Cigarros e Morangos (DOJAE)

CAPITULO 01: Casamento?

Washiton DC- casa branca

— Essa merda toda não faz o menor sentido, eu não causei essa guerra e nem ao menos eu estava presente nela, agora você me vem com essa merda de casamento pela paz? Por mim o mundo pode explodir eu não me importo. – Jaehyun andava de um lado para outro no grande salão.

— Por que você tem que ser tão desobediente? Pode pelo menos uma vez me escutar e me obedecer, como eu queria que você fosse igual ao príncipe Kim. – não havia nada nesse mundo que o Jung odiasse mais do que o príncipe, seu pai vivia o comparando com ele, dizia o quanto ele era perfeito e como Jaehyun era o oposto dele em tudo.

— Então adota a merda do príncipe para você, vamos ver se você consegue ser um pai melhor já que comigo você falhou. – as palavras de Jaehyun saiam como navalha, ele estava machucado, quebrado, talvez seu pai tivesse uma parcela de culpa nisso tudo.

Um estalo foi ouvido, um tapa, aquela sala agora em completo silencio, Jaehyun mantinha o rosto baixo e os olhos marejados,

— Essa discursão não esta aberta a opiniões, agora suba ao seu quarto agora e arrume suas malas. – o senhor presidente falava com um tom autoritário, seus olhos estavam marejados, mas ele não se deixaria chorar pelo menos não agora, não a frente de Jaehyun.

Ele sabia que aquilo tudo doía no filho, mas doía ainda mais nele.

Jaehyun subiu escadas a cima com os olhos vermelhos de lagrimas, o rosto ardendo pelo tapa, sua raiva era perceptiva, ele só queria que as coisas fossem diferentes onde não tivesse que se casar com ninguém ou talvez onde seu pai pelo menos lhe desse atenção, Jaehyun sentou-se na sua cama, pegava as roupas que estavam sobre a mesma e colocava sobre a mala que estava ao seu lado, e no meio de tantos pensamentos o Jung acabou adormecendo ali mesmo.

Londres Inglaterra – palácio de Buckinghan

A porta do grande salão foi aberta dando a visão de Doyoung entrando no mesmo, hoje era um dia importante para a família real, o dia do tratado de paz.

— Meu filho, meu herdeiro, por anos nosso país viveu em paz e prosperidade, mas nem sempre foi assim. – Doyoung estava em pé diante da Rainha que andava de uma lado para o outro conversando com o mesmo. – a muitos anos atrás nosso país passou por grandes tribulações e como um tratado de paz para o fim de uma guerra de anos os herdeiros foram jurados a casamento, por mais que esse não seja o seu desejo, mas é o meu desejo é o desejo da nação, o tratado de paz esta em suas mãos, não me decepcione....

Aquelas palavras zumbiram nos ouvidos do Kim, seu maior medo era decepcionar a família, ele sempre tinha que manter a imagem de príncipe perfeito, andar bem vestido e falar formalmente, Doyoung vivia de imagem, não, de um personagem e aquilo acabava com ele.

— Sim majestade, mamãe, o tratado de paz será mantido e a paz continuara entre as nações. – suas palavras saíram sem vida, no automático, ele estava cansado, cansado de tudo aquilo.

🍓🚬

O som do celular tocando toma conta de todo o quarto fazendo assim Jaehyun acordar, o mesmo se virava de lado pegando o aparelho que estava sobre a escrivaninha, olhava para a tela piscando e sentia os olhos revirando.

— O que foi Mark?

— Nossa é assim que você atende o seu melhor amigo, na verdade seu único amigo.

— Você me acordou, quer o que?

— Tá foda se, mas eai como você está? Fiquei sabendo que vai ter que se casar com alguém da família real, é verdade isso?

— O que? Como você ficou sabendo, meu pai já te contou?

— É, ele contou, mas também já esta no top trends do twitter, você é uma figura publica, então não tem muitos segredos não.

Jaehyun odiava o fato de não ter privacidade, odiava sempre estar nos trend do twitter, ele odiava tudo.

— Eu não vou me casar, são apenas trabalho, um tratado de paz, tudo é democracia lembra, é tudo político.

— Mas caso você case mesmo, me apresenta uma princesa lá, imagina eu, Mark Lee príncipe.

— Porra Mark, você não vale nada mesmo.

Ter a amizade de Mark foi a melhor coisa que aconteceu na vida de Jaehyun, na verdade ele nem se lembrava de como ou quando se tornaram tão próximos, mas uma coisa é certa eles são inseparáveis, conversar com Mark nem que fosse por alguns minutos já fazia com que Jae se sentisse melhor, o melhor amigo o entendi, o ajudava nos momentos difíceis, mas dessa vez não tinha como ele ajudar muito, Jaehyun estava sozinho com alguém da família real, a família que ele mais odiava.

O tempo havia passado e nada havia mudado, as malas de Jaehyun estavam prontas ele partiria em questões de minutos, tudo conforme o planejado.

— Jaehyun, eu sei que não nos damos bem e eu não sou o melhor pai do mundo e estou longe de ser, mas queria te pedir desculpa por todos esses anos e, por favor, não inicie outra guerra. – as palavras do Senhor Jung eram sinceras, porem veio tarde demais.

— Claro tudo pela paz Senhor presidente.

O carro havia chegado para levar Jaehyun para o aeroporto onde de lá ele pegaria o avião e pousaria no local determinado, longe das províncias americanas ou europeias, longe de tudo e todos.

Londres Inglaterra – palácio de Buckinghan

Tudo estava indo de acordo com os planos reais, as malas de Doyoung já estavam prontas e o carro espetava por ele na porta do palácio.

— Evite à guerra Doyoung, a paz depende de você. – tudo normal por aqui, uma puta responsabilidade em seus ombros, aquilo era peso demais para ele.

O plano das nações havia se iniciado, o tratado de paz estava em jogo, o fim de guerras de anos estava nas mãos de dois jovens que não se conheciam, mas já não se gostavam.

Cigarros e morangos tem o mesmo gosto.