Desde que entrei para a Comissão de heróis, a expectativa de realizar meu sonho de ser um herói profissional se transformou em uma grande decepção. Em vez de adrenalina e salvar vidas, fui transformado em um peão, preso em uma gaiola dourada, obriga...
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O sol poente banhava a cidade de Kyushu em tons de laranja e dourado, enquanto Takami Keigo, o heroico Hawks, deslizava pelos céus com a graça de um falcão. Seus olhos afiados, emoldurados por penas vermelhas, observava a agitação urbana abaixo, mas sua mente pairava em um turbilhão de pensamentos sombrios.
Aos olhos do mundo, Hawks era a personificação da bravura e da justiça. Sua agilidade incomparável e seu sorriso radiante o tornavam um ídolo para as massas. Mas por trás da máscara do herói, escondia-se um Keigo atormentado, dividido entre o dever e a escuridão que o consumia.
A Comissão de Heróis, a organização que supostamente defendia a paz, era, na verdade, um ninho de víboras. Keigo, preso em suas teias de manipulação, era um peão crucial nesse jogo cruel. Cada missão, cada vitória, o aproximava cada vez mais do abismo, da verdade que ele tanto temia revelar.
Pov. Hawks: Eles me aplaudem, me idolatram... mas não me conhecem. Não sabem que este sorriso é apenas uma fachada, que meu coração está corroído por dúvidas e medos. Se soubessem a verdade, me veriam como um monstro, não como um herói.
Desde que me enfiei nesse show de heróis da Comissão, meu coração batia forte, achando que finalmente ia realizar meu sonho:virar um herói profissional. Imaginava adrenalina, salvamentos irados e a sensação de fazer a diferença.
Mas a realidade? Uma bela porcaria distorcida!
A Comissão me transformou num peão, um pássaro numa gaiola dourada, obrigado a seguir regras que sufocam e fazer missões repetitivas que esvaziam minha alma. A ilusão de heroísmo que me motivava foi pro beleléu, virando uma rotina que me deixa mais cansado que frango de padaria.
Herói? Mais parece um fantoche num teatro macabro. A cada dia que passa, a frustração me devora. Meus sonhos viraram pó. E a pergunta que me atormenta é: Até quando aguento essa farsa?
Tch!
É cada uma...
As acrobacias aéreas de Hawks eram impecáveis, mas sua mente era um campo de batalha. As lembranças de missões perigosas, de vidas perdidas e de decisões difíceis o assombravam como fantasmas. A pressão da Comissão de Heróis pesava sobre seus ombros como um fardo insuportável. Enquanto descia em direção a um arranha-céu solitário, Hawks se viu confrontado com o reflexo em uma das janelas. A imagem do herói imponente o encarava de volta, mas seus olhos dourados pareciam conter uma tristeza profunda.
Pov. Hawks: Cada voo é uma performance, cada sorriso uma farsa. As asas que me erguem aos céus são também as correntes que me prendem à terra. Cada missão me aproxima mais da borda do precipício, cada vitória apenas me afunda mais na areia movediça da mentira.
