Prólogo

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 - Tens medo de mim?

Ele questiona confuso e eu assinto. Pestanejo. Uma, duas vezes. Tenho os braços cruzados sobre o peito. Consigo sentir a pulsação, leve e arrastada. As minhas articulações quase pulsando com a adrenalina nas minhas veias.

-  Medo... Porquê? - sinto o seu olhar atento queimar a minha pele.

Eu suspiro e coloco as minhas mãos em redor do meu rosto. Ele retira-as e eu consigo sentir o calor das suas mãos na minha cara. Inspiro impedindo a minha respiração de se tornar descontrolada. Como é que consegues ter tanto efeito em mim, Afonso?


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