único

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Um barulho foi ouvido e um sapato foi jogado em sua frente. _____ não sabia o que fazer, estava tão escuro que seu coração bateu forte no peito. Ela se agacha e toca no salto alto branco atirado no asfalto, em frente aos seus pés. Outro barulho foi ouvido e então a atenção da moça assustada volta para dentro do beco, onde outro sapato é jogado para a luz.

Havia uma sombra enorme tapando o que estivesse se escondendo dentro daquela ruazinha sem saída. O pavor sobe sobre seus dedos dos pés até os fios de cabelo da moça. Ela então, tremendo, entra no beco onde se agacha novamente à frente do outro par do salto alto branco.

Repentinamente, num susto que a faz cair para trás, uma mulher ensanguentada a agarra e pede por socorro. Ela tentava gritar por ajuda enquanto a jovem olhava-a com os olhos arregalados, não sabendo o que fazer, em choque.

– O que aconteceu? – É a única coisa que a moça consegue dizer ao olhar para o corte profundo no estômago da mulher que implorava por apoio.

– E-ele me esfaqueou... Por favor, m-me a-juda!

– Ele quem?

– Nishumura Riki! – A mulher diz baixo, pondo a mão na boca logo em seguida e chorando mais.

– Riki? – ____ pensa. – O serial killer? – Sem resposta, a mulher machucada apenas olha com pavor para trás do corpo da jovem, afastando-se rapidamente.

_____ então olha para trás, vendo um homem alto com um machado em mãos. Num ótimo reflexo, a moça consegue se esquivar de uma machadada que voa em sua direção. Ela não poderia estar mais apavorada. Um assassino!

– Eu disse para não pegar no sapato! – O homem grita, exclamando algo como se fosse óbvio, a jovem então corre para longe.

Seu coração parecia que estava na boca, suas mãos e pernas tremiam como nunca antes e sua cara estava pálida, como um defunto. Quanto mais corria, mais sentia que poderia vomitar ou desmaiar no meio do caminho, mas ela corria literalmente pela sua vida.

Na cidade em que ela morava havia tantas ruas e becos estreitos que por um segundo achou que tinha conseguido despistar o serial killer que estava seguindo-a com aura. Para sua sorte, estava a uma quadra longe de sua casa, então a primeira coisa que veio a sua mente era se esconder lá e torcer para que ele não a encontrasse no caminho.

Andando lentamente e se agachando como se fosse uma agente, ela consegue chegar em casa, entrando ligeiramente e trancando todas portas e janelas que havia na pequena residência. Ela suspirou aliviada tendo em mente que havia conseguido escapar de um assassino e provavelmente ele teria desistido dela e voltado para matar a que estava no beco.

Era trágico, era triste e com certeza sua consciência pesou depois de lembrar que deixou a pobre mulher para morrer, mas _____ estava viva, e isso era o que importava.

Ainda tremendo, a moça vai para seu quarto sentando na cama fofa e tirando todo o ar de seu pulmão que não havia conseguido tirar antes, estava cansada, sem fôlego e totalmente apavorada, porém no fundo estava orgulhosa da sua fuga ter acabado com sucesso.

Entretanto, ela escuta um barulho muito mínimo de sua porta da frente. Seu corpo instantaneamente gela mais uma vez, enrijecendo todos seus músculos. Ela, com toda sua coragem na hora, olha lentamente para o corredor que dava até a porta da frente, mas não vê nada.

Contudo, novamente da um pulo para trás assustada.

– Bisco!!! – A mulher exclama inconformada.

O gatinho havia pulado em sua frente logo adentrando o quarto como se não fosse nada, completamente relaxado. _____ ri nervosa pelo recente susto e logo pensa em chamar a polícia.

Midnight - Niki • ENHYPEN Onde histórias criam vida. Descubra agora