Pov. Dulce Maria
Acordei bem de manhã, olhei para o lado e Anny ainda dormia ao meu lado.
Fiquei pensando sobre as sensações que senti na noite anterior com a proximidade da loira.
Será que foi pela adrenalina do momento, ou era algo que eu realmente sentia e estava escondido dentro de mim esse tempo todo?
Levantei disposta a encontrar as respostas das minhas paranoias.Fui até a cozinha e May já estava preparando o café da manhã.
Dul: Bom dia senhorita - disse me encostando no balcão.
May: Bom dia - ela olhou para o relógio e depois para minha cara - Acordou cedo hoje heim donzela
Dul: Perdi o sono - coloquei um pouco de café na xícara e me sentei no balcão - Como está o Ucker?
May: Chegaram agora pela manhã, realmente não era bebida - me olhou um pouco aflita - Vou subir para ajudar o Chris a cuidar dele, pelo jeito ele mal para acordado ainda, Poncho saiu falando que ia conversar com a Sabrina.
Dul: Pelo jeito o dia vai ser bem longo então - disse descendo do balcão.
May: Com certeza, mas descansa e faz a Anny descansar também, a noite foi bem agitada. - ela me deu um beijo na testa e foi para o apartamento dos meninos.
Terminei de tomar meu café e comecei a lavar algumas louças que havia ali.
Estava distraída em meio aos meus pensamentos quando senti uma mão passar levemente pela minha cintura me abraçando por trás.Anny: Bom dia - disse ainda sonolenta - nem me esperou pra tomar café?
Dul: Bom dia, eu não consegui dormir mais e... - parei de falar quando ela me deu um beijo suave nas costas, senti meu corpo arrepiar e o copo escorregou da minha mão e caiu no chão espalhando cacos por toda cozinha.
Me virei rapidamente e vi ela me olhando assustada por alguns segundos e depois começou a rir da minha cara.
Dul: Para de se mexer idiota, vai se cortar - segurei firme sua cintura e a sentei na bancada da pia
Anny: Nossa - ela passou as mãos pelos meus braços - tão franguinga assim nem parece que tem essa força toda...
Dul: Vai te catar Anahí - me afastei e ouvi ela gargalhar atrás de mim - e fica quieta ai até eu limpar esse chão!
Pov. Anahí
Cruzei as pernas e fiquei olhando enquanto ela estava toda atrapalhada tentando recolher os cacos do chão.
Anny: Cuidado pra não se cortar! - cruzei os braços já enjoada de ficar ali.
Ela resmungou baixo e continuou limpando, quando terminou me olhou sem graça.
Dul: Pode descer já
Anny: Eu não, você que me colocou aqui, você que venha me descer.
Dul: Seria um prazer mas não posso!
Arqueei a sobrancelha olhando pra ela, vi que ela estava com as mãos pra trás igual criança quando faz arte, desci do balcão e parei em frente a ela.
Anny: Deixa eu ver suas mãos - cruzei os braços, ela negou com a cabeça - Para de ser teimosa!
Dul: Para de ser doida - ela tirou a mão direita e me mostrou - olha ai, satisfeita?
Me estressei e puxei o outro braço pra frente, ela havia cortado a mão, sangrava muito e o caco ainda estava preso no corte.
Anny: Olha ai palhaça - puxei o braço dela e a coloquei sentada na cadeira da cozinha - deixa eu cuidar disso.
Peguei a caixa de primeiros socorros e coloquei em cima da mesa, com cuidado tirei o vidro e fiz o curativo, senti o olhar dela em cada movimento que eu fazia.
Guardei a caixa em cima da geladeira e quando me virei ela estava atrás de mim me fazendo dar um passo pra trás e encostar na geladeira.Dul: Obrigada Dra. Anahí - ela sorriu e se aproximou um pouco mais dando um beijo suave na minha bochecha mas eu podia jurar que chegou no cantinho da minha boca, me fazendo fechar os olhos automaticamente.
Anny: Por nada - suspirei sentindo ela se afastar - Cadê todo mundo?
Dul: May e Chris estão cuidando do Ucker la em cima e Poncho espero que esteja acabando com a raça daquela cobra.
Anny: Então hoje somos só nós duas?
Dul: Achou pouco? - ela estava saindo da cozinha mas se virou pra me olhar - Eu posso fazer mais estrago que nós seis juntos, não testa a sorte.
Senti o tom de provocação em sua voz fazendo com que meu corpo reagisse a apenas o tom de voz dessa desgraça.
Anny: Eu testaria, mas não mexo com gente em desvantagem - disse entrando no jogo dela -
Dul: Desvantagem? - ela me olhou confusa enquanto eu passava por ela indo para o corredor.
Anny: Te falta uma mão - ela riu vindo atrás de mim, parei em frente ao quarto e ela passou por mim e parou em frente ao quarto dela.
Dul: Me falta uma mão, mas a lingua compensa muito bem, em desvantagem em não saio, já você... - ela riu, soltou uma piscadela e entrou em seu quarto fechando a porta.
Pov. Dulce Maria
Deitei em minha cama e ri pois sabia que havia irritado ela o suficiente, sabia que a loira não deixaria por menos.
E como esperado em menos de dez minutos a loira entrou pela porta como um furacão desgovernado.Dul: Geralmente as pessoas batem na porta e não atropelam ela - sentei na cama e olhei pra ela.
Anny: Eu já disse que eu te odeio hoje?
Levantei da cama e encostei ela contra a porta ficando bem próxima do seu rosto.
Dul: Hoje não! - me aproximei mais colando nossos corpos, cheguei perto do seu ouvido sussurrando baixinho - diz pra mim vai
Anny: eu te odeio - sua voz saiu por um fio, senti ela se arrapiar -
Passei a mão por trás dela e tranquei a porta, e sem esperar mais avancei em sua boca, nossos lábios se procuravam com urgência, suas mãos deslizaram por minhas costas por baixo da blusa, desci meus beijos por seu pescoço lhe fazendo arfar e arquear a cabeça para trás.
Anny: Isso é loucura - disse com a voz rouca.
Dul: Loucura é passar vontade - disse ofegante fazendo a loira perder o resto do juízo.
Anny: Então mata logo essa vontade antes, eu já não aguento mais - disse manhosa arranhando minhas costas com mais força
Puxei sua blusa tirando a mesma com pressa e a jogando longe, sorri ao ver que ela estava sem sutiã, voltei a beijá-la e subi a mão rapidamente por seu corpo na urgência de sentir cada parte sua, passei levemente as unhas em sua barriga, olhei em seus olhos e vi sua expressão mudar quando minha mão se aproximou do seu seio, ela reprimiu o gemido entre os lábios mas antes que eu pudesse tocá-la alguém bateu na porta...
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A Tu Lado
FanfictionAs vezes o amor está bem ao nosso lado, e demoramos tanto tempo para percebê-lo... Ou talvez demoramos tempo demais para aceitá-lo.