Capítulo Seis

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Castiel POV

E se eu não estiver preparado? E se tiver sido um ato de rebeldia sem pretensão de nada. Não queria começar uma guerra entre meu povo só queria salvar um bebê inocente.

Não vi um ser de outra espécie no bebê que era inferior, cruel e mal. Vi apenas um bebê que estava nascendo de um caos. Por causa da decisão de outros seres ele merecia ser condenado?

Só havia inocência no bebê, hoje em dia ele já deve ser uma criança. Não sei se ele tem aparência humana mas ele tinha quando era bebê. Espero que ninguém tenha  descoberto e ele esteja em uma família que o ame.

Nesse momento, apesar de não ser o convencional eu terei de tirar ele de seu lar independente de onde seja e o levar até o povo vermelho. Mas meu coração pesava, a idéia de lutar e matar meus irmãos me doía o peito de forma que nunca me senti tão angustiado antes.

— Quer um drink? — Dean me ofereceu.

Já estávamos em outro hotel, em alguma outra cidade pequena e esquecida. Haviam runas escondidas atrás dos quadros e embaixo dos tapetes feitos por mim assim que chegamos.

— Não, porém, vou beber assim mesmo. — falo desanimado.

— O que você está pensando? Parece distante demais daqui. 

— Eu sou de muito longe Dean, meu coração está debatendo se eu fiz o que era certo ou se piorei tudo. — Falo baixinho.

— Mesmo se as coisas saírem do seu controle, nem tudo é sua culpa. Isso é maior que você quando nota algo errado não se pode ignorar isso. — ele diz.

— Está falando de quando era um caçador? — falo curioso.

— Salvar pessoas, caçar coisas esse era pra ser o negócio da família.  Só que isso machucava toda a família. Papai se afundou num limbo de dor e vingança que custou sua vida. Foi muito difícil romper o ciclo. — Dean tem uma voz suave um tom que nunca o vi usar.

Era um lado dele gentil e machucado que ele não tinha me deixado ver, até agora.

— Dean...— começo mas me interrompo um ser humano não poderia entender a minha vida. Assim como eu não poderia entender a vida de um humano totalmente.

Pela primeira vez eu queria entender, queria entender os laços de sangue. Perder o pai e mãe novos isso é pesado para um humano mas anjos são seres independentes, não sei como deveria ser o amor de um pai e o afeto de uma mãe. Simplesmente não consigo mensurar o que eles perderam só posso tentar.

Talvez todos estejam apenas tentando entender um ao outro mesmo que seja difícil.  Ele me olha e em seus olhos tem um brilho, uma luz atraente para mim.
Um tipo de faísca que eu não consigo explicar nem sequer entender. Mas faz eu senti algo em meu peito, ele sorri.

Pelo que parece uma eternidade não sei o que falar, as palavras que vêem na minha mente não fazem sentido. Não pra mim, sorri timidamente e ele segura minha mão.

— Vamos resolver isso Castiel. Eu sei que vamos...

— Quero ter uma vida simples com você — saiu sem querer me deixando desconcertado então fico vermelho uma cor que eu nem sabia que podia atingir. — Como você! COMO você e o Sam! 

Tento corrigir mas ele já parecia fora de ar me olhava como se observasse o desenrolar de um desenho animado engraçado. Desenhos que ele me fez assistir várias vezes nos últimos tempos.

***

O capítulo está bem pequeno mas é por eu estar ocupado demais. Vou fragmentar os capítulos ainda mais para vocês não terem que esperar uma eternidade.

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