Capítulo 1

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Capítulo 1

Era uma noite de verão, e a mansão exalava elegância para a festa anual da alta sociedade. Um baile na propriedade de Jungkook, um mafioso poderoso. Nunca o conheci pessoalmente, apenas sei que é rival do meu noivo, Agust, a quem sou prometida desde a infância. O anel em meu dedo de diamante não me deixava esquecer. Agust também é um mafioso influente e famoso. Este casamento é uma aliança entre nossas famílias, um constante medo do futuro agora é real depois que saiu nos jornais sobre meu casamento. Já aceitei meu destino, não há como ir contra. É uma decisão do meu pai, eu não ousaria desafiar o senhor Álvaro; ele me inspira medo. Não sei muito bem por que Agust e Jungkook se odeiam tanto. Já ouvi meu pai falar que um dos motivos é que Jungkook que rouba o posto do Agust e assume a liderança. Aí eu acho uma perda de tempo esses machões lutarem por poder sem necessidade. Minha amiga Sarah chega gritando
-Victoria, você não imagina como o Jungkook é lindo, gostoso e muito rico'. Falei pra ela montar um fã clube pra ele, já estava sem paciência com essa festa, nem sabia como ele é, mas já tinha ranço dele. Ela tenta me levar para apresentá-lo, eu rejeito. Por que estou nesta festa? Vou aproveitar para comer e beber enquanto meu pai está distraído conversando e Sarah vai toalhete. Deslizo com meu vestido rosa bebê, rodado, um pouco curto, causando-me leve desconforto. Por que eu vim com esse vestido?
Ao me aproximar do buffet, um homem desconhecido estava perto de um doce que desejava muito. Bonito, alto e forte; seu olhar exalava um ar de cafajeste. Seus olhos negros destacavam-se com seus cabelos escuros como a noite. Ele parecia ter sido desenhado à mão por Deus de tanto que era bonito. Sua mão é tatuada, provavelmente seu braço e fechado, mas não dava para ver, pois ele estava de camisa manga comprida. Se não estivesse meu pai vigiando, talvez eu me permitisse uns beijos antes de me prender a um casamento vazio e sem amor. Com certeza, deixava ele me destruir com prazer. Lembrei que sou virgem, daria minha virgindade com prazer pra ele. Tentei me aproximar para pegar o doce, mas ele interpretou errado, achando que eu estava flertando.

-Você não faz meu tipo", sua voz carregava um tom sutil.

-Acho que você interpretou errado, só quero os doces que estão perto de você", respondi com um sorriso forçado.

-Você não está gostando da festa? Prefere comer do que dançar?

-Odeio festas. O dono desta mansão, em vez de gastar dinheiro em festas que não servem para nada, certamente deve ser um homem vazio. Deve ser tão pobre que a única coisa que tem é dinheiro para oferecer às pessoas. A única coisa que importa é gastar dinheiro e mostrar ostentação em coisas fúteis. Deveria ajudar quem precisa. Mas quem sou eu para opinar?
Tentei pegar a bandeja de doces e acabei tocando em seu braço sem querer, fazendo com que ele segurasse o meu braço. Quando me aproximei do doce, ele me olhou com suspeita.
-Não sou seu tipo, senhorita ", falou com um tom de voz provocativo.
Comecei a rir.
-Você é bonito, mas não é tudo isso. Agora, pode dar licença? Quero os doces, só isso.
Com um olhar surpreso, ele se afastou, me permitindo finalmente alcançar os doces que tanto desejava. Suspirei aliviada e peguei um, saboreando-o enquanto observava o salão com um misto de fascínio e cautela.

Ele me olha com um olhar curioso, me perguntando quem sou eu.
-Meu nome é Victoria Rabelo, da família Rabelo. Abri um sorriso, oferecendo minha mão para cumprimentá-lo. Ele me olhou com repugnância, ignorando minha mão.
-Você é Victoria Rabelo? - disse com um tom de decepção em sua voz.
-E você, quem é? - respondi, tentando manter a compostura, mesmo diante de sua atitude desagradável.
-Meu nome não importa - ele respondeu bruscamente.
Quando olhei para sua camiseta semiaberta, mostrando um pouco do peitoral, fiz uma observação:
-Ei, meu rosto está aqui em cima – chamou minha atenção. - Você tem certeza de que faz parte da família Rabelo? Você não parece. Aliás, você come como um esfomeado.
- Não sabia que era sua competência julgar minha alimentação.
Ele me olhou com um misto de surpresa e indignação, parecendo não esperar minha resposta tão direta.
-Você tem uma língua afiada, Victoria Rabelo. Ele respondeu com um olhar desafiador.
Sua resposta me fez erguer uma sobrancelha, intrigada com sua confiança.
-Bom, isso pode ser provado. - Retruquei, mantendo minha postura firme.
Um silêncio tenso pairou entre nós por um momento, enquanto nos encarávamos. Então, ele quebrou o contato visual, desviando o olhar para o salão da festa.

Ele tem sorte. Ei, ia dar uma resposta pior. Sorte dele que tem muita gente." Me virei, prestes a sair dali antes de falar algo que não deveria e meu pai me ver conversando com um homem que não é meu noivo.
-Você não vai pedir desculpas?" Me virei, encarando-o indignada e com raiva.
-Espere sentado, querido. Eu nunca vou pedir desculpas. Eu nem falei o que realmente eu queria.
Ele se aproximou de mim, cruzando os braços.
-Então fale. Eu quero ouvir." Nesse momento, todos os olhares se direcionaram para nós dois. Ele me encarou, deixando minhas pernas moles. Preferi sair dali antes que minha língua me colocasse em problemas. Não gostava de como ele deixava meu coração acelerado. O deixei sem fala, uma única palavra, e voltei para minha mesa. Meu pai ainda estava conversando e Sarah sumiu, provavelmente deve estar se divertindo no banheiro com alguém. A festa estava quase chegando ao fim quando ele surgiu na minha frente, me convidando para dançar. O que esse demônio quer de mim? Quando o diabo não vem, envia o secretário. Dessa vez em forma de pecado, me obrigando a pensar em trair meu noivo. Suspirei, colocando minha mão sobre o coração, tentando controlar minha respiração.
-Desculpe, mas estou cansada. Acho que estou cheia demais, já que sou uma esfomeada." Ele me puxou, me erguendo em seu colo, tirando meus pés do chão.
-Eu vou te guiar, Senhorita Victoria." Ele começou a me guiar sem muito esforço. Por que meu coração está tão acelerado? Nunca senti algo parecido, ainda mais com um cara que nem sei o nome.
-Por favor, me solte." Seus olhos me encararam com desaprovação, enquanto ele começou a morder os lábios.
-Para de fingir que é uma moça comportada. Você não atua tão bem assim.
Minha vontade era colocar fogo nesse idiota. Dei um beliscão nele, o forçando a me deixar com os pés no chão. Sinceramente, ser uma dama já está me deixando cansada.
-Você só falou comigo por causa dos doces?
Sei que qualquer garota se jogaria aos pés dele, mas isso não aconteceria comigo. Ele não é o centro do universo.
-Foi. Eu gosto de doces e você, infelizmente, estava igual cão de guarda em cima deles. Tive que falar com você para pegar.
-Sobraram mais doces, se você quiser. Não acredito que vou ser obrigada a aceitar. Sorte dele que eu amo doces. -Você não parece estar se divertindo aqui", ele observou, inclinando-se um pouco para mim.
- Tem uma coisa que você precisa saber. Eu sou noiva, então se isso é alguma gracinha, eu não estou afim de conhecer ninguém.
-Você não é tudo isso, Victoria. Também não quero conhecer ninguém.
Um alívio saiu das minhas costas.
- Graças a Deus. Não tenho nada contra o Agust. Eu o conheço desde criança. Já tinha me acostumado em me casar com ele. Eu não o amo mais, sei que com o tempo vou amá-lo, eu acho. Nossa família sempre esteve junta. Agust é bonito e atraente, educado, mas seu jeito misterioso me deixa com uma pulga atrás da orelha. Ele é mais velho do que eu, sete anos. Nos víamos raramente. Ele deixou claro que viveríamos nossas vidas até o casamento, livres, coisa rara em casamentos arranjados. Nunca fui namoradeira. Tenho quase certeza de que ele tem alguém que gosta, não ligo pra isso. Jungkook me olhava, causando arrepios por todo o meu corpo, me perguntando: '
-Quando vai ser o casamento?
- Eu não sei. Acho que breve. Eu queria me formar primeiro.
-Você faz faculdade de que?
-Direito.
-Quando vai se formar?
- Quando para de reprovar só para não me casar?

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