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Pov: João Vitor
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Nesse momento, me encontro em um banco, sentado e olhando para cima, tentando encontrar paz, porém não conseguia. Hoje tinha mais uma corrida, mas bom, era domingo, como não ter corrida?
Eu estava um tanto quanto pensativo porque a Red Bull tinha contratado um novo piloto. Falaram para mim que ele era bom, e isso me deixava com uma pulga atrás da orelha. Eu posso correr há anos e ser um dos melhores pilotos que a Ferrari já teve, mas sempre acho que alguém vai conseguir ganhar de mim.
— Jão, já vai começar, vamos! — escuto a voz do Renan me chamando para eu poder ir.
No caminho, pego meu capacete e já o coloco. Quando chego aonde era para eu estar, entro no meu carro e olho para o céu.
O sol está começando a surgir no horizonte, deixando a pista de corrida com tons dourados enquanto me preparo para mais uma corrida. As pessoas estão agitadas, ansiosas por verem a ação se desenrolar diante de seus olhos.
Alinho meu carro, minha mente no momento está focada, minha pulsação acelerada. Ouço o rugido dos motores à minha volta.
As luzes vermelhas se acendem, uma a uma, enquanto relaxo meus músculos. Quando as luzes se apagam, é como se todo o mundo desaparecesse e só restasse a pista à minha frente.
Com um rugido forte, acelero meu carro, sentindo a força da máquina sob mim. As curvas se aproximam rapidamente, e eu me lanço para frente, buscando a melhor trajetória, a melhor oportunidade.
A multidão explode em gritos enquanto os carros disparados deixam para trás uma cortina de fumaça e borracha queimada. Estou no meu mundo nesse momento, completamente envolvido pela adrenalina do momento, determinado a ganhar.
Em certo momento, percebo que estou em primeiro lugar, com o carro da Red Bull em segundo. De fato, ele parece um bom piloto, mas pode ser só impressão.
[...]
Eu estava na reta final da corrida, me vejo defendendo minha posição de todo jeito possível, com o carro adversário colado no meu para-choque traseiro. A bandeira está prestes a ser agitada, e a tensão no ar é notável. Concentro-me em manter a linha perfeita, mas sei que o piloto adversário está buscando qualquer chance de ultrapassagem.
Sinto a minha pressão aumentando a cada curva, e quando menos espero, vejo o adversário mergulhando pelo lado interno da curva, tentando uma manobra um tanto quanto perigosa de ultrapassagem. Instintivamente, tento fechar ele, mas o piloto é determinado e persiste.
Por um breve momento, nossos carros quase se tocam, mas ele consegue fazer a ultrapassagem, deixando-me para trás. Fui derrotado, mas sei que dei meu melhor aqui. A multidão vibra com a emoção da corrida enquanto o piloto adversário cruza a linha de chegada em primeiro lugar.
[...]
Logo que chego (o que não demorou quase nada), vejo ele sair do seu carro e saio do meu também. Vejo ele tirar o seu capacete e faço o mesmo. Logo ele me olha, e vejo um olhar de surpresa em seu rosto. E aproximo dele e aperto sua mão.
— Parabéns... — falo sem terminar a frase por não saber seu nome.
— Pedro — ele fala e dá uma risada.
— Parabéns, Pedro. Você correu bem, mereceu o primeiro lugar — eu falo e dou um sorriso amarelo, e ele sorri de volta.
Vou até o pódio no meu lugar. Eu não estava triste, estava feliz. Assim que chego no meu lugar, as pessoas ao redor gritam eufóricas e felizes. Logo vejo o menino da Red Bull subir no primeiro lugar.
[...]
Assim que termina a premiação, ganhamos champanhe. Vou até o Charles, que é outro piloto da Ferrari que ficou em terceiro lugar, e jogo champanhe nele, e ele faz o mesmo comigo e com o Pedro.
Assim que terminamos tudo, vou até o vestiário e troco de roupa. Logo vejo Charles entrar.
— Você viu, Vitor? O cara que a Red Bull contratou é muito bom, não é? — ele pergunta, e eu fico pensando um pouco sobre.
— Concordo, ele é bom. É difícil ver alguém ser contratado e já ganhar uma corrida assim, não é? — respondo.
— também acho — ele fala, vestindo uma camiseta. — Vou indo, até a próxima — Charles se despede.
