5. Hopelessness

51 9 0
                                    

Saio da banheira e enrolo uma toalha ao meu corpo. Dirigo-me até ao meu armário e escolho uma roupa prática.
Desbloqueio o meu telemóvel e seleciono uma música, visto-me e deito-me na minha cama onde fico só com os meus pensamentos.

...

"Charlotte querida, o almoço está pronto. Podes descer." - chamou a minha mãe e eu assim fiz.

Desci as escadas e no caminho apenhei o meu cabelo num coque despenteado.

"Charlotte?  Que roupa é essa para se vir para a mesa?" - pergunta o meu padrasto.

"É a minha roupa Adam! Não preciso de estar com uma roupa "chique" numa simples refeição como vocês estão!" - atiro e ele não diz mais nada.

Sentei-me à mesa e o almoço foi servido.
Já estava a algum tempo um silêncio constrangedor desde à pouco aquela cenazinha com o meu padrasto, mas eu não iria falar, além disso maior parte das refeições nesta casa são sempre assim.
Por isso já estou habituada.

"Charlotte eu e o Adam precisamos de falar contigo." - a minha mãe quebra o silêncio.

"Podem falar."

"Então é assim, eu vou ter mais uma exposição das minhas melhores obras, mas desta vez vai ser num museu em Londres. E eu vou ter de lá ficar durante duas semanas..."

"Londres? Que bom!" - interrompo a minha mãe.

"E eu vou com a tua mãe Charlotte, o que quer dizer que vais ter de ficar em casa dos teus avós até nós voltarmos." - conclui o meu padrasto.

"Isto é uma piada certo? Tu podes ir com a minha mãe, mas eu não vou para casa dos meus avós! Sei cuidar bem de mim, já tenho quase dezoito anos e não preciso de ser tratada como uma criança para ir para casa deles. Têm medo de quê? Que dê muitas festas cá em casa e que seja irresponsável? Alguma vez vos dei motivos para desconfiarem de mim ou pensarem isso? Não pois não? Então não seria agora que iria dar, e além de mais, esta é a última semana de aulas deste semestre e para a outra deverei passar o tempo todo com a Caroline. Por isso eu não vou para casa dos avós!"

"Charlotte, sei que tens quase dezoito anos e que não gostas de ir para casa dos teus avós! Mas eles são meus pais! Eu sei que gostas de ter a tua privacidade, e sei que nunca farias isso, mas eles gostariam de te ter lá com eles..." - tenta a minha mãe convecer-me.

"Mãe não! Eu fico ca em casa sozinha. Eu não tenho medo nenhum. Se eu preciar tenho a Caroline e muita gente conhecida aqui perto."

"Tudo bem então!" - diz a minha mãe.

"Obrigada! Obrigada! Quando vão?"

"Vamos terça feira."

"Ah mãe, logo vou jantar a casa do meu irmão." - aviso e ela faz uma cara de desprezo "Mãe além de tudo ele é meu irmão! E não é ninguém que nos vai separar ou estragar a nossa grande ligação de irmãos!" - saí da mesa, corri para o meu quarto e tranquei a porta para ninguém me chatear.

Pego no meu telemóvel e ligo para o meu irmão.

Ashton: Olá maninha! Não me digas que me ligas-te a dizer que já não vens?

Eu: Não, não é por isso... - as lágrimas comecam a correr pelo meu rosto.

Ashton: Charlotte porque estás a chorar?

Eu: Posso ir para tua casa agora?

Ashton: Claro que sim, mas o que se passa?

Eu: Falamos quando estiver em tua casa. Até já.

Desligo a chamada e limpo as lágrimas que ainda escorriam pelo meu rosto.
Abro o armário escolho uma roupa simples, começo a vestir-me e penteio o meu cabelo, pego no meu telemóvel e nas chaves de casa, passo pela minha mãe e pelo meu padrasto mas não digo nada, abro a porta e saio.

Nem num minuto e já estava a porta de casa do Ashton. Toco na campainha e poucos segundos depois esta é aberta mostrando o meu irmão. Não aguento mais entro e abraço-o fortemente e começo a chorar.  Mesmo estando agarrada a ele, ele fecha a porta e leva-me para a sala.

"A Em?" - pergunto ainda entre lágrimas.

"Foi ás compras. Agora diz-me o que se passa Charlotte, por favor eu não consigo ver-te assim."

"É a mãe, é o Adam, é tudo! Eu não aguento mais! Só quero desaparecer..."

"Shh... eu estou aqui, o que se passou?"

"Primeiro é o Adam que reclama por eu vestir uma roupa qualquer só para almoçar, depois é a mãe que faz aquelas caras de desprezo só por eu informar que venho juntar contigo. Eu só queria uma vida normal, só queria sair daquela casa e daquela família como tu! Eu só queria estar bem." - desabafo.

"Não lhes ligues! Isso vai passar. Sei que aquela família é muito difícil, mas tu consegues porque és mais forte do que isto e que todos. Tens-me a mim, a Em, a Caroline, o Calum, e aposto que tens mais gente que gosta de ti e que te apoia. Não fiques assim por favor!"

"Obrigada por tudo o que fazes por mim! És o melhor irmão do mundo, e eu amo-te maninho." - disse e abraço-o.

"Eu sei, eu sei!" - riu "Também te amo maninha! Agora vamos animar!"

"Okay."

*
*
*
*
*
*
*
*

Olá! Então o que acharam?
Deve de estar uma bosta eu sei! E peço desculpa.
Vocês podem estar a pensar que nas férias há muito tempo para escrever, mas não. É festas não sei onde, é ir visitar não sei quem, é ir sair com amigos, são cenas que muitas das vezes combinadas do nada, e ainda por cima sem net é mais difícil.
Mas prontos, mesmo este capítulo estar assim para o mau, espero que votem ou cometem ou que mamdem uma mensagem.  Pois vocês não me dizem nada e eu não sei o que estão a achar da história, mesmo ainda estar no início.
Pensem em dizer-me algo please!
Obrigada!

P.s. Já passa das 02:00 horas da manhã e eu estou a morrer de sono porque o meu dia foi bué cansativo, mas eu estou ainda estou rever o próximo capítulo para publicar depois.

Kiss da nana1916

Different Love {L.H}Onde histórias criam vida. Descubra agora