação enquanto ele beija meu bico.