A pretendente perfeita

🍇Beijocas roubadas🍇

As mães, com olhares cúmplices, se afastaram discretamente, deixando Lim Tian Ching e Pan Yan-ilan a sós no salão de festas. O perfume de uvas ainda pairava no ar, e o clima estava carregado de expectativa.
Lim Tian Ching não perdeu su oportunidade assim sorrindo sarcástico e já lançando sua companheira.

— Senhorita Pan, já que estamos aqui, permita-me ser direto. Gostaria de dançar comigo?

— Arrogante e atrevido, senhor Lim. Mas, por que não? Uma dança não fará mal. — deu uma pequena corada.

E assim, ao som suave da música, os dois se aproximaram, seus corações batendo em compasso. O salão parecia desaparecer, e apenas eles existiam naquele momento. O destino, como um fio invisível, os conduzia, enquanto os passos de dança os aproximavam cada vez mais.

Enquanto rodopiavam pelo salão, os olhares de Lim Tian Ching e Pan Yan-ilan se encontravam em um duelo silencioso. As palavras afiadas eram como floretes invisíveis, cada movimento de dança uma provocação. Lim Tian Ching finalmente havia encontrado uma oportunidade e com um sorriso malicioso ele abordou.

— Dizem que a língua é a arma mais poderosa, senhorita Pan. E a sua parece tão afiada quanto uma espada.

Ela sorriu com um brilho desafiador nos olhos — E a sua, senhor Lim, é como um punhal envenenado. Cuidado para não se cortar.

A música continuava, mas o ritmo da dança era ditado pelas farpas trocadas entre eles. Cada passo, cada giro, era uma oportunidade para alfinetar o outro. E, estranhamente, aquela tensão provocativa parecia excitante.

O moreno se aproximou ainda mais. — Você não é como as outras moças que conheci. Não se curva facilmente.

— E você não é o cavalheiro perfeito que todos imaginam. Há espinhos sob essa fachada elegante.— ela sussurrou.

As risadas das mães ecoavam em algum lugar distante, enquanto os dois continuavam a dançar, seus corações emaranhados em uma teia de desafio e atração. O salão, o perfume de uvas, tudo desaparecia diante da eletricidade entre eles.

E assim, naquele baile, o destino girava suas engrenagens, unindo dois espíritos indomáveis em uma dança que transcenderia o tempo. A música chegou ao seu último acorde, e o salão de festas parecia segurar a respiração. Lim Tian Ching, com um sorriso travesso, inclinou-se ligeiramente em direção a Pan Yan-ilan. Ela, surpresa, arregalou os olhos, mas não recuou.

Seus lábios se encontraram em um selinho roubado, rápido como um raio. O perfume de uvas parecia intensificar, e o coração de Yan-ilan disparou. Quando ele se afastou, ela estava corada, e seus olhos brilhavam com uma mistura de choque e encanto.

— Vo-você...

— Apenas um pequeno pagamento pela língua afiada, senhorita Pan."

As risadas das mães ressoaram novamente, e o destino, com sua ironia, selou aquele momento. O salão, a dança, o perfume... tudo se fundiu em um instante que ficaria gravado em suas memórias para sempre.