Fórum [ Henray | Haters to lovers ]

Prólogo

Completamente impactados, se encaravam com a fúria dançante nos olhos. Por que o destino os trouxera para tão perto? Ninguém merecia aquele tipo de punição, realmente teriam que se aturar e permanecer inspirando o mesmo ar que o outro expira?

- Não! - Exclamou Ray quando a coordenadora insistiu que deixasse a ideia de odiar Henry para trás. - Não vou deixar de odiá-lo, e não vou trabalhar na presença dele! - Ele apontou para Henry hostilmente.

- Nem eu! Esse cara é nojento, você não tem noção do que é estar no mesmo ambiente que ele.

- Acontece que não há escolhas. Henry é auxiliar dos oitavos anos, e querendo ou não, Raymond, você dá aula para os anos finais.

Henry revirou os olhos e saiu da coordenação sem dizer uma palavra, enquanto Ray estava petrificado e furioso, lembrando do maldito motivo que fizera que se odiassem.

Honestamente, nunca foram amigos, antes de se detestarem apenas ignoravam ambos as suas existências. Até que Henry tropeçara quando Ray, acidentalmente, pôs-se a voltar a caminhar logo quando Henry decidira correr, o que resultou no pensamento do loiro se voltar apenas em: "Ray colocara seu pé na frente de propósito, para que eu caísse e me esfolasse, feito uma criança hiperativa que gostasse de correr". Henry não se machucou, porém guardou rancor do moreno por tempo o suficiente para que começassem a discutir ideologicamente, e essas disputas simples se tornaram ataques zombeteiros, até que caíram para cima um do outro, brigando feito animais selvagens, incluindo socos e tapas.

Sim, fora realmente uma razão muito boba, disso, Ray sabia. O problema era Henry, que não aceitava que tudo isso era apenas o resultado de um imenso mal-entendido, o que fez com que o moreno o odiasse da mesma forma pela sua persistência naquela imaturidade. Tiveram que se aturar durante cinco meses até a formatura, que foi um alívio para ambos. E agora, estava tudo um caos novamente, ainda pior do que na faculdade. Na faculdade ao menos, não eram obrigados a interagir e prestar atenção no que o outro estava fazendo.

E agora, todo dia, se encontrariam ao menos uma vez, ou na sala de professores, ou em algumas aulas. Sem contar que, nos eventos, festas e gincanas que a escola exercia, eles teriam que trabalhar juntos de qualquer forma. Havia muitas possibilidades, e agora cabia a eles amadurecer e acabar com aquela guerra fria que obstinava os seus redores.

.