Capítulo dois.

468 60 75
                                    

Na manhã seguinte, Alane adentrou sua escola com uma suprema confiança e caminhando a passos largos. Ela decidiu usar uma saia fluida preta que ia até um pouco acima dos joelhos e uma blusa vermelha. Enquanto ela fazia seu caminho até o seu armário, ela manteve um olhar atento procurando por Fernanda, mas a morena nunca apareceu. Foi estranho, mas Alane não deixou-se pensar muito sobre aquilo. Então, quando a hora do almoço chegou e Fernanda ainda não havia aparecido, Alane sabia que algo estava acontecendo.

E a ausência de Fernanda continuou no dia seguinte e no dia seguinte depois disso.

Alane concluiu que uma de duas coisas estava acontecendo. Uma delas, Fernanda estava mortalmente doente e não podia ir à escola; ou a outra, Fernanda estava evitando Alane como se evita uma praga. Alane escolheu a segunda opção e não ficou feliz com aquilo.

Então, Fernanda era capaz de intimidá-la por dois anos consecutivos e agora ela era a pessoa que estava se escondendo de seus problemas? Alane se recusou a aceitar aquilo. Durante sua aula de tutoria, ajudando na secretaria da escola, ela passava os arquivos dos alunos para o computador quando olhou o endereço de Fernanda. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios quando ela lembrou-se de que Fernanda jamais esperaria por aquilo. Ela tomou a liberdade de verificar as presenças de Fernanda durante aquela semana. O primeiro dia estava marcado como um dia de folga, mas os dois últimos dias foram marcados como ausentes, o que significava que era mais do que provável de que Fernanda estava matando aula.

Depois da escola, Alane passou em cada uma das aulas que Fernanda teria naquele dia e afirmou que a menor havia pedido-a para pegar qualquer matéria e trabalho que ela poderia precisar. Dessa forma, Alane teria uma desculpa para aparecer na casa de Fernanda. Em seguida, Alane participou da primeira reunião do Conselho de estudante do ano e havia muita coisa para fazer. Quando ela terminou, já era quase 16:00h.

Agora, faltava colocar seu plano em ação. Alane pediu para seu motorista levá-la até o endereço de Fernanda. O percurso levou cerca de 15 minutos até chegar ao bairro. Alane não podia negar que o bairro era bastante agradável.
Suburbano até a borda. Ela notou algumas crianças jogando basquete em seus quintais. Famílias de classe média que estavam totalmente satisfeitas com suas vidas. O motorista parou em frente a uma casa acolhedora de dois andares e com um gramado bem cuidado na frente. Parecia agradável e realmente normal. Não era o lugar que ela esperava que sua bullier vivesse.

Alane caminhou até a pequena varanda e respirou fundo antes de tocar a campainha.

-Eu vou atender! - Ela ouviu uma voz gritar. Parecia Fernanda.

Quando a porta se abriu, ela viu que realmente era Fernanda. Ela assistiu com divertimento quando a cor sumiu do rosto da morena ao vê-la.

Alane sorriu docemente para Fernanda que agora estava congelada no local. Seus olhos castanhos se arregalaram em choque e pânico.

-Olá, Fernanda. - Alane suavemente cumprimentou.

Fernanda tentou falar, mas as palavras não eram formuladas em sua boca. Alane riu levemente, divertindo-se.

-Você está bem? - Ela perguntou fingindo-se preocupada.

Fernanda finalmente conseguiu fazer seu cérebro funcionar e saiu de seu estupor.

-O que... - Fernanda rapidamente olhou de volta para a casa dela por cima do ombro e depois de volta para Alane.

-O que você está fazendo aqui? - Ela exigiu, fechando a porta um pouco mais para que Alane não pudesse ser vista.

Alane encolheu os ombros inocentemente.

-Bem, eu não vi você pela escola durante toda a semana. Eu só queria ter certeza de que você estava bem.

Bully in Love - Fernanda e AlaneOnde histórias criam vida. Descubra agora