Caminhos do Coração: Dinastia PJM • JJK

DINASTIA

Cada país tem seus cartões postais e o Japão com seus 377.973 km² abriga inúmeros pontos turísticos; suas paisagens, seus pontos históricos, seus eventos característicos e parques de diversão.

Foi este o exato motivo que tirou Jeon de seu escritório em Seul, levar seu pequeno para a primeira viagem internacional, com destino a Disney, para animar seu namorado-não-rotulado após quase um mês em luto.

Dizem por aí que uma pessoa tem apenas uma linguagem de amor para se comunicar com seu parceiro: Tempo de qualidade, atos de serviço, palavras de afirmação, presentes ou toque físico, mas Jimin domina extremamente bem cada um deles, fazendo Jeon sentir o único homem que pode alcançar o paraíso através do amor de Park. O pequeno havia ajudado a expandir seu império em Seul e construído uma dinastia completa apenas para si em seu coração e isso o deixa louco.

Uma outra coisa que ninguém nunca falou, mas as mentes e corações completamente fodidos e traumatizados aprenderam facilmente através deste relacionamento conturbado e sem rótulos é que a linguagem de amor de um nem sempre é a forma que o outro se sente amado e confortável com os gestos tão simples e característicos de cada uma das linguagens.

Jeon odiava ser tocado, ser cuidado e Jimin demonstrava uma devoção surreal sobre o corpo do mafioso o fazendo chegar ao seu limite. Por outro lado, Jeon não via nada de mais em abrigar o cafetão em seus braços enquanto o ouvia chorar a noite toda sobre seus medos e traumas até o cansaço vence-lo, Park sentia que ali era o lugar mais seguro e quente para si -mas odiava acordar e ver que Jeon o deixou ali sozinho-, aos poucos construindo sozinho uma dinastia em seu coração para, secretamente, ser de seu hyung.

Mesmo chateado sempre levantava e se arrumava o mais rápido possível para fazer o café da manhã para ambos. Park sente um prazer surreal em servir seu Jungkook e o mais velho sente seu coração agitar ao sentir o cheiro da comida - produtos de limpeza ou cosméticos em geral - pois sabe que o ruivinho está dando o melhor de si para agrada-lo.

Jeon não pode apagar de seu coração, muito menos mentir para si que seu ego é alimentado por toda essa devoção e sede em servi-lo, mas tudo mudou quando os sentimentos começaram a aflorar e ele enchergou como o pequeno faz tudo com carinho e cuidado extremo.

Tudo isso mudou depois que os genitores de Jimin morreram. A mulher morreu no hospital após horas de cirurgia para tentar controlar os efeitos colaterais de um câncer que foi descoberto tarde de mais. Seu marido morreu enquanto voltava de Seul para Busan em um acidente com o ônibus graças a imprudência de um motorista sonolento. Seu Jimin não foi mais o mesmo, demorou uma semana para sair do quarto e retomar sua rotina apenas de corpo presente. Sua essência, assim como a dinastia criada para Jeon, haviam se ofuscado em meio a tanta dor.

Ela estava ali, nos olhos sempre coloridos por lente de contato, a dor em sua mais pura forma. Jimin havia perdido os pais quase no mesmo dia, mas não era essa a face de sua dor, mas sim descobrir que nunca foi desejado, que sempre foi usado por seus genitores para manter a imagem de família perfeita, o que o matou foi ter a certeza que seus pais o abandonaram quando ele mais precisou e seu pai não se importou em mentir quando o procurou para pedir dinheiro.

A ida para o Japão era algo que Park começou a planejar assim que os sentimentos de ambos ficaram explícitos, sempre dizia que iria sequestrar Jeon com seu consentimento. O mafioso adorava ouvir as ameaças de um sequestro e via o amante movendo os palitinhos que tem para saírem por apenas uma semana, mas seu maior erro era se preocupar com a máfia. Acontece que se depender do trabalho, Jeon continuaria sem uma vida.

Quebrando uma de suas regras, invadiu a privacidade do (não) namorado e viu seu planejamento para irem nos lugares que ambos gostam, "fazer uma atividade que o hyung vai gostar" e "Ir na Disneyland!!!!!!"