Inicio
No início, antes do universo existir. Antes da matéria, do espaço e do tempo existirem... Haviam 2 deuses. O deus da ordem e o deus do caos.
Eu me chamo Zortem, e o meu irmão se chama Augy, e é o deus que representa o caos.
Minha história começa antes do surgimento do universo, propriamente dito, e por isso, até então, não possuía um corpo físico, até então. Mas possuía a consciência de um deus. E enquanto habitava o incompreensível vazio, na inexistência do mundo, eu estava em paz. Pois enquanto nada existisse, tudo permaneceria em ordem, e o caos não poderia me incomodar.
Mas isso estava prestes a mudar, quando a consciência vizinha, vulgo meu irmão, iniciou seu trabalho.
Deuses
Primeiramente, antes de lhes contar a grande batalha que houve entre a ordem e o caos, devo introduzir a mim e a meu irmão de forma mais apropriada.
Eu sou o deus da ordem, e por isso, meu corpo deve representar tal conceito. Minha forma é esférica e perfeitamente estável. Correntes elétricas transpassam meu corpo material e externalizam minha consciência e meus pensamentos. Muitos dos povos me conhecem por nomes diferentes e aparências diferentes. A raça dos Nyos, por exemplo, me representa através de estátuas e pinturas, com a forma de um paladino, que brande uma espada em cada mão, com uma armadura sublime ornamentada com padrões fractais de ambos os lados, prezando sempre a simetria. Essa representação me agrada, pois essa aparência humanoide é o padrão que se repete entre as espécies sapientes do meu universo. Além disso, assim como meu irmão, posso mudar de forma se assim desejar.
Já meu irmão, Augy, diferente de mim, possuiu um corpo instável e volúvel. Para si, ele escolheu um meio termo entre o fogo e uma densa nuvem de fumaça para forma de seu corpo, representando o conceito do caos de seu próprio ser. Para a maioria dos povos, a figura de um feiticeiro, com um capuz e uma estranha máscara corroída, e de apenas um lado com olho, o representava como divindade. Os povos que o seguiam, prezavam pelo incerto, e não tinham medo das inúmeras variáveis que poderiam afetar suas vivências. Seus seguidores não tem medo da morte, pois até mesmo o desequilíbrio causado pela perda de seus seguidores, engrandece o caos que reina no mundo.
Início do universo expansivo
Como dito anteriormente, no início, não havia tempo, espaço ou matéria. O que para mim, era um ambiente agradável, pois como nada existia, o caos não podia reinar.
Mas tudo mudou quando meu irmão, Augy, deu o primeiro passo para um universo caótico e imprevisível.
Augy, primeiramente criou o espaço-tempo. Um lugar com dimensões transitáveis, onde nossas mentes e conceitos puderam finalmente ser vinculadas a um corpo imortal, onde poderíamos explorar o nosso próprio universo como parte dele.
E apesar de achar isso um aspecto interessante, não gostei das decisões que Augy tomou.
Apesar do espaço ser um projeto interessante, a forma como ele preencheu o universo foi completamente absurda.
Augy criou uma explosão de partículas que espalharam-se por todo o espaço, de forma completamente incerta e caótica.
O grande problema foi a falta de limites ou regras. Assim, qualquer partícula, poderia flutuar em qualquer direção. As partículas de matéria poderiam passar por dentro de outra, algumas partículas também poderiam se transmutar de matéria para energia, de energia para informação e etc. De forma completamente aleatória e sem nenhum tipo de critério ou causa.
O universo se transformou em um caos, onde partículas flutuam aleatoriamente, em direções imprevisíveis e se transformaram em energia, ou informação, trocando seus estados de forma completamente imprópria.
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A sinfonia da criação
Short StoryPrimeiro, não havia nada. Quando o nada havia, a ordem reinava. Quando tudo passou a existir, o caos reinou. O universo evolui e se molda após incontáveis batalhas e conflitos entre o deus da ordem, Zortem; e o deus do caos, Augy. Isso é um conto se...