Finalmente um sinal!

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  Um homem repousa em sua cadeira olhando para os monitores a sua frente por um tempo, vendo que não havia sequer uma alteração no que era estudado por anos. Ele então toma fôlego e se levanta da cadeira caminhando até uma cafeteira na sala, pega sua caneca e a coloca na máquina esperando o seu café terminar de ser posto, assim que finalmente pega sua caneca com o café quente, leva até sua boca e começa a tomar enquanto se vira voltando a atenção aos monitores, mas algo estava diferente naquela ocasião. Um dos sensores detectou um aumento de energia sendo emitida pela pedra que fica no centro do laboratório, instigado, apertava o alarme e então todos os cientistas que estão descansado, se dirigiam imediatamente a sala da pesquisa, assumindo seus postos, começam a falar uns aos outros entusiasmados com a conquista, cerca de 100 anos sem sinais desde que acharam a pedra, e agora finalmente ela havia se manifestado de alguma forma. Cada segundo era precioso para adquirirem a maior quantidade de dados obtidos por eles, um dos cientistas se levanta da cadeira e exclama aos demais dando ordens, provavelmente ele era quem tem maior poder no laboratório naquele presente momento.

- Iniciem a sincronia de ondas eletromagnéticas!

- Senhor, isso pode desestabilizar a energia emitida da pedra, não podemos colocar tudo a perder.

- Vamos perder nossos empregos se não conseguirmos a obtenção desse resultado, só temos essa chance! andem logo!!!

 Os cientistas relutantes quanto a ordem, apenas abaixam suas cabeças e a executam, assim que terminam de executar o protocolo de ativação, as luzes caem deixando tudo às cegas, em meio a escuridão, vozes decepcionadas começam a murmurar sobre essa ordem de seu superior. Mas em poucos segundos, uma luz avermelhada era emitida do centro da sala, raios saiam e atingiam as paredes destruindo algumas placas, uma gravidade era gerada da pedra, fazendo todos os equipamentos naquela área fossem ao ar. Todos olham impressionados, alguns comemoram momentaneamente, mas logo, tudo se acende e uma rachadura surgia a frente da pedra. Ela era brilhante, roxa com tons de purpura, é uma coisa linda se não fosse perigosa, em um momento, tudo caia ao chão restando apenas a pedra no ar. Um dos soldados entrava na sala e então pode ver algo sendo jogado e colidindo contra a parede, era algo solido, mesmo ao longe conseguiriam perceber o enorme amassado, ao se aproximar, podem perceber que em seu centro, havia um homem, trajado com um manto surrado, como se tivesse sido tirado de algum lixo, seu rosto possui marcas de expressão intensas, cicatrizes de batalhas que cortavam seu rosto. Quando finalmente chegavam perto o suficiente, o mesmo brevemente abre os olhos e percebe tudo em seu entorno, bem iluminado e com diferentes coisas, muitas delas ele mal conhece, mas em sua mente, o instinto de perigo apitava a todo instante. Era algo que ele desenvolveu por viver inúmeros anos em ambiente hostil, um dos cientistas toma a frente dos demais e então o ser começou a sair da cratera e respirou fundo colocando a mão sobre o ombro, parecia ter se machucado pelo gesto.  O cientista tomou fôlego e lhe disse de forma alegre tentando se comunicar com ele:

- Você é um extraterrestre ou se trata de um novo organismo? ou talvez você veio do futuro?....

- Senhor... acho que ele não entende nosso idioma...

- Idiota! não me interrompa... ande logo e pegue um caderno e lápis para ele...

  O homem continuou olhando para os demais da sala, mesmo com sua mente dizendo que aquele lugar era perigoso, não seria possível descrever, tudo era tão desconhecido. Mesmo sem saber o que significa aquelas palavras escutadas, ainda sim, compreendiam os movimentos que seus lábios e conseguia compreender que estão falando sobre ele possivelmente, vagarosamente ele começou a andar pelo local, os cientistas continuam a debater a como estabelecer um meio de comunicação com o ser, porém ele parava olhando em direção à onde os demais cientistas estão, parecia que estava vendo algo além dos vidros ocultando quem está lá. E um dos cientistas ficou olhando-o de volta fixamente, seu rosto expressava um medo genuíno, o suor escorrendo pelo seu rosto e as mãos tremulando com constância, todos presentes estão distraídos com o visitante recém chegado, mas aquele cientista, era o único que teve uma reação diferente dos outros. Apressado, ele saiu correndo da sala, os outros presumiram que estava passando mal, então não fizeram nada a respeito, pois algo importante estava acontecendo, o cientista continua correndo com os guardas o olhando se perguntando o que está acontecendo, mas apenas o ignoram e voltam a patrulhar. Assim que finalmente se ver livre de todos em um lugar isolado, o cientista pega de seu bolso uma esfera e se senta no canto ainda tremulando, lentamente ele diz algumas palavras em um idioma estranho, lembra bastante o russo com uma mistura de latim, mas não era nenhum dos dois, a esfera então começou a brilhar em vermelho, parecendo ter reagido com aquelas palavras proferidas, então uma voz começa a falar em um tom de fúria por ter feito isso:

Retorno do TerrorOnde histórias criam vida. Descubra agora