Maria Clara
Me olho no espelho e tô me sentindo bonita, meu cabelo solto com os ondulados ficou lindo, amo demais meu cabelo. Estou com uma calça jeans rasgada e um croped verde militar, meu relógio no pulso e meu anel na mão. Juntamente com uma maquiagem leve, não imaginava como era o bar que íamos. Então melhor ir mais ou menos do que bem arrumada.
Pedro me mandou 300 mensagens perguntando se eu ia, aonde eu tava e tals. Ignoro isso e pego meu celular e os meus cartões, boto no meu bolso e desço as escadas, escuto meu pai batendo a porta lá em cima e ignoro, deve tá bravo que nem um touro por eu sair de casa esse horário. Minha mãe sentada plena no sofá, e ela me olha e me dá um sorriso.
Amália- tu está linda minha filha - ela levantou do sofá e passou a mão nos meus cabelos. Sinceramente o doce da minha mãe me faz querer ser melhor do que eu sou hoje.
Maria- obrigado mãe, desculpa por fazer tu aturar o papai - do um sorriso amarelo pra ela, se nem eu aturo meu pai, imagina os outros.
Amália- eu sempre dou um jeito no teu pai, vai lá, e manda feliz aniversário pra mãe da Samy. - ela me beija e eu saio pela porta.
E por incrível que pareça o Rafael estava lá, me esperando, encostado no carro que nem mais cedo. Puff, sério que ele vai querer me levar ou ficar comigo? Vai acabar com toda a minha mentira, será que ele não levou em consideração o que eu disse no carro mais cedo?
Rafael- boa noite senhorita, seu pai pediu pra mim te acompanhar hoje a noite no aniversário da sua amiga - ele diz meio sério, parecia cansado.
Eu assenti com a cabeça e entrei pra dentro do carro, meu silêncio era porque eu tinha que pensar em alguma coisa rápido, talvez ele me deixar na casa da Samy e eu sair de lá fugida com ela, ou falar a verdade pra ele. Ele parece legal, vai!
Maria- Rafael... Ham, será que tu poderia fazer um grande favor pra mim? - gaguejo no início da frase, droga, será que é tão perceptível que estou nervosa por uma mentira? - eu vou sair com alguns amigos para um bar, e meu pai não pode saber por nada disso.
Ele me olha pelo retrovisor e suspira, parecia indeciso, até porque o meu pedido não é pra menos, um funcionário trair a confiança do meu pai...
Rafael- tudo bem, mas não pode beber de mais ou algo do tipo, não gosto de criança bêbada - ele interrompeu os meus pensamentos, com a fala. Olha sinceramente nunca bebi de mais, mas ok
Maria- obrigada
O resto do caminho foi em silêncio, claro depois de eu dar o endereço pra ele. Chegamos no bar e era bem movimentado, uma música eletrônica tocando no fundo e eles me esperando em frente da porta. O motorista só olhou pra eles e destravou o carro, abri a porta e sai, indo em direção das meninas e dos amigos do Pedro. Ele tava lindo, de tirar o fôlego pra falar a verdade, Pedro usava uma camisa polo básica, uma calça jeans e um tênis, básico, porém lindo. Ele sorri pra minha direção e quando eu chego mais perto ele rouba um selinho meu, e eu dou um sorriso de volta pra ele.
Comprimento as meninas e entramos pra dentro do bar, se sentamos e eu dei uma olhada rápida em todo o local, tinha uma escada, acho que era do segundo andar, mas não faço ideia do que tem lá em cima. Pedro parecia que tava habituado com o local, acho que vinha muito aqui, ele não se desgrudou em nenhum momento de mim.
Samy- amiga, será que eu tô bonita o suficiente para o Derick? - ela susurra baixinho o suficiente pra eu ouvir e o resto do pessoal não.
Maria- está maravilhosa amiga, ele tá super afim de ti, aproveita e te joga- eu dou um sorriso e aproveito a leva e dou um sorriso pra ela.
Olho pro lado e vejo que Pedro se retirou por uns instantes. Continuei a conversa com a Samy em quanto a Rubi conversava com o Bryan. A Rubi tem uma cara de menina bem popular, pra idade dela é bem aparente que não é nova e nem tão velha, quer dizer ela tá no ensino médio ainda por se mudar muito, os pais dela ficam trocando de cidade toda hora por conta do trabalho, então ela se atrasou na escola. A Samy é linda também, a mais nova entre nós três, a Rubi tem 18, Samy 16 e eu 17 e meio, estou quase nos meus 18. Na escola estamos em sala diferentes né.
Pedro voltou do meu lado, com um copo na mão, e me deu, com o lindo sorriso dele. Se aproximou um pouco de mim e me deu um selinho no pescoço, aonde me arrepiei e dei um gole na bebida. Nem sabia se realmente queria beber, mas fiquei nervosa com o beijo no pescoço. É... e como posso dizer? Não sou virgem porque ninguém quis transar comigo, só acho que não é agora o momento. Não que o Pedro não seja a pessoa certa, ele simplesmente é incrível, depois que eu apresentar ele pra minha família, podemos pensar em isso, mas até agora não passou de beijos e abraços.
Depois desse copo perdi a conta de quantos copos tinha bebido, só sei que foram alguns ou vários. Tá foram muitos!
Vejo Pedro me levando pra parte de cima do barzinho, aquele segundo andar sabe? Ele disse que era pra mim poder deitar um pouco, por que tinha bebido de mais, e precisava descansar e eu realmente concordava, estava tudo girando e o gosto forte na minha garganta estava terrívelmente ruim. Ele trancou a porta do quarto e me deitou na cama, se sentou ao lado dela e disse que eu poderia dormir e eu simplesmente apaguei.
Acordo com uma dor na cabeça e com uma imensa vontade de vomitar, vejo no relógio ao lado da minha cama e são 4:00 horas da manhã, saio correndo pro banheiro e vômito tanto que acho que fiquei sem nada no estômago. Sento no chão e a ficha caiu, puts! Como assim estou em casa? Quem me deixou aqui? Meus pais viram o jeito que eu estava?
Minha cabeça dói, pra forçar pra lembrar de alguma coisa. Deito na cama e deixo o sono me pegar novamente, amanhã eu penso nas consequências que tem por vir.

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Acaso
FanfictionConheçam a História de Maria Clara, que na sua jornada de amor, acaba se apaixonando pelo inevitável, mas seu pai não aceita tão facilmente assim. História feita por Eryca Corvello, e lembrem, plágio é crime!!