O professor |CONCLUÍDA|

2.

Ao fim de minha grade horária,junto meus materiais apressadamente ou perderia o último ônibus,sai correndo pelos corredores até os portões,o vento frio da noite chuvosa ricocheteia no meu corpo quente,causando uma série de arrepios incômodos.Logo sinto os leves pingo em minha tez ,dou um sorriso,chuva me traz uma sensação tão boa,como se limpasse todas a minha preocupações e me trouxesse a oportunidade de recomeçar assim como as manhãs

saio de meus devaneios quando vejo no visor aceso de meu celular que meu ônibus já havia passado,então teria de esperar até às dez da noite quando o último iria passar

certamente isso atrapalhou meus planos,que era me trancar no quarto e maratonar meus livros,mas por outro lado me manteria pelo menos mais uma hora longe daquela casa

"casa"mas não no sentido de lar,não havia ali o aconchego que a palavra transmitia além de eu não ser bem-vindo pelo minha 'família',se é que posso considerá-los.

ah mais porque você pensa assim jimin? simples, desde pequeno meus pais sempre brigavam,culpando um ao outro,pelo pequeno – grande – deslize que me fez vir ao mundo.

minha mãe teve uma gravidez silenciosa,sua barriga não ficou aparente,e os enjoos ela pensava ser um mal-estar mas não uma criança então só descobriram quando tiveram de solicitar uma ambulância por ela ter desmaiado após o dia todo ter alegado estar sentindo dores nas costas

Percebe-se que fui uma surpresa nem um pouco agradável,sempre ouvia o quanto eu havia arruinando a vida do casal,seja pelas mudanças no corpo dela ou o aumento da carga horária de trabalho do meu pai, pois o salário mixuruca não daria para sustentar três pessoas.

Mas como eles não podiam me ''jogar fora'' me criaram provendo o necessário,comida,escola e moradia.

Ai você pensa: ''ah mais porque você não sai de casa se já está na faculdade?",completei meus dezenove anos há um mês e fui aceito no meu primeiro emprego há pouco mais de duas semanas,mesmo estando procurando um a mais de um ano,os empregadores daqui não se importam tanto com os direitos do trabalhador então foi difícil achar um que desse para conciliar os horários de estudo.

trabalho em uma biblioteca-café de um senhor da minha vizinhança,no início fiquei meio inseguro pois um micro-empresário autônomo estar disposto a contratar pessoas sem experiência para cuidar de seu negócio e ganhar o salário mais que justo,era uma coisa a se refletir mas sem muitas escolhas.

me perdi em meus devaneios de novo aish,,,voltando ao presente a chuva antes fina agora cai em gotas grossas que me deixam praticamente encharcado,o telhadinho do ponto não cobre muita coisa,e como não tinha comércios aberto e o portão da instituição já havia se fechado só me restou ficar naquela rua escura e deserta totalmente vulnerável,minha casa era muito longe dali então sem muitas opções continuei sentado.

Uma luz alta machuca minha vistas,luzes estas que vem do farol de um carro – conhecido – que para no acostamento onde estou,os vidros se baixam, dentro está o professor – gostoso – jeon.

– carona jiminie?

o olho hesitate,normalmente não me aprofundo em minhas aventuras,e estar junto dele sem segundas intenções – já que não estou em condições por estar completamente encharcado – seria estranho. ele me abre um sorriso,doce, com aqueles dentes protuberantes,como o de um coelho,e acabo me convencendo.

me aproximo,abro a porta,e entro no carro antes de dizer:

— valeu professor,muita gentileza sua. — ele pisca um dos olhos pra mim com um sorriso,super sexy,nos lábios finos — eu moro na avenida principal,no condomínio ao lado da academia de dança.