❝ Talvez você esteja se perguntando: "será que essa vai ser uma boa história pra ler?" Bom, a maioria das histórias de amor tocam o coração dos leitores sensíveis e insensíveis, tendo um final feliz ou não. E bom, hoje você vai começar a ler a minha história de amor, ou pelo menos, uma parte dela...
Oi, eu me chamo Han Jisung e eu... morri. Mas não literalmente. Então eu acho que chegou a hora de começar a contar a minha história. ❞
Jisung se encontrava mais uma vez encarando os contatos em seu celular enquanto se atirava na cama depois de um cansativo dia. A cama era quente e aconchegante em um dia frio e sufocante de inverno. Entre mensagens não lidas e ignoradas, Han foi atraído para um contato familiar que estava atualmente bloqueado, mas ainda assim, o abriu e releu suas poucas antigas mensagens.
> "talvez nos veremos algum dia novamente."
> "Bela atuação hoje, Jisung."
O rapaz suspira, atirando o celular ao outro lado da fina cama de solteiro. Seus olhos se fecham enquanto o tal respira profundamente, levando suas mãos em direção aos seus cabelos tingidos de cinza como pelos últimos dez anos. Atualmente, Han tem 21, mas nunca se sentiu capaz de deixar a cor para trás, dizendo a si mesmo que apenas gostava de como combinava com ele, mas até mesmo seus pais sabiam da farsa por trás dessa mentira.
"Que estupidez" ele pensou. O passado pode torturar pessoas de diversas maneiras, a mais cruel delas, definitivamente é o trazendo de volta a um amor não correspondido de novo, de novo e de novo, infinitas vezes até que a pessoa se afunde em magoa e tristeza. Han se lembra de palavras sábias que uma vez ouviu:
❝O amor pode ser tão lindo quanto mortífero, ainda mais quando você não pode te-lo mesmo sabendo que aquele amor seria tão eterno quanto a própria eternidade❞
Ele se senta na cama e observa suas malas ao canto do quarto, todas empilhadas uma sobre a outra. A mãe dele entra no quarto, sorrindo de forma solidária.
— Tudo pronto, pequeno príncipe? — A mulher pergunta. Han se levanta e à da um sorriso, indo em sua direção e a envolvendo com seus braços. — Vamos sentir sua falta enquanto estiver fora. — Ela diz. Jisung corresponde o sentimento logo em seguida.
Ele estaria deixando sua casa para uma boa oportunidade de trabalho no exterior, então, sendo sua ultima noite na casa, passou todo o tempo próximo de seus pais até o momento em que teria de voltar ao seu quarto e finalmente dormir para o dia seguinte, o qual chegou mais rápido do que ele esperava. A noite parecia ter sido encurtada, o que o deixava agoniado enquanto pensava a respeito e levava suas malas até o carro de seu pai, que o dirigiu até o aeroporto, levando o garoto no banco de trás.
No aeroporto, conselhos foram dados, memórias foram relembradas, risadas foram dadas e a despedida aconteceu. Ele deixava o aeroporto em direção ao seu voo sem qualquer remorso, mas pensava sobre seu passado. O que aquelas malditas mensagens significavam? Ele se pegava pensando naquele contato mais uma vez, mesmo que não soubesse a quem ele pertencia. Ou talvez, ele soubesse mas apenas não teria percebido ainda...