Mais uma vez a mesma rotina monótona, pelo menos eu achava que seria. Sempre acordo cedo e vou ver a minha missão do dia, digamos que eu tenho feito o trabalho sujo para as pessoas, elas me pagam e eu faço.
Me lembro da primeira vez em que tive que matar alguém, no começo eu fiquei relutante,mas a proposta era grande demais, eu não poderia recusar.
Desde então tenho aceitado qualquer tipo de trabalho, porém hoje eu faria algo bem mais simples do que tirar a vida de alguém, só teria que destruir um pergaminho. Não sei ao certo o que haveria dentro, pois este tipo de informação não foi me passada, mas deveria ser algo bem importante para ser mantido dentro de um cofre.
Então peguei minhas coisas e fui em direção a casa para cumprir meu trabalho. Casa nada, aquela porcaria era uma mansão, penso ao ver o local.
Mas com todas as minhas habilidades adquiridas com o tempo, foi fácil como tirar doce de criança, nem mesmo tive tempo de piscar e eu já havia conseguido abrir aquele cofre.
O dono só poderia ter merda na cabeça, por que não era possível alguém em sã consciência deixar uma grande tonelada de ouro assim em um só lugar.
Mas lá estava ele, o tal pergaminho.
- Foi mais fácil ainda do que eu esperava- falo para mim mesma enquanto observo aquele rolo de papel em minhas mãos.
Eu já estava pronta para sair, logo depois de lotar meus bolsos o máximo possível com aquelas moedinhas douradas. Pensei que o alarme tinha sido disparado antes do previsto quanto senti uma presença atrás de mim.
- Acho que isso aí me pertence - Ouvi uma voz feminina, levemente rouca esbravejar pelas minhas costas.
- Ah é? - digo me virando e dou de cara com uma garota de longas tranças azuis, que eu fiz questão de dar uma boa olhada de cima a baixo devido a sua notável beleza.
- Que peninha, mas infelizmente vou ter que leva-lo comigo. - digo indo em direção a saída.
Ouvi a tal azulada resmungar algo e de repente a garota veio pra cima de mim só não me derrubando no chão devido a parede que havia atrás de mim.
Então sem nem mesmo exitar a garota aponta sua arma para mim enquanto tentava arrancar o papel de minhas mãos.
- Vai menina, não complica se não eu vou extourar a sua cabeça - Apesar da minha dúvida sobre suas habilidades, a distância era tão curta que nem um jumento erraria um tiro se ele precisasse.
- Guarde essa sua agressividade para outra hora, eu não vim aqui atrás dessa merda atoa - Cuspo minhas palavras já me irritando com a menina.
- Você fala como se eu me importasse. Já vou logo avisando que vou atirar se você não colaborar- A garota insiste com a arma apontada para o meu crânio.
Isso era pra ser rápido e fácil, agora essa pirralha aparece para me atrapalhar. Não posso mais perder tempo.
Em um rápido golpe chuto a arma de sua mão e agora tenho uma menina enfurecida vindo para cima de mim, denovo.
Se bem que se fosse em outras circunstâncias eu não reclamaria..
Que merda eu to pensando? Antes que eu pudesse me auto reprender, acabo voltando a realidade.
- Sai de cima de mim - exclamo após a menina continua a tentar me arrancar o pergaminho.
"Tão linda" penso ao parar para admirar a menina que está em cima do meu colo como se quisesse me esquartejar.
Pera, cadê ela?
Em um momento de distração a azulada consegue me roubar e vai em direção da porta.
