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8:37 manhã

acordei um pouquinho mais tarde do que de costume, hoje seria o dia pra mim ir pro interior..

tenho que confessar que estou um pouco com medo e ao mesmo tempo ansiosa

Cristina chegou no meu quarto e viu que eu estava arrumada

— sua tia ja chegou, ela está te esperando lá embaixo — falou a funcionária, apenas falei "está bem, vou arrumar minha nécessaire e ja estou descendo"

nunca pensei que estaria passar algum tempo no meio do mato, é meio estranho pensar que a menina "popular" da escola estaria indo pro interior ficar um tempo com a tia.

arrumo minha nécessaire e coloco na mochila que está so coisas íntimas/higiênicas

antes de fechar a porta do meu quarto dou uma olhada em cada canto dele, sabia que nao ia ver ele tao cedo

fico um pouquinho triste, porque o meu quarto é a minha distração, eu tenho tudo o que eu preciso lá.

desço as escadas, a primeira coisa que eu vejo é minha tia conversando com a minha mãe

— oi tia — falo envergonhada

— ola minha sobrinha, quanto tempo que eu nao te vejo, olha o tanto que você cresceu! — sorrio — você ja se despediu de todo mundo?

— ainda nao..

— faça isso agora, não podemos perder tempo! o caminho é longo

vou até a Cristina, e abraço ela

— vou sentir sua falta, pequena — falou em um sussurro

— também vou sentir a sua, tia Cris — falo tentando não chorar

a Cristina viu eu nascer, ela foi como uma segunda mãe para mim, ela é MUITO importante pra mim.

nao vou me despedir da minha mãe, porque tivemos uma briga feia ontem

— até mais, querida — falou minha mae, apenas ignoro

— vamos Ayla?

— vamos tia

saímos de dentro da casa, dou tchau mais uma vez pra Cristina

[...]

finalmente chegamos no interior depois de 3 horas de viagem

dormi a metade do caminho, eu estava muito cansada, fui dormir 2:07 da madrugada

me arrependi amargamente por ter ido dormir tão tarde.

olho pra janela vejo pessoas caminhando normalmente pela calçada, algumas estavam com o celular na mão, nao pareciam estarem preocupados em ser assaltados

gostei!

— ja estou no centro da cidade com a Ayla — pronúncia minha tia, ela parecia estar conversando com alguém — vou ir aí em casa deixar as malas dela, depois vamos pra um restaurante — ela deveria estar falando com o meu tio Luke.

volto minha atenção na janela

passamos em frente a uma praça, la tinha alguns adolescentes conversando, achei legal

— Ayla, a gente já esta quase chegando, so vamos passar por uma estrada de terra e pronto

— tá bom

My cousin's neighborOnde histórias criam vida. Descubra agora