16 ANOS sem se tocar, essa era a vida de Hyunjin e Felix enquanto moravam no orfanato Grave.
FELIX havia ido para o orfanato muito novo depois de sofrer um acidente de carro com seus pais, que infelizmente faleceram.
HYUNJIN foi achado na porta do orfanato pela própria dona do local, bem antes de felix aparecer, na época ele não tinha nada, nem nome.
O Grave tinha apenas três regras: Ordem, disciplina e obediência. Mas, Marlim sabia dos desejos e dos medos de todas as crianças de lá. Com isso ela sabia exatamente como torturar cada uma.
Exceto Hyunjin.
Felix sempre foi o que mais era torturado lá, ela sabia que ele tinha pavor de escuro e adorava animais. Então em um dia, o trancou no porão do orfanato, preso em uma cama com um cinto e besouros no chão do porão.
Ele gritava, era desesperador. O lugar, a escuridão, ô deixava sem respirar.
Mas sempre havia aquele que segurava sua mão, sempre. Afinal, quem era aquela pessoa que conseguia o acalmar diante disso? Desde de sempre pensava que era sua melhor amiga, Adeline. Só não pensava que estaria errado sobre isso.
Em um dia, Felix foi adotado por uma família que havia perdido seu filho em um acidente de carro. Hyunjin, ah, ele sabia que não veria seu sardento novamente se não fosse com ele.
Hyunjin nunca se interessou em ser adotado, não queria deixar Felix sozinho naquele fim de mundo. Mas, felizmente, o plano de ir junto com o menor deu certo. Chamou a atenção da família tocando piano e os dois foram adotados.
Mas a convivência entre eles era uma farça, era uma farça porque Hyunjin fingia que Felix era só um "irmão" e Felix que tinha "medo" de Hyunjin.
E Hyunjin com seu ciúmes louco, não suportou ver Felix conversando com outro garoto e esperou até a noite para quebrar o cara em quinhentos pedaço.
Mas, pelos seus problemas de raiva, toda vez que isso acontecia ele ficava com uma febre sem igual. O problema não era isso, e sim que Hyunjin e Felix iriam ficar sozinhos em casa.
Hyun abriu a porta de entrada com força, como se fosse quebrá-la, fazendo Lix se assustar com o barulho, mas, logo correu em direção ao mesmo ao ver ele caindo escorado na parede.
Ele estava queimando de febre, com os cantos da boca cheios de sangue.
— O que você estava fazendo? — Felix perguntou com relutância.
— Fica longe dele, nunca mais conversa com ele, não se atreva. — O mais velho responde quase inconsciente.
— Você é louco, garoto. Por quê você faz essas coisas? — Felix só sabia ficar mais confuso e com mais raiva.
— Porque você é o meu fabricante de lágrimas.
Hyunjin o puxou, fazendo-o sentar em seu colo de vez.
Se olhavam com luxúria, os dois sabiam que não eram irmãos, até por que, irmãos não fazem essas coisas.
As bocas quase coladas, mas não se encostavam, parecia que havia uma parede entre os dois. Mas os toques aconteciam, puxões de cabelo, as mãos de Hyunjin apertando os pequenos seios de Félix.
Tudo aquilo era novo, até por que 16 anos não são 16 dias. A ausência do toque os deixavam loucos. E com isso a ideia que o menor tinha que o outro odiasse só aumentava cada vez mais.
— Não podemos, Hyunjin. E se alguém nos ver? — O sardento disse ofegante e com a boca entre aberta ao sentir a boca de Hyunjin no seu pescoço.
— Tomara que vejam, assim irão saber de quem você é. — Os apertos não paravam, os dois necessitavam daquilo como se fosse água.
Sedentos por toques, por emoções novas e principalmente pelo encontro das bocas finalmente juntas.
Neste momento, Hyunjin nem se importava mais se estava com febre, só queria beijar o menor.
Mas o sardento ainda estava preocupado, então, se levantou e rapidamente e foi até o armário onde havia o kit de primeiros socorros. Pegou um remédio e um copo d' água.
Sentou - se novamente em seu colo e fez um sinal para Hyunjin abrir a boca, e então colocou o remédio em sua boca e o fez beber.
Hyunjin depois de engolir o comprimido, ainda apertando a cintura fininha de Felix, puxou seus cabelos fazendo com que seus narizes se tocassem.
Quando iam se beijar, escutam um barulho da maçaneta abrindo. Viram que eram seus pais, e o menor saiu correndo do colo do Hyunjin e foi em direção a porta, ajeitando suas roupas enquanto corria.
— Anna e Norman, me ajudem! — Parou diante deles — Hyunjin, está passando mal!
Do outro lado do corredor, ele ainda sentado no chão, via aquela cena com um sorriso no canto do rosto, o quão inocente Felix podia ser.
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