Capítulo 6

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"Eai maninha o que achou de Roberto?" - George me pergunta, se referindo ao boneco de neve que eles haviam feito, ele havia a cara meio deformada, e o corpo mau estruturado.

"Ele está pior que o vampiro em nosso sótão."

"Não seja má! Ele pode ouvir." - Fred fala e dá uma risada brincalhona, rio com eles.

(...)

Sento no sofá da sala, sinto o calor da lareira em meu rosto, pego o folheto do Pasquim para poder ler.

O Pasquim era o jornal do pai da luna, era um jornal diferenciado que falava sobre animais fantásticos, fofocas do mundo bruxo e novidades, era uma boa leitura.

Sinto alguém se sentar ao meu lado, mas ignoro a leitura estava tão boa que não queria me distrair por nada.

"Por isso minha filha Luna sempre fala sobre a extraordinária aventura dela com os testralios; são animais extraordinários."

"Está lendo o que?" - reconheceria aquela voz em qualquer outro lugar, a pessoa que sentou ao meu lado era ninguém menos do que Harry.

Olho para ele e me ajeito no sofá.

"O Pasquim, é o jornal do pai de Luna uma leitura divertida para ler."

"Posso ver?"

Assinto e entrego o folheto para ele, ele fica focado enquanto lê os primeiros parágrafos, ele da uma leve risada e me devolve o folheto.

"Eai o que achou?" - pergunto enquanto pego o folheto, e olho para ele curiosa.

"É uma ótima leitura, você tem um bom gosto."

"Obrigada." - dou um sorriso discreto para ele.

"Sabe... eu e Cho terminamos"

"Eu soube."

"Caraca as fofocas  correm rápido, você é bem fofoqueira Gina."

"Não é ser fofoqueira, é ser bem informada."

"Confia"

Nos dois se olhamos e trocamos sorrisos

"E você e Dino?"

"O que tem eu e ele?"

"Pelo jeiro ele gosta de você."

"É, parece que sim."

"Irá aceitar a poção do amor dele?"

"Na verdade irei, acho ótimo me obrigar a ser apaixonada por alguém." - falo em um tom irônico.

"Ah com certeza." - ele responde no mesmo tom.

"Não irei aceitar, é maluquice! Acho que o amor é o sentimento mais puro que existe." - o silêncio permanece por alguns segundos. - "acha que já amou Cho Harry? Ou ainda ama?"

"Acho que meu relacionamento com Cho era mais baseado em atração e status, um dia ela me falou que me amava."

"E o que você falou? Que amava ela também certo?"

"Na verdade agradeci."

"Você fez o que?" - dei uma risada

"Não sabia como reagir! Ela veio toda grudenta pra cima de mim e falando 'Harry eu te amo.' Não soube o que dizer, então agradeci."

"E por que não falou que a amava também?"

"Por que assim estaria mentindo"

"Não amava ela?"

"Como falei, era a base de atração"

Minhas conversas com Harry sempre foram leves, e essa não poderia ser diferente, acho que isso é o que mais gostava em Harry, o jeito que me sentia bem de falar qualquer coisa para ele e nunca me sentir constrangida ou errada.

Afinal o amor pode ser isso, algo leve e que não pode ser errado. O amor é isso algo leve, que te ensina a parte leve da dor; o amor pode ser a parte mais pura de todas, pois mesmo com a dor a leveza vem. E é por isso que nunca desisti de Harry.

Por que a dor se torna mais leve quando se fala dele, pois ele se torna o equilíbrio do sofrimento.

o melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora