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Pov: Pedro Fernandes
- quebra de tempo
Daqui 4 dias vai fazer uma semana do acidente do João e do mesmo jeito vai ter corrida no Canadá, e a Ferrari tinha um piloto reserva caso acontecesse algo, o Oliver, ele é legal, quando eu estava na fórmula dois eu conversava com ele, mas ele não é tão legal quanto aparenta ser igual ao João
E pensando no João penso em ir até o hospital para falar com ele antes de ir até o avião para chegar no Canadá
Quando eu chego no hospital eles apenas me dão a carteirinha de visitante e me deixam entrar. Quando cheguei lá o João estava deitado do mesmo jeito de sempre, deitado com roupas brancas, chego mais perto dele e seguro sua mão
-- Domingo tem corrida lá no Canadá, o Oliver vai ficar no seu lugar domingo, eu espero que você esteja melhor até lá para eu poder agradecer os elogios -- falo e dou uma risada -- Eu trouxe para você de novo um chocolate, minha mãe mandou esse pelos os correios para mim, tenho quase certeza que você nunca comeu ele -- coloco o chocolate sessão na mesinha ao lado da sua cama -- eu espero muito que você goste, é meu chocolate favorito, ao tanto que minha mãe mandou 3 caixas cheio deles -- paro um pouco para respirar e fico olhando para a sua mão fazendo carinho nela -- eu me mudei para cá, morar no Brasil e ser piloto de formula um é meio cansativo
para um pouco de falar e olho para a hora e depois olho para ele e dou um beijo em sua testa, quando voltou ao meu lugar ele abre os olhos, eu vi ele abrindo os olhos, ele havia acordado, estava provavelmente consciente
quando vejo que seus olhos tinham se aberto começo a chorar por ele está acordado, vou até o botão que tem do lado da cama dele que serve para chamar o medico e o aperto
-- oi?... -- escuto o João me chamar -- Quem que está aí? -- ele pergunta e eu me permaneço calado sem reação do que estava acontecendo -- O que aconteceu? -- ele pergunta mas antes de eu poder responder vejo o medico chegando
-- O que aconteceu? -- o doutor pergunta até olhar para o João -- você acordou! -- ele fala e lança um sorriso
-- O que aconteceu? -- ele pergunta novamente só que olhando para o medico
-- você bateu com o carro Sr. Romania -- o medico diz -- Sr. Palhares, você se importa de sair para eu poder fazer alguns exames nele?
-- Nã- -- eu ia falar mas o João me interrompe
-- Não, fica, por favor -- o medico olha para ele e depois para mim
-- Melhor eu ir antes que eu me atrase para o meu voo -- falo mesmo querendo ficar ali sentando no seu lado -- até -- falo e dou um tchauzinho com a mão
[...]
depois de um tempo que eu sai do hospital eu já fui logo no aeroporto, lá encontro minha melhor amiga, a Malu
— Oi, pê — ela chega já me abraçando e eu retribuo o seu abraço — E como foi lá no hospital?
— Ele acordou, eu tô muito feliz, mas agora provavelmente ele não vai querer que eu fique perto dele, ele deve me achar um doido — falo e dou uma risada e indo em direção ao nosso portão de embarque — Imagina, você acordar depois de uma semana e descobre que tem um doido da tua equipe rival que ia todo santo dia te visitar no hospital — falo e dou uma risada irônica
— Pê, eu não acho que ele vai te achar um doido, no máximo estranho, porque não é todo domingo que você sofre um acidente e fica quase uma semana em coma, e outra, ele precisava de alguém, eu sei que ele tinha amigos e familiares que iam lá visitar ele, mas não era igual a você — ela da uma pausa na fala quando entramos no avião e acharmos nossos acentos e quando sentamos ela voltou a falar — você é apaixonado por ele desde o ano passado Pedro, eu tô desde do ano passado escutando você falar desse homem, eu não aguento mais — ela me fala e eu dou uma risada e logo sinto meu celular vibrar
Quando eu olho o celular vejo um número estranho, só que não fica tão estranho quando eu leio a mensagem
