the diaper

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    A primeira vez que Jimin se deu conta de onde havia se metido, foi quando no dia seguinte, o Park foi visitar o empresário em sua casa e teve o ilustre prazer de ver o quarto infantil em que ele ficaria, nos dias que passasse ali.

   Acatou a sugestão do mais velho e ficaria em sua casa de segunda, assim que chegasse da faculdade, até quinta feira, e voltaria para os familiares na sexta de manhã, depois da faculdade. Dessa forma, teria os finais de semana livres.

   Seu pai seria transferido para o melhor hospital da cidade naquela manhã, enquanto ele iria pela primeira vez na casa do seu sugar daddy. E com a memória no tratamento de seu pai, talvez ele conseguisse ir pra casa em um mês, continuar o tratamento de lá.

   E só pela felicidade da irmã ao saber, Jimin sentiu que valeria a pena o que estava prestes a fazer.

   Sua família estranhou o fato de sua ausência e do dinheiro que apareceu repentinamente, mas ninguém comentou nada.

    Jungkook realmente se empenhava no papel. O quarto era bem colorido (com tons pastéis de rosa, amarelo, azul e verde), tinha muitos brinquedos de crianças, acessórios em um tamanho adaptado para ele como andadores, cadeiras de alimentação, um trocador, um cavalo de brinquedo, um cercadinho, uma espécie de berço e até um carrinho. E muitas pelúcias gigantes.

   Haviam armários mas todos estavam trancados, assim como a porta no fundo que parecia ser a do banheiro.

    Jimin olhou para o homem ao seu lado, que segurava sua mão durante o tour e lhe mostrava tudo calmamente, se sentindo minúsculo e envergonhado. Ele tinha apenas 1,57 e Jeon 1,96. Ele parecia ridículo perto daqueles móveis "gigantes" no quarto e foi impossível não corar de constrangimento.

    Sua altura era seu ponto fraco e graças à pequena estatura, muitas vezes ele era proibido de usar os brinquedos do parque de diversões, precisava se render às roupas da seção infantil e todos duvidavam de sua idade. Mesmo com sua identidade, comprar bebida não era uma tarefa fácil.

   — Bom, agora que você já conhece o seu quartinho, baby, podemos finalmente arrumar você e te deixar confortável. — A voz grave soou, despreocupado. O Park piscou, em confusão.

   — Como assim, Jeon?

   O mais velho apertou o nariz. — Acho que você sabe como me chamar, princesa.

   Algo no ventre do mais novo fisgou, com o adjetivo feminino, mas ele não quis comentar, já que podia ter escutado errado.

   — O que o senhor quis dizer, papai? — Ele evitou olhar nos olhos do mais alto, enquanto dizia a palavra. Jungkook riu, como se fosse a pergunta estúpida de uma criancinha boba.

   — Oras, Jimin, nós vamos colocar uma fralda no meu garotinho e trocar essa roupa de menino grande, antes do papai poder te alimentar e conversar um pouco com você.

     — F-fralda?

   — Sim, bobinho. É o que pequenos meninos usam. — Jungkook revirou os olhos. — Você não leu o contrato, Park Jimin?

   — L-li! — O mais jovem quis se bater por ter gaguejado. — Só não pensei que você estivesse falando sério.

   — Senhor.

   — O que?

   — Não é "você", é "senhor". Você me chama assim, honoríficos respeitosos, lembra? — Arqueou a sobrancelha, firme. Jimin não queria admitir, mas a vergonha da chamada de atenção deixou seu pau levemente ereto. — Pelo visto, o papai vai ter que repassar algumas regras com você. E, bom, com o tempo você vai aprender que eu raramente brinco.

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