The première

171 21 28
                                    

N/A: OLÁ!!!!!!!

Excepcionalmente feliz por estar aqui mais uma semana. Espero que tenha sido um bom período para vocês.

Sem nenhuma música hoje, vamos ao que interessa:

Los Angeles, USA - Outubro de 2020 - 3 anos antes da condenação de Laurie Lahm

Storyteller's pov

Há uma linha tênue entre o amor e o ódio.

Uma frase simples, mas que carrega um emaranhado de significados por trás: muitos pensam que o oposto do amor é o ódio, e até poderia ser, se eles não caminhassem lado a lado. Existem muitas semelhanças entre esses dois sentimentos. Para amar ou odiar alguém, você tem que reparar muito no indivíduo em questão, e eventualmente se importar com o que aquela pessoa faz, pensa, sente e como ela está. Se você odeia, vigia para se convencer de que seu ódio tem sentido. Se você ama, observa para manter o amor e se recordar todos os dias do porquê tem aquele sentimento dentro de si. No fim, fazemos as mesmas coisas por quem amamos ou odiamos, a diferença mora na motivação.

Diversos clichês de comédias românticas tem como ideia principal o famoso "enemies to lovers". Isso se dá porque, de fato, é muito mais descomplicado amar alguém que odiamos pelo simples motivo de que conhecemos aquela pessoa, porque passamos tempo demais elencando traços de sua personalidade, contemplando sua existência e às vezes até torcendo para o seu fracasso. Difícil é dizer em que momento o ódio vira amor. Em que momento você se encontra tão perdido dentro de um turbilhão de emoções que o sentimento negativo que antes ali residia já não tem espaço, e o que te fazia odiar agora é motivo de devoção e encantamento. O odioso se torna amoroso. O rejeitado se torna adorado. O perdido é achado.

Particularmente, respeito e reconheço que é importante que tenhamos em nós todos os sentimentos possíveis, desde os mais "feios" aos mais "bonitos". Precisamos ser como uma caixa que carrega dores, amores, desamores, tristezas, raivas, angústias e felicidade. Ao ponto de que quando nos conhecemos e reconhecemos em nós a origem de cada sentimento que carregamos, não iremos sangrar sobre o outro e nem imputar sobre ele aquilo que não lhe pertence. A partir do momento que nos tornamos inteiros, não buscamos por metades da laranja, e sim o complemento para agregar em uma história que antes já era bonita e agora se tornará magnífica.

Então, sobre amor, ódio, autoconhecimento e clichês, vamos observar até que ponto essa linha tênue, já bem traçada e definida, irá impactar no destino de duas pessoas que, por quererem tudo, possam vir a não ter nada.

Quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.

Camila's pov

Hoje é um dia muito especial para mim e minha família. Iremos à premiére do filme que minhas mães protagonizaram juntas e estou muito feliz porque é um filme baseado em um dos meus livros favoritos de todos os tempos: Os Sete Maridos de Evelyn Hugo. Clichê, sim? Foram praticamente dois anos em que elas viveram em função disso, visto que tiveram diversos problemas com a emissora que comprou os direitos de adaptação e tiveram que trocar de uma para outra. Além de que, elas precisavam ser bem discretas para não vazar nada sobre o casting, algo sobre muitos fãs curiosos e empolvorosos para que elas fossem de fato escaladas. E olha onde estamos?

— Hija! Que bom te ver aqui. Pensei que não fosse conseguir vir por causa do seu curso. — me sinto tão bem por finalmente estar na casa das minhas mães e poder finalmente sentir o abraço delas, em especial minha mamá Sofia.

— Mamá! — imediatamente pulo em seus braços para ser acolhida por ela — Estava morrendo de saudade de vocês. Cadê a Srta. Jessica Cabello? — me desvencilho do abraço e pergunto sobre minha outra mãe — Eu não iria perder essa première por nada nesse mundo. Ter o fan casting dos sonhos acontecendo é a melhor coisa para qualquer fã de Evelyn Hugo que se preze. Além de que, não estou mais fazendo aquele curso. Optei por iniciar outro no mês de novembro. Esqueci de ligar contando, perdão.

Crossed LinesOnde histórias criam vida. Descubra agora