cap 4

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Hoje acordei com vontade alguma de ir para a escola, e no fundo eu sabia que o motivo era por conta do Johnny. Por isso, hoje fiz questão de levantar mais cedo pra pedir que meu pai me leve, e por incrível que pareça ele não me encheu de perguntar do motivo de eu não querer ir com meu irmão gêmeo.

As primeiras aulas foram física, matemática, e literatura foi oque salvou essa manhã, pois eu definitivamente não sou de exatas.

Chegando na hora do almoço Daniel curiosamente se aproxima de mim.
-oi, Amélia, certo?_ me olha com um olhar de dúvida.
-olá_ estendo a mão e dou um sorriso amigável_ é Amélia sim, e o seu Daniel, né?_ ele responde que sim com a cabeça.
-eu vi que na aula de literatura você ficou sem dupla, e eu até faria com a Ali, mas ela já está com uma outra menina, e você é a única pessoa que eu conheço e que não tira sarro de mim, então...

O garoto não conseguiu completar a frase, e eu não consegui entender o motivo, até sentir braços em meus ombros, e pelo perfume não preciso nem olhar pra saber_pois fui eu que o presenteei o perfume em seu aniversários de 11 anos, e des de então ele só usa o mesmo_ era Johnny.

-você não cansa de querer roubar as minhas coisas?_ olhei pra ele incrédula.
-coisas Johnny??? Eu não sou uma coisa_ o olhei com ódio.
-olha cara, eu não sabia que você era tão amigo da Amélia assim, e...
-AMIGO?? AMIGO???_comeoçou a berrar e automaticamente toda atenção foi para nós tres_NÃO SOU AMIGO DELA SEU FRACASSADO, EU SOU O NAMORADO DELA_ o olhei aterrorizada.

Vi que Daniel fez uma cara de deboche e lhe disse.
-cara, a Ali me contou tudo já, você não larga do pé dela. A Amélia é só uma amiga de infância que você está usando apenas pra causar uma briga ridícula_ vejo Johnny ficar em cinco tons de vermelho.
-amigos fazem isso?_ de começo não entendi oque ele quis dizer com isso. Até ele me puxar e selar nossos lábios.

Eu não sabia o que fazer, pois era meu primeiro beijo, apenas fechei os olhos e aproveitei, pois sinceramente,  eu queria isso a muito tempo.

Oque era pra ser um selinho, o loiro passou a abrir a boca, e eu fiz o mesmo, senti sua língua invadir minha boca e trazer um gosto de menta com hortelã, sinto ele apertar minha cintura, e com isso coloco meu braços em volta de seu pescoço. Começo colocando um pouco da língua, e sinto Johnny me apertar mais para si, até eu cair na real e me recordar do porque estamos fazendo isso.

Me separo rapidamente dele e lhe dou um tapa, vejo em volta e está todo mundo nos olhando, fico com tanta vergonha que saio correndo.



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